Curiosidades

8 coisas que você não sabe sobre a Black Friday

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Nos Estados Unidos, o evento acontece tradicionalmente depois do feriado de Ação de Graças, com filas a perder de vista. Todos os consumidores têm um único objetivo: garimpar produtos com descontos que podem chegar a até 90% do preço original. Mas quando surgiu a Black Friday? Por que o evento ganhou esse nome? Confira dez curiosidades envolvendo um dos dias mais famosos do varejo.

1. Black Friday se referia às crises das bolsas de valores no século 19

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Embora esteja hoje associado ao maior dia de compras dos Estados Unidos, o termo Black Friday (literalmente ‘Sexta-Feira Negra’ em inglês) se referia originalmente a eventos muito diferentes.”O adjetivo negro foi usado durante muito séculos para retratar diversos tipos de calamidades”, afirma o linguista Benjamin Zimmer, editor-executivo do site Vocabulary.com.

Nos Estados Unidos, a primeira vez que o termo foi usado foi no dia 24 de setembro de 1869, quando dois espectadores, Jay Gould e James Fisk, tentaram tomar o mercado do ouro na Bolsa de Valores de Nova York. Quando o governo foi obrigado a intervir para corrigir a distorção ao elevar a oferta da matéria-prima ao mercado, os preços caíram e muitos investidores perderam grandes fortunas.

2. Os desfiles de Papai Noel foram os antecessores da Black Friday

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Para muitos americanos, o desfile do Dia de Ação de Graças, promovido pela loja de departamentos Macy’s, se tornou parte do ritual do feriado. Mas o evento, na verdade, foi inspirado nos vizinhos do norte. A loja de departamentos canadense Eaton’s realizou o primeiro desfile do Papai Noel em 2 de dezembro de 1905. Quando o Papai Noel aparecia ao final do desfile, era um sinal de que a temporada de festas havia começado e, por sua vez, a corrida às compras. É claro que os consumidores eram incentivados a fazer compras na Eaton’s.

Lojas de departamento, como a Macy’s, inspiraram-se no desfile, e passaram a patrocinar eventos semelhantes ao redor do país. Em 1924, por exemplo, Nova York viu pela primeira vez um desfile da Macy’s com animais do zoológico do Central Park e totalmente organizado por funcionários da própria loja.

3. O Dia de Ação de Graças foi, indiretamente, determinada pelos clientes

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De meados do século 19 ao início do século 20, em um costume iniciado pelo então presidente americano Abraham Lincoln, o presidente declararia o “Dia de Ação de Graças” na última quinta-feira de novembro. O dia poderia, assim, cair na quarta ou quinta quinta-feira do mês. Mas em 1939, algo atípico aconteceu: a última quinta-feira foi coincidentemente o último dia de novembro.

Lojistas preocupados com o curto período de compras para as festividades do final de ano enviaram uma petição a Franklin Roosevelt (1882-1945) para declarar o início das festas uma semana mais cedo o que foi autorizado pelo então presidente americano. Pelos próximos três anos, o Dia de Ação de Graças foi apelidado de “Franksgiving” (uma mistura de Franklin com Thanksgiving, como a data festiva é chamada em inglês) e celebrado em dias diferentes e em diferentes partes do país.

Finalmente, no final de 1941, uma resolução conjunta do Congresso solucionou o problema. Dali em diante, o Dia de Ação de Graças seria comemorado na quarta quinta-feira de novembro, garantindo uma semana extra de compras até o Natal.

4. Big Friday?

O termo ganhou popularidade pela primeira vez na Filadélfia. Policiais frustrados pelo trânsito causado pelos consumidores naquele dia começaram a se referir dessa forma à Black Friday. Os lojistas evidentemