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7 invenções do passado que estavam muito além de seu tempo

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Vocês já pararam para imaginar quantas pessoas já tentaram inventar no passado e que não obtiveram sucesso algum? Bom, um exemplo que vocês poderão ver nessa lista é Thomas Edison, que patenteou e financiou o desenvolvimento de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. Ele  foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção. Por falar em invenções, vocês já leram a nossa matéria com as 5 invenções mais surpreendentes da 1ª Guerra Mundial?

Mas nem tudo era maravilha para Thomas Edison, pois algumas de suas invenções acabaram fracassadas. Bom usando esse e outros exemplos, nós trouxemos para vocês essa lista de algumas invenções do passado que estavam sendo criadas muito além do seu tempo, confiram:

1 – Boneca que fala de Thomas Edison

No ano de 1877, Thomas Edison inventou o fonógrafo, e por volta de 1890, já havia uma versão pequena o bastante para caber dentro de uma boneca. Bom, para a época, era certo que uma boneca que falava iria ter um bom número de vendas. Uma fábrica de Edison em Nova Jersey começou a produzir bonecas que poderiam recitar uma rima de 20 segundos de duração. A rima de cada boneca tinha que ser gravada individualmente, e por isso várias mulheres iam para cabines na fábrica para fazer cópia por cópia. Para a boneca falar, era preciso girar uma manivela nas costas da boneca.

As bonecas eram grandes, mediam cerca de 55 centímetros e pesavam mais ou menos 1 quilo e 800 gramas, sue valor era algo equivalente a 200 dólares hoje. Na verdade, essa boneca era um desastre comercial. O fonógrafo não era robusto o suficiente para lidar com a manipulação brusca por crianças, a qualidade do som era algo terrivelmente ruim e a manivela nas costas da boneca era algo muito fácil de se perder.

As bonecas foram lançadas em abril de 1890 e retiradas de venda em maio do mesmo ano. Edison acabou ficando com 7.500 bonecas em um depósito, e ele próprio descreveu as bonecas como “pequenos monstros”. Bom, mas é claro que hoje em dia se alguém tiver uma boneca de Thomas Edison, ela valerá muito dinheiro.

2 – Pista de patinação no gelo de John Gamgee

Em abril de 1879 foi aberta a primeira pista de patinação coberta usando gelo real. Situada em Londres, a pista tinha sido construída por John Gamgee e foi chamada de Glaciarium. A pista tinha dimensões bem diferentes das de hoje em dia, mas funcionava perfeitamente. Uma máquina de refrigeração fora da pista de gelo esfriava um líquido que fluía através de uma rede de tubos no chão da pista. A superfície foi inundada com uma camada fina de água e depois congelada pelos tubos, criando uma folha sólida de gelo duro e liso.

Na época, três patins de gelo foram construídos por Gamgee, mas todos eles falharam comercialmente. Eles eram muito caros para construir. Pouco tempo depois, em 1879, foi construída a primeira pista dos EUA, em Gilmore’s Garden, mas também teve vida curta.

3 – Aspirador de Pó de Hubert Booth

Hubert Booth viu uma demonstração de uma máquina de limpeza que soprava a poeira em 1901, e ele estava certo de que puxar o pó era uma ideia melhor. Ele testou sua teoria e colocou um lenço no assento do trem e sugou através de sua boca. Quando ele viu quanta poeira tinha do outro lado o lenço, ele sabia que estava no caminho certo.

Booth desenhou uma máquina puxada por cavalos e alimentada por um motor de combustão interna. Os chefes de casa de Londres pediram seus serviços, e Booth foi colocar sua nova invenção para funcionar. Ele colocava a máquina do lado de fora das casa, passava as mangueiras pelas janelas doas quartos e fazia a sucção da poeira.

Por muitos anos seu negócio foi bem sucedido, e em 1907, do outro lado do Atlântico, um zelador de Ohio surgiu com sua própria invenção. James Spangler tinha montado um motor elétrico, um ventilador e uma fronha para fazer uma pequena máquina de limpeza portátil. Ele chamou a invenção de “Vassoura de Sucção Elétrica”, e lutou para vender sua invenção. Em 1908, ele vendeu a patente ao marido de uma prima. O nome do cara era William Hoover, e os dias do aspirador de pó gigante de Booth estavam contados a partir daí.

4 – O cloreto de alumínio também de John Gamgee

John Gamgee, o mesmo homem que inventou a pista de gelo, também estava interessado na saúde pública. Na década de 1870, ele passou um tempo procurando o novo desinfetante e descobriu uma substância que ele chamou de Chloralum (cloreto de alumínio hidratado). Ele afirmava que esse produto trabalhava como um “anti-séptico muito poderoso e eficaz, desinfetante e até desodorante”.

