História

5 momentos da história que os católicos gostariam de esquecer

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A História infelizmente é marcada por acontecimentos que definitivamente nunca deveriam ter acontecido. Ao longo dos séculos, a humanidade já protagonizou condenáveis momentos de intolerância, violência, ódio. Podemos encontrar exemplos destes em todos países, culturas, momentos históricos e religiões.

É o caso da Igreja Católica. Hoje trata-se de uma instituição muito honrosa e respeitável, mas em sua história há máculas que definitivamente mereciam ser apagadas. Muitos destes momentos ocorreram durante a Idade Média, que muitos historiadores consideram a “Idade das Trevas”.

Destacamos abaixo alguns destes episódios nada gloriosos.

5 – Indulgências

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Indulgências são os vários graus de remissão dos pecados perdoados. Elas são concedidas, e não vendidas, para quem executa um ato cristão, especialmente fazendo uma boa ação para alguém. O problema começou quando alguns integrantes da Igreja, como bispos e cardeais, viram nas indulgências um bom “negócio”, transformando-as em uma espécie de “passe livre” para a salvação.

Esses religiosos passaram a ameaçar aos os fieis menos esclarecidos, afirmando que caso não comprassem certas indulgências, estariam condenados ao sofrimento eterno. Um dos mais notórios adeptos da prática foi um homem chamado Johann Tetzel, que tinha um ditado: “A cada moeda no cofre, mais uma alma do purgatório”.

Essa prática se tornou bastante corriqueira na Igreja, até ser veementemente condenada por Martim Lutero em 1517. Atualmente, as indulgências ainda são concedidas pela Igreja Católica, mas não com era feitas naquela época. As indulgências mais recentes foram concedidas em 2007 pelo Papa Bento XVI, para as pessoas que participaram peregrinações a Lourdes.

4 – Condenação dos Cavaleiros Templários

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A origem da superstição da sexta-feira 13 começou, claro, numa na sexta-feira, mas na data de 13 de outubro de 1307. O Rei Filipe IV tinha pego emprestado uma grande quantia de dinheiro com os Templários, a fim de travar uma guerra contra a Inglaterra. Quando o Papa Clemente V informou o monarca que havia suspeitas sobre a natureza cristã da irmandade dos Templários, Filipe viu uma oportunidade extraordinária para erradicar a Ordem Templária de seu país e ficar com a incalculável riqueza da ordem para si mesmo.

Assim, o rei enviou seus homens para deter e prender todos os Templários na Espanha. Filipe acusou-os dos pecados mais atrozes para a época, incluindo jogatina, heresia, idolatria e até mesmo a sodomia. Qualquer um desses “crimes” eram punidos com a morte na época. Mas os Templários não eram culpados de absolutamente nenhum. Filipe então chantageou o Papa Clemente V com embargos políticos, e ele concordou em convocar uma  inquisição  para investigar estas “acusações”.

Os algozes tinham autorização para torturar os Templários com os métodos mais perversos, com a única condição de que nenhum sangue fosse derramado. Alguns tiveram seus testículos esmagados em tornos, o que causava hemorragias internas profundas. Outros tinham os pés esmagados, o que faziam com que confessassem todos as acusações, até mesmo cuspir na cruz.  Se eles morressem por causa da tortura, seria considerado “punição justa”. Assim que as torturas foram suspensas, os que sobreviveram renegaram suas confissões. Só posteriormente a Igreja Católica foi oficialmente e diretamente considerada culpada de torturar e executar os cavaleiros templários, apesar de Felipe IV ser o maior responsável.

3 – Julgamento de Galileu Galilei

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O julgamento de Galileu Galilei é um dos momentos mais embaraçosos da história católica. Galileu sempre foi um opositor da hegemonia católica sobre a Educação, apesar de ter tido boas relações com a Igreja e o Papa Urbano VIII, de quem era amigo e a quem chegou a dedicar alguns trabalhos. O maior problema foi quando Galileu passou a defender os princípios do heliocentrismo. Isso significava que o Sol era o centro do sistema solar, e não a Terra. Essa constatação desagradou muito a Igreja. Nem mesmo a ajuda do amigo Papa o ajudou a se livrar das acusações de heresia e Galileo foi  submetido à Inquisição, sob ameaças de excomunhão e tortura pelo seu “maldiçoado e detestável” heliocentrismo.

A Igreja Católica manteve a proibição à ideia até 1758. Somente em 1992, 350 anos após sua morte, que o Papa João Paulo II se desculpou formalmente pela a Igreja de colocar Galileo sob prisão domiciliar durante os últimos 9 anos de sua vida, e denunciar suas descobertas que, ironicamente, também estava incorretas, já que Galileu afirmava que o Sol era o centro não só do sistema solar, mas também do Universo. O sucessor de João Paulo II, Bento XVI, declarou que o “veredicto contra Galileu foi racional e justo e que a revisão do veredicto só pode ser justificada por razões do que é politicamente oportuno.”

2 – Joana D’Arc

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Joana D’Arc afirmava que ouviu um “chamado de Deus” para liderar o exército francês para expulsar os ingleses da França de uma vez por todas. Isso fez com que ela liderasse uma revolta em 1429, que ajudou a libertar a cidade sitiada de Orleans. Joana logo despertou a irritação política de alguns católicos locais. Mas quando decidiram em abrir processo contra ela, eles não encontraram nenhuma acusação legítima. Mas o julgamento começou mesmo assim e Joana não teve direito sequer a um defensor.

Joana D’Arc foi executada por heresia, não porque dizia ouvir a voz de Deus, ou porque ela desafiou e matou ingleses, mas porque ela disse ter usado roupas de um homem enquanto estava na prisão, comportamento proibido na época e punido com a queima na fogueira. Ela pediu que sua última refeição fosse a Sagrada Comunhão. A Igreja recusou, tudo para que ela fosse para o inferno.

Foi descoberto depois de sua morte que ela nunca tinha vestido roupas de um homem. Seu caso foi objecto de recurso com sucesso 25 anos depois, e ela foi exonerada pelo Papa, a pedido de sua mãe. Ela foi canonizada em 16 de maio de 1920, 500 anos depois que ela foi morta.

1 – Caça às bruxas

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As que eram consideradas “bruxas” foram caçadas e abatidas durante séculos por toda a Europa. O número total de vítimas variam drasticamente porque os registros não foram bem conservados, mas a média é cerca de 40.000 a 100.000 mortos, apenas no período de 1480 a 1750. A caça se dava basicamente por duas razões: medo e animosidade pessoal. Alguém podia ser acusado de feitiçaria por irritar uma pessoa ou se sua influência ou popularidade ameaçasse de alguma forma o poder da Igreja.

Para a Igreja, as bruxas não eram bruxas por vontade própria, mas por Satanás, e assim queimá-las ajudava a purificá-las através da dor, para que elas pudessem entrar no Céu. Assim, a Igreja fazia com que a população a acreditasse que estava se fazendo um “favor” às ditas bruxas torturando-as e queimando-as até a morte.

Os indícios de que uma mulher era bruxa eram os mais insólitos possíveis: marcas de nascença, dizer blasfêmias (e naquela época, qualquer coisa ofendia a Igreja), demonstrar medo no interrogatório ou mesmo a acusação de alguém. O derramamento de sangue era condenado na “investigação”, o que tornou a tortura ainda pior: flagelação, esfolação, esmagamento da cabeça, extração do dentes, etc. Infelizmente, ninguém estava imune à culpa.

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