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5 diferenças que existem entre a HQ e o filme de Watchmen

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Watchmen, a obra-prima de Alan Moore (autor de outros grandes títulos das HQs como V de Vingança e Batman: A Piada Mortal) e Dave Gibbons, é uma história moderna com tons fantásticos que ganhou muitos elogios por parte da crítica especializada e pelos fãs. Sua primeira publicação foi em 1986, mas ainda hoje a obra é uma verdadeira referencia quando se trata da realidade social e do forte questionamento das identidades pessoais e da verdadeira finalidade de um super-herói dentro de uma sociedade utópica.

O valor histórico de Watchmen em seu formato de graphic novel é inegável. Em uma época em que a frivolidade dos super-heróis se tornou quase que uma norma da industria, surge este universo em que os conflitos humanos consomem todos os protagonistas e os arrastam a um abismo da própria psique humana.

Sua posterior adaptação para o cinema pelas mãos do diretor Zack Snyder (300, Batman Vs Superman) foi nomeada por muitos fãs como um dos melhores filmes do gênero, e é preciso reconhecer que é uma adaptação muito bem montada e extremamente fundamental para quem curte super-heróis. Ainda assim, como já se tornou bastante comum, as diferenças entre ambas as versões são bem notáveis. Veja uma lista com algumas delas e não deixe de comentar qual prefere:

O vendedor de jornais

Watchmen 1

Uma das coisas mais interessantes da versão original de Watchmen, e algo que ajuda a dar uma maior credibilidade literária a esta HQ é o seu hábil manejo das linhas temporais e o uso de pontos de vista como instrumentos narrativos (algo semelhante ao que acontece nos livros de George R. R. Martin). A postura do vendedor de jornais e sua relação com um Kovacs indigente, fanático por histórias de piratas, e o resto de seus clientes habituais é um excelente ponto de vista para contar a repercussão das ações dos heróis na vida das pessoas comuns.

O passado de Rorschach

Watchmen 2

E por falar nele, as seções psiquiátricas de Walter Kovacs na prisão são, na HQ, muito mais compridas e atormentadas do que é mostrado no filme. Na verdade, a subtrama da vida do Dr. Long, e seu lento colapso progressivo enquanto trata Rorschach ocupa boa parte desta trama na graphic novel, e ajuda a dar um aprofundamento ainda maior na loucura do mascarado que, ainda assim, é um dos pontos altos do filme de Zack Snyder.

Hollis Mason

Hollis Mason

Um dos melhores pontos de ligação entre os Watchmen originais e sua reencarnação dos anos 80 se dá pela figura de Hollis Mason: o Coruja original (Nite Own, em inglês). No filme, vemos uma única cena entre ele e Dan (o novo Coruja), ainda que, na graphic novel, esta relação é muito mais aprofundada. Na verdade, nós entendemos muito mais sobre a evolução do universo da história graças aos conselhos que Mason dá ao seu sucessor sob a máscara do Coruja.

A viagem de Espectral a Marte

Silk

Neste caso, temos que admitir que a versão cinematográfica conseguiu adaptar esta sequência com um ritmo maravilhoso, ainda melhor que o que acontece na graphic novel. Ver Dr. Manhattan e Espectral sozinhos no planeta vermelho foi um dos momentos mais impressionantes do filme. No entanto, vale a pena ressaltar que, nesta cena em especial, ficaram de fora alguns importantes flashbacks da vida de Espectral, como quando aprendemos um pouco mais de sua juventude e dos seus primeiros contatos com Eddie Blake (o Comediante).

Um alien gigante em vez de uma explosão

Ozy

Esta é, de longe, a mais importante entre as diferenças do filme com a graphic novel. Enquanto na HQ o plano final de Adrian Veidt consiste em mandar a Nova York uma espécie de lula gigante criada para se parecer com um alienígena, para que, assim, o mundo pudesse se unir contra uma possível invasão extraterrestre, o roteiro do filme preferiu utilizar o próprio Dr. Manhattan como bode expiatório para se alcançar a paz, em um mirabolante plano que acabou com grande parte da cidade. Apesar de ter sido um excelente desfecho, é preciso reconhecer que,na HQ, o público se deleita um pouco mais em mostrar a carnificina deixada pelo apocalipse de Ozymandias.

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