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7 casos de sobreviventes assombrosos da Primeira Guerra Mundial

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Guerras são o mais perto do inferno que a humanidade pode presenciar, marcadas pela paranoia, dor, luto, violência e morte onipresente, o que pode traumatizar pessoas para o resto de suas vidas e quebrar suas mentes de forma irreversível, tirando completamente o sentido da vida. Por isso, não faz sentido o que motiva a guerra, e sim os efeitos maléficos que ela causa. Pra provar esse ponto de vista, trazemos pra vocês algumas das mais assombrosas histórias de sobreviventes da Primeira Guerra Mundial, que aconteceu de 1914 a 1918 – ou seja, há 100 anos.

Cady Hoyte

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Esse sobrevivente de Nuneaton, na Inglaterra, já havia servido na Palestina e dormia em seu navio quando esse foi atingido por um torpedo, que Hoyte descreveu como “uma grande explosão” que o acordou enquanto ele dormia. Quando correu até convés, percebeu que já não havia mais botes salva-vidas, e pulou no mar com a esperança de encontrar algum no caminho. Apesar de perder amigos no ataque, sobreviveu, apenas para, ainda na guerra, ser vítima de gás tóxico, balas de canhão, bombas de aviões, sobrevivência por dias dentro da água ou barro e outros tipos de provas físicas e mentais que teriam levado a maior parte dos homens ao desgaste e à subsequente loucura. E ele é apenas um dos milhares a “ganharem” esses traumas.

Leonard Smith

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Leonard Smith era um batedor que analisava o território inimigo munido de lápis de cor, crayons e papel, desenhando os locais e os inimigos nele encontrados, assim como barreiras, instalações e obstáculos a serem superados, ou seja, um real radar artístico humano. Seus desenhos, perfeitos, não eram feitos com tranquilidade: ele frequentemente escapava de tiros de snipers, morteiros, bombas, metralhadoras e outras que mataram milhões, mas não esse incrível artista.

Frank Savicki

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De origem polonesa,  entrou para o exército dos EUA e foi capturado em Laon, na França, onde ficou preso num estábulo sem água ou comida por 2 dias, dormindo no chão sem cobertores e bebendo água gelada. Além disso, ele e outros prisioneiros de guerra não tinham como tomar banho, o que lhes rendeu infestações de piolhos e doenças. Cansado daquilo, Savicki enganou um guarda e o trancafiou num quarto de vigia, escapando do campo de concentração e passando por vales e florestas antes de chegar à fronteira com a Suíça, onde precisou usar um bastão para saltar sobre um grande fosso cavado entre os países. Coisa de filme.

Os ANZACs

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Durante as chamadas operações Gallipoli, um dos maiores fracassos estratégicos da história, meio milhão de homens morreram, a maior parte deles da Nova Zelândia e Austrália. Um que não estava entre eles foi o australiano Jack Hazlitt, que era um “corredor” mensageiro (correndo no meio do campo de guerra, entre snipers e franco atiradores). Por isso, a vida dos “corredores”, como eram chamados, era estimada em 24h, mas Hazlitt durou 5 meses e sobreviveu, morrendo aos 96 anos de idade, em 1993.

Sobreviventes do Titanic

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Com o naufrágio do Lusitania, um navio-gêmeo do Titanic, 1200 pessoas submergiram depois de um ataque vindo de um barco alemão. Dentre os poucos sobreviventes, o bombeiro Frank Toner e o engenheiro Charles Dunn já tinham alguma experiência, já que haviam sobrevivido aos naufrágios do Titanic e do Empress of Ireland.

O mestre-dragão

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Essa história é de um bem-sucedido de outro lado, o dos alemães. Gunther Pluschow, um aviador que estava em uma colônia alemã na China quando a guerra explodiu. Pluschow, chamado de “Mestre-Dragão”, por uma tatuagem que tinha no braço. Assim que a guerra explodiu, o mestre-dragão entrou em seu avião e deu o fora do lugar, chegando a 200 km longe de onde estava antes de seu combustível acabar. Precisou então pegar um bote e chegar até Shangai, onde conseguiu um passaporte falso e embarcou num barco para San Francisco, nos EUA.

Lá, conseguiu um passaporte para viajar pelos EUA. Então, foi para NY e pegou um navio até Gibraltar, onde finalmente foi pego por britânicos, sendo preso em Londres. Entretanto, dois meses depois, o “mestre-dragão” e um amigo fugiram da prisão escalando muros altíssimos com arame barbado. Seu amigo foi preso antes de encontrar um bote salva-vidas em pleno Rio Tâmisa, fazendo de Pluschow o único alemão que fugiu de solo britânico durante a guerra.

Robert Phillips

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Quando esse mineiro celta participou da batalha de Ypres, foi atacado por gás venenoso que matou milhares de homens, mas sobreviveu usando um guardanapo úmido no rosto. Ainda assim, foi pego e passou 15 meses preso na Alemanha, onde assistiu seus parceiros sendo mortos e torturados, quando decidiu elaborar um plano de fuga emergencial pelas gélidas florestas alemãs. Sua jornada chegou a 322 km até chegar à fronteira com a Holanda, onde se refugiou antes de voltar são e salvo – ainda que traumatizado – para a Inglaterra.

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