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7 mais cruéis experimentos científicos feitos com animais

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Hoje em dia, mesmo com inúmeras pessoas e instituições preocupadas com o bem-estar dos animais, muitas bizarrices ainda são feitas em laboratórios. Em meados do século 20, então, quando ratos, macacos, cachorros e outros seres vivos eram tratados apenas como cobaias, essas práticas eram ainda mais cruéis e feitas de forma indiscriminada.

Para que você tenha ideia dos absurdos que rolavam em laboratórios de cientistas famosos, especialmente na década de 60; preparamos a lista abaixo. Veja os testes mais chocantes e cruéis que já foram feitos com animais vivos, durante um período da história:

1. Mães macacas artificiais

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Esse pode ser considerado o marco do movimento de liberação animal (dos laboratórios, claro) nos Estados Unidos. A experiência foi feita pelo psicólogo Harry Harlow e consistia em colocar os filhotinhos de macaco, por até um ano, em ambientes fechados no laboratório, completamente isolados. Eles conviviam somente com a presença de duas criaturas artificiais, simulando mães macacas: uma era feita apenas com armação de arame e a outra, com estrutura de metal revestida por um pano felpudo e macio.

Dessa maneira, foi observado que, apesar da primeira mãe ser responsável pela alimentação dos filhotes, os pequeno macacos preferiam o segundo modelo, que lhes ofereciam, de certa forma, conforto e proteção. Mas, não só isso fazia parte do estudo: os macaquinhos eram submetido a experiências assustadoras ou hostis, como o uso de bonecos de aparência medonha ou a introdução a ambientes estranhos, o que deixou muitos deles com comportamento psicótico e não se recuperaram.

2. A fixação dos perus

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Na década de 60, outro estudo polêmico foi o monitoramento dos perus durante a fase de acasalamento. O experimento, que foi conduzido pela Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos; buscava desvendar quais eram características físicas das aves fêmeas que atraíam os machos. Para isso, os cientistas usaram um modelo artificial de peru fêmea e o colocou junto com os perus que participavam da experiência.

Como tudo corria normal até então, os cientistas resolveram ir mais longe e ver até onde os machos se empolgariam. Aos poucos, partes do boneco foram sendo retiradas, como rabos, asas, pés, e pedaços do corpo, até sobrar apenas a cabeça do modelo. O resultado? Nada mudou para ávidos reprodutores, que continuavam copulando com o ser artificial.

Para a comunidade científica, a conclusão disso tudo foi que os perus machos gostam mesmo é das cabeças das fêmeas e, por incrível que pareça, essa é a parte de seus corpos que está diretamente relacionada à posição do acasalamento. Isso porque, essas aves cobrem completamente as parceiras, deixando de fora somente do pescoço para cima.

3. Desamparo aprendido

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Na psicologia, essa é ama teoria que está relacionada à desmotivação para enfrentar situações adversas depois de passar por experiências negativos, o que pode levar à depressão. Para testar a veracidade dessa máxima, dois psicólogos da década de 60, chamados Mark Seligman e Steve Maier, decidiram fazer um experimento com cachorros.

Eles colocaram arreios em três grupos de animais e, no outro, um dos cães foi submetido a choques, que paravam se ele pressionasse uma alavanca. Esse cachorro foi conectado a um dos animais de um terceiro grupo, que recebia os mesmos choques, mas, sem controle sobre a alavanca.

No primeiro grupo, os cães não foram submetidos às descargas elétricas e acabaram dispensados no final do teste. Os outros, coitados, ficaram para a segunda etapa do estudo. Esses desafortunados foram colocados em caixas individuais abertas, com grades eletrificadas. Foi observado que, mesmo podendo fugir, os cachorros do grupo 3 permaneceram na caixa, sem apresentar resistência.

A boa notícia, para os psicólogos, é que a teoria que criaram estava correta. Para os bichinhos, no entanto, o trauma foi grande, causando em todos eles sinais clínicos de depressão e dificuldade para fugir de perigo.

4. Animais drogados

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Esse estudo, realizado em 1969, ultrapassou todos os limites éticos possíveis. Isso porque, para estudos os efeitos do vício e do uso de drogas, um grupo de cientistas aplicou morfina, álcool, codeína, cocaína e anfetaminas, entre outras substâncias, em macacos e ratos, até que eles ficassem dependentes.

E o pior de tudo: os animais foram treinados para também injetarem as drogas em si mesmos. Assim que conseguiam administrar as injeções por conta própria, os ratos e macacos eram deixados desacompanhados, munidos com grandes quantidades das substâncias.

O resultado disso foi que, logo os bichos apresentaram comportamento perturbado com direito a alucinações, automutilação, convulsões. Até mesmo mortes foram registradas durante o experimento.

5. Aranhas dependentes químicas

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Esse experimento que você vai conhecer agora também envolve drogas e animais. Ele foi realizado em 1995 por cientistas da Nasa e, dessa vez, foram as aranhas que passaram por testes com substâncias químicas alucinógenas.

Os pesquisadores queriam ver como as drogas afetavam na produção das teias e avaliar, pela estrutura geométrica formada, quais drogas seriam mais tóxicas. Por incrível que pareça, dentre todas as drogas pesadas que foram testadas, a cafeína foi a que interferiu na qualidade do trabalho das aranhas, resultando na teia mais disforme e desorganizada.

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Por outro lado, a aranha que usou maconha estava fazendo uma boa estrutura, mas acabava se distraindo e abandonando o serviço. A teia produzida pela aranha exposta a anfetaminas foi feita com muita velocidade, mas também com muitas imperfeições. E o ácido foi a droga responsável pela teia mais psicodélica e bonita, porém pouco eficiente.

6. O rato-orelha

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Esse experimento foi polêmico, porque os cientistas construíram uma orelha a partir de células de cartilagem humana em suas costas. O bicho ficou conhecido como rato-orelha ou rato de Vacanti, nome do médico responsável pelo procedimento.

Segundo o pesquisador da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, a intenção era mostrar ser possível a realização de implantes de órgãos fabricados em laboratório, tanto em ratos quanto em humanos.

7. O cachorro de duas cabeças

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Por mais grotesco e irreal que pareça, a verdade é que esse experimento científico aconteceu mesmo, nos anos 50. O estudo, desenvolvido na União Soviética, foi feito por Vladimir Demikhov, que criou cirurgicamente um cachorro de duas cabeças. Ele e sua equipe removeram grande parte do corpo de um filhote e anexaram o que sobrou, sua cabeça e patas da frente, ao pescoço de um pastor alemão adulto.

O pior de tudo é que os bichinhos conseguiram viver durante seis dias depois do procedimento. Mesmo juntos, os animais mantiveram as próprias personalidades e vontades.

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