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7 produtos que você compra e que são frutos do trabalho escravo

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De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, “são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.” Falando no absurdo que são os trabalhos escravos, já leram a nossa matéria com as 6 piores torturas e punições que os escravos sofreram no Brasil?

E se você pensa que não existe trabalho escravo hoje em dia, saiba que você está completamente enganado. Muitos dos produtos que nós consumimos hoje em dia são frutos de trabalho escravo, e muitos deles envolvem até crianças nesse processo. Mas e aí, você sabe quais produtos que nos compramos e são produtos de trabalho escravo? Nossa matéria vai citar 7 desses produtos, confiram:

1 – Chocolate

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A maioria das grandes empresas que vendem chocolate obtém cacau na Costa do Marfim, e apesar de alguns grupos de fiscalização nos últimos anos tentarem melhorar as condições por lá, a vida das pessoas que fazem o trabalho de colher o cacau não é terrível. O trabalho é feito por escravos, muitas vezes crianças. Várias dessas crianças são retiradas de países pobres como Mali. Algumas são raptadas e existem inúmeras reclamações de crianças desparecidas. Pra situação ficar ainda pior, os extremamente pobres as vezes vendem seus filhos para a escravidão por apenas US$ 30. Essas crianças transportam sacos tão grandes de cacau que acaba causando graves danos físicos.

2 – Maconha

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Quando alguém acende o famoso baseado, a única coisa que está prejudicando são os próprios pulmões. Mas se você mora no Reino Unido, você pode estar apoiando a escravização de crianças vietnamitas. Um especial chamado “Children of the Cannabis Trade”, mostrou esse problema crescendo na região. Muitos traficantes começam por manipular pessoas pobres no Vietnã, pedindo que eles deixem seus filhos serem levados para o Reino Unido para ter “uma vida melhor”.

A ideia é que a pessoa terá que pagar uma quantia específica de dinheiro para isso, mas eles podem trabalhar para quitar as dívidas. O escravo não pode reclamar com as autoridades de seu novo país, uma vez que se ele reclamar será deportado. Para piorar, a indústria de cannabis ilegal no Reino Unido está crescendo e é gerenciada principalmente por traficantes vietnamitas. Quando a polícia invade suas operações, as crianças são tratadas como criminosas, e a maioria desaparece ou volta para as mãos de outros traficantes, por medo do que vai acontecer com seus familiares na terra natal.

3 – Borracha

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A borracha está longe de ser o bem mais importante na Libéria. O líquido é colhido e transformando em vários materiais que usados todos os dias. O processo em si é ambientalmente sustentável se bem feito e pode ser muito lucrativo. No ano de 2006, houve um grande problema quando duas grandes plantações de borracha ficaram nas mãos de ex-combatentes da guerra civil destrutiva da Libéria, e, de acordo com investigações, essas plantações estavam tratando seus trabalhadores como escravos.

O fabricante de pneus Firestone foi acusado de comprar dessas plantações contra os desejos do governo liberiano. Enquanto Firestone negou a acusação, um funcionário da empresa também admitiu que não podia ter certeza de que lugar específico as borrachas foram compradas.

4 – Bolsas falsificadas

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E você, mulher, já comprou bolsa falsificada alguma vez na vida? A industria que produz bolsas femininas e outros itens semelhantes de imitação é uma empresa global multimilionária, de acordo com Dana Thomas, autora de “Deluxe: How Luxury Lost Its Luster”. Suas investigações apontam que essa indústria leva à perda de bem mais de 500.000 postos de trabalhos só nos EUA. Esse comércio é muito conhecido por usar trabalho escravo em sua maioria, muitas vezes crianças. Ela já acompanhou a polícia durante operações contra os locais de fabricação, e viu dezenas de crianças sendo maltratadas.

Na Tailândia, por exemplo, em uma fábrica que fazia bolsas de grife falsificadas para consumidores ocidentais, os donos tinham quebrado as pernas das crianças para que nunca mais se curassem corretamente, isso porque tinham se cansado das queixas de crianças querendo brincar.

5 – Pornografia

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Dificilmente lembramos que muitos filmes pornográficos pode envolver mulheres que foram vendidas em escravidão anos atrás. Nas últimas décadas, houve várias ondas de tráfico sexual, a primeira foi de mulheres tailandesas e filipinas, seguida de colombianas e dominicanas, depois nigerianas. As mulheres eslavas estão em alta demanda no mundo ocidental, e são usadas não apenas para prostituição, mas também para a pornografia.

Sendo um comércio ilegal, é difícil chegar a números reais, mas as estimativas costumam colocar o número de pessoas vendidas anualmente a casa dos milhões, com cerca de 80% delas sendo usadas para fins sexuais.

6 – Carvão

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No começo de 2014, dezenas de trabalhadores foram encontrados em condições análogas à de escravos em carvoarias no interior de São Paulo. No caso, sete crianças e adolescentes também oram flagrados no trabalho, e as informações vieram da megaoperação conjunta para combater o crime realizado em Pedra Bela, Joanópolis e Piracaia. Ao todo, dez estabelecimentos foram alvo da blitz, e seis acabaram interditados.

Os produtos desses locais abasteciam supermercados da capital, ea operação ia informar aos compradores de onde eles estavam conseguindo seu carvão. Em uma das unidades, os abusados não tinham carteira assinada nem exame médico realizado, apesar das irregularidades, não foi configurado como trabalho escravo. A carvoaria, no entanto, teve a produção e os alojamentos interditados e terá de se adequar para voltar a funcionar.

Já em outra unidade, considerada escravista, não existia instalações adequadas e a ausência de equipamentos de proteção era total. Os trabalhadores não tinham água potável e a alimentação não era fornecida. Entre os trabalhadores dessa unidade, se encontrava uma criança de 11 anos e um adolescente de 16.

7 – Eletrônicos

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Você pode já ter ouvido falar de uma fábrica de produtos eletrônicos na China chamada Foxconn, famosa por quantidades absurdas de horas extras e lucros com o trabalho escravo do povo “empregado” nessa instalação. Uma das grandes empresas que compram produtos da Foxconn é a Apple, mas a Foxconn também produz muitos outros produtos eletrônicos para muitas outras empresas, incluindo console de jogos para grandes marcas do ramo.

A Apple foi pressionada para melhorar as condições da Foxconn, mas depois de inspeções foi declarado que a Foxconn está longe do padrão adequado.As condições são tão ruins que muitos trabalhadores cometem suicídio. A fim de evitar isso, a Foxconn instalou redes nos exteriores dos prédios para detê-los.

Eles fizeram até alguns trabalhadores assinarem notas afirmando que suas famílias não poderiam processar se eles se matassem devido às condições ruins. As horas extras, que as vezes chegam a 100 por semana, não são pagas.e um funcionário se comporta mal, têm que escrever uma nota de confissão. Estas notas são veiculadas publicamente para humilhá-los. Para vocês terem uma ideia, a Foxconn não dava nem bancos para seus empregados trabalharem até pouco tempo atrás.

E aí, caros leitores, sabem de mais algum produto que consumidos que tem origem o trabalho escravo? Comentem!

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