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5 trilogias que provam a maldição do terceiro filme

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Hollywood simplesmente adora fazer trilogias e esse costume apenas aumenta com o passar do tempo. O problema é que, se por um lado o espectador tem a chance de ganhar mais filmes para explorar o universo da história que lhe atraiu, por outro, a indústria tende a ter um padrão para trilogias: há o primeiro filme muito bom, depois uma sequência mediana e uma verdadeira decepção com a terceira parte. Fazer uma continuação de qualquer filme já é algo bastante difícil, pois existe a pressão do segundo superar o original em tudo, especialmente no que se refere a aprovação do público e sucesso na bilheteria. Agora, realizar o terceiro longa com, no mínimo, o mesmo nível de qualidade que o primeiro é algo descomunal.

Embora o mercado tenha algumas exceções – como Indiana Jones e a Última Cruzada, Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, Toy Story 3, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (ainda que seja saga, o feito é admirável). Claro, isso não significa que o longa seja ruim por completo; a questão levantada aqui é sobre como Hollywood continua com a regra do terceiro filme ficar aquém do padrão estabelecido por seus predecessores.

Pensando nisso, selecionamos alguns filmes que integram trilogias e/ou franquias promissoras, mas que, por alguma desventura, a terceira parte deixou muito a desejar.

1 – Matrix Revolutions

Em 1999, as irmãs Wachowskis revolucionaram o cinema de ação e derreteram mentes do mundo inteiro com sua aclamada obra Matrix. O filme chegou tímido, mas conseguiu ser um sucesso absurdo em todas as áreas possíveis. O plano inicial da dupla sempre foi contar uma história em três partes e, graças ao montante ganhado com o primeiro, isso foi possível.

As sequências Matrix Realoaded e Revolutions foram filmas juntas e lançadas com poucos meses de intervalo, com uma campanha de marketing bem forte. Enquanto o segundo levou mais cenas elaboradas e estabeleceu a mitologia do universo criado anteriormente, o terceiro foi um grande desapontamento. Morpheus (Laurence Fishburne) foi quase que apagado na história, Trinity (Carrie-Anne Moss) morre de forma totalmente inútil e o fim de Neo (Keanu Reeves) não poderia ser mais ambíguo. Apesar de apresentar boas lutas, a franquia poderia ter um final mais adequado.

2 – Alien 3

Ridley Scott levou algumas mudanças para o cinema em 1979. Antes de Alien havia filmes de ficção científica com monstros gigantes, mas nunca um filme de terror sobre eles. O filme trouxe uma renovação para o horror dentro da ficção científica, algo que James Cameron conseguiu preservar em Alien: O Resgate, o segundo filme. Enquanto o primeiro apresentou o Xenomorph com suspense condensado, o outro optou por mais ação.

David Fincher, no entanto, foi descuidado ao assumir a franquia no terceiro longa. Em partes por causa das constantes interferências criativas por meio do estúdio (a 20th Century Fox, para variar) o filme desperdiçou um grande elenco e uma ótima história. Embora não seja de todo ruim, essa terceira parte ficou muito inferior aos seus originais.

3 – Exterminador do Futuro 3: A Revolução das Máquinas

Em 1984, James Cameron entregou aos cinéfilos uma das melhores histórias de ficção científica já feitas no cinema: Exterminador do Futuro. Em 1991, ele conseguiu o incrível feito de se superar e realizar uma obra melhor do que a original. Com Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final ele explorou toda a história criada sete anos antes, eternizou diversas frases e cenas, lançou oficialmente Arnold Schwarzenegger para o mundo e cravou Sarah Connor (Linda Hamilton) como uma das heroínas mais badass do cinema de ação.

Por isso, quando a terceira parte desse universo foi anunciada, muitos fãs comemoram. Desta vez, sem Cameron no comando de nada, o filme desandou de forma assustadora, sendo capaz mesmo de contradizer tudo o que foi defendido em seus predecessores. O terceiro longa trouxe os mesmos personagens de volta, faltou apenas toda a história fazer sentido.

4 – Homem Aranha 3

Com dois ótimos filmes para superar, Homem Aranha 3 é mais um exemplo de que Hollywood tem medo de ousar. O diretor Sam Raimi e o ator Tobey Maguire se mostraram mais do que capazes de desenvolver a história e o personagem, apesar disso, o estúdio não proporcionou a devida liberdade criativa para o projeto ser desenvolvido. Com a excessividade de pontos de virada no enredo, vilões e humor fajuto, o longa foi uma decepção para todos.

5 – Superman III

Richard Donner deixou um legado inestimável com seu Superman em 1978, graças também à inesquecível performance de Christopher Reeve como personagem título. Embora a sequência não tenha sido tão emblemática quando o original e, tenha sofrido com alguns contratempos na produção, ela ainda assim foi capaz de ser uma sucessora digna. Traçando um caminho bem diferentes dos longas anteriores, Superman III foi bem inferior, especialmente ao conceder muito foca ao vilão Gus Gorman (Richard Pryor) e todo seu alívio cômico desnecessário. Novamente, apesar do filme não ser completamente ruim, ele não honra todo o ótimo trabalho que seus antecessores fizeram.

Concorda com a lista? Ou melhor, você também acredita que a indústria cinematográfica de Hollywood realmente tende a fracassar ao desenvolver suas terceiras partes? Comente com a gente o que você acha sobre todo esse cenário.

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