Gamgge tirou uma patente, e o The Chloralum Company LTD foi formada para explorar essa nova substância. Os únicos compradores foram cervejarias, que usava para desinfetar barris. A empresa foi dissolvida em 1885, e John Gamgee quase considerou o Chloralum como um projeto fracassado. Mas mal sabia ele que tempos depois a população em geral iria se preocupar com o odor corporal, e se ele estivesse vivo, teria ficado rico. Sua patente da Chloralum foi citada pela multinacional Unilever em patentes relacionadas a “composições antitranspirantes e método para reduzir transpiração”. Se você pegar um desodorante aerossol e ver sua composição, você irá encontrar “cloreto de alumínio hidratado” no topo da lista.

5 – Máquina de gravação de telefone Thomas Edison

Em 1881, a Philafelphia Local Telegraphy Company ligou um telefone antigo a um dos fonógrafos de Thomas Edison. O objetivo era criar uma máquina para gravar conversas telefônicas. No caso não era um correio de voz, mas sim um sistema para gravar chamada telefônica na íntegra, para ser usado no caso de uma disputa sobre uma chamada de negócios. Sendo assim, o conceito de “chamadas podem ser registradas para fins de monitoramento” existe a quase 140 anos atrás.

O dispositivo era um protótipo e Edison parecia sentir que seu trabalho estava feito. Em um artigo de jornal da época, ele foi citado dizendo o seguinte: “Existe a invenção, e é apenas o trabalho de um mecânico para torná-lo mais comercializável”. Infelizmente, transformar a máquina em algo que as pessoas gostariam de comprar parecia ser algo difícil para o mecânico nessa ocasião, tanto que o mundo teve de esperar até 1940 para que o correio de voz se tornasse realidade.

6 – Computador de Charles Babbage

No início do século XIX, qualquer pessoa que precisasse usar cálculos no trabalho usavam tabelas impressas. O problema é que essas tabelas eram calculadas a mão, copiadas a mão, e feitas a mão antes de serem impressas. Sendo assim, ocorriam erros, e por vezes, esses erros tiveram consequências fatais para os trabalhadores marítimos e engenheiros.

Chales Babbage, um gênio matemático baseado na Universidade de Cambridge, teve uma ideia de fazer uma máquina de cálculo mecânica que eliminaria os erros. Ele chamou sua máquina de Motor de Diferença e persuadiu o governo britânico a financiar o projeto, e por vários anos, o trabalho progrediu. O Mecanismo de Diferença tinha 25 mil peças e pesaria cerca de 4 toneladas quando terminado. Mas em 1833, Babbage parou a construção e milhares de peças foram difundidas e vendidas para sucata.

Sem se abalar, Babbage começou a trabalhar em uma segunda máquina, a Difference Engine 2, que era maior e pesaria 5 toneladas. Ele também projetou um mecanismo analítico com todos os elementos de um computador, com uma memória e a capacidade de executar programas. Os programas foram baseados em cartões perfurados. Ada Lovelace, a filha do poeta Lord Byron, trabalhou com Babbage no Analytical Engine e tinha a retenção de ser a primeira programadora de computador.

A complexidade mecânica dos desenhos e a personalidade muitas vezes mal-humorada de Babbage significava que as suas máquinas nunca foram construídas na época. Porém, existem duas réplicas de trabalho do Difference Engine 2, uma em Londres e outra na Califórnia.

7 – Dirigível de Jules Henri Giffard

Na década de 1850, os balões de ar quente e de hidrogênio eram formas bem estabelecidas de se transportar pelo ar. O único problema era que não havia nenhuma maneira de controlar a direção ou velocidade do vôo. Mas em 1852, o francês Jules Henri Giffard conseguiu construir um motor de vapor leve. Bom, na verdade, leve é um termo relativo, pois o motor de Giffard era bastante pesado para a época de hoje.

Giffard montou seu motor em um balão de 144 pés de comprimento que era alimentado por uma hélice de três pás, 10 metros de diâmetro e um grande leme do dirigível. No dia 24 de setembro de 1852, Giffard decolou de Paris e voou 17 milhas. Durante seu vôo, ele conseguiu dirigir seu dirigível em círculos, tornando o primeiro vôo controlado e alimentado.

Infelizmente, o pequeno moto a vapor de Giffard não era poderoso o suficiente para vencer o vento e levá-lo de volta ao seu ponto de partida. Ele estava preso em sua viagem de ida e ainda a mercê do vento, exceto quando o vento dava aquela acalmada.

E aí, sabem demais alguma invenção do passado que estava além do tempo? Comentem!

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