História

5 erros de impressão que mudaram completamente esses clássicos

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Vocês já pararam para pensar que um mínimo erro de impressão pode mudar todo o sentido de uma obra literária? Um simples não que que a gráfica esquece de colocar, como a Bíblia, por exemplo, pode mudar completamente o sentido de uma obra e “ensinar” outras coisas para seus leitores.

Bom, hoje em dia dificilmente ocorre um erro de impressão, as pessoas revisam muitas vezes os livros e tem o maior cuidado para não cometer um erro crucial. Mas antigamente a coisa não era bem assim, erros de impressão eram coisas completamente normais, e nós, vamos mostrar para vocês alguns erros de impressão que mudaram completamente o sentido de alguns livros, confiram:

1 – A Bíblia Perversa, 1631

Erros no livro sagrado que encorajam o adultério é o começo da nossa lista. Robert Barker imprimia livros em Londres, e operando a pedido do Rei Charles I, foi concedido o privilégio exclusivo para imprimir Bíblias, mas sua execução em 1631, de mil cópias, foi um tanto escandalosa.

O livro ficou conhecido como a “bíblia do pecador”, pois deixou de fora o “not” (não) em Êxodo 20:14, quando dizia para “cometer adultério”. O erro só foi descoberto um ano depois, e Barker foi multado em 300 libras pelo seu erro.

2 – A Bíblia de Leda, 1568

“Swan-fuc*ing” é uma expressão muito usada na língua inglesa, mas poucas pessoas conhecem a sua origem. A frase veio do conto mitológico grego de Leda e o Cisne. Leda era rainha de Esparta, esposa de Tíndaro. Certa vez, Zeus transformou-se em um cisne e seduziu-a. Dessa união, Leda chocou dois ovos, e deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor e Pólux. Helena e Pólux eram filhos de Zeus, mas Tíndaro os adotou, tratando-os como filhos de sangue.

A Bíblia do Bispo, de 1568, é conhecida informalmente como a “Bíblia Leda” por causa da inicial decorativa que abre a epístola de São Paulo aos hebreus. Ao invés de um ornamento adequadamente cristão, como uma cruz ou uma pomba branca, a impressora optou por essa imagem que vocês veem acima. A impropriedade de Leda mudou imediatamente o espírito do livro. Abrir a Bíblia e ver uma heroína grega envolvida em hedonismo bestial realmente é algo bizarro.

3 – As aventuras de Huckleberry Finn , 1884

As Aventuras de Huckleberry Finn (Adventures of Huckleberry Finn no original em inglês) é um romance do escritor norte-americano Mark Twain, publicado em 1884. Nele, o protagonista, amigo de Tom Sawyer, vive inúmeras aventuras pelo rio Mississípi em uma balsa. Esse marco da literatura poderia ter tudo que um leitor procura: aventura, humor, controvérsias, ternura, hipocrisia, mas uma coisa que ninguém esperava, um pênis.

Isso porque um dos 50 jornalistas que trabalhavam no livro não podia deixar passar a oportunidade de vandalizar uma ilustração. A imagem a esquerda mostra o que o autor estava trabalhando inicialmente. O homem na imagem é o Tio Silas, e originalmente, essa ilustração deveria representar Huck se disfarçando como sobrinho de Tio Silas.

Na cena do cetro, podemos ver que existe algo ereto, e vocês sabem muito bem o que é isso. Bom, o certo é que essa imagem não estava nos planos do autor do livro, mas infelizmente aconteceu. Até hoje, os colecionadores de livros raros sempre observam essa imagem do Tio Silas.

4 – Richard II , 1623

No grande drama de Shakespeare, Richard II, diz que o rei é um completo arrogante, vingativo, sombrio, indeciso, corrupto e totalmente impróprio para governar um país. Em uma certa fala da peça, o rei diz o seguinte: “Os ursos brancos se armaram com seus cabelos finos e sem pelos contra a sua majestade”.

Bom, mas vocês perceberam que ele disse ursos polares? Segundo alguns estudiosos, esse foi um grande erro de impressão na obra de Shekespeare, pois, por que diabos Shakespeare iria se referir a ursos polares? Isso nada mais foi que um erro, e alguns dizem que ele queria dizer barbas, e não ursos. E até que faz sentido: “Barbas brancas se armaram com seus cabelos finos e sem pelos contra a sua majestade”, faz muito mais sentido do que ursos brancos.

5 – Leonora , 1796

William Blake era um poeta, pintor e fazia ilustrações no século XVIII. Porém, Blake era considerado um tanto louco e obcecados por satanás. Blake fazia algumas ilustrações malucas, e no livro Leonora, ele substituiu uma ilustração por algo bizarro, que parecia ser o inferno.

Ao mesmo tempo que é belo, também é um tanto assustador. Leonora era um poema alemão popular sobre uma jovem mulher cujo noivo vai para a Guerra dos Sete Anos. Leonora é uma história terrivelmente macabra? Na verdade não! Blake sofria de monomania, um tipo de paranoia na qual o paciente tem uma única ideia ou tipo de ideias. A monomania emocional é aquela na qual o paciente é obcecado por uma única emoção ou por várias relacionadas a uma só; a monomania intelectual é aquela relacionada a um único tipo de ideia.

Como já citamos, Blake era obcecado pelo diabo, e quando foi contratado para fazer as ilustrações do poema, ele manteve o foco das ilustrações em demônios, e não em Leonora. Devido a esse seu problema, o livro foi publicado dessa forma macabra, mas alguns anos depois, em 1800, Johann David Schibert fez ilustrações mais leves do poema. Na verdade, nesse item não existiu um erro de impressão, o erro foi ter contratado Blake para fazer essas ilustrações.

E aí, caros leitores, conhecem mais alguma obra que foi completamente mudada por algum erro de impressão? Comentem!

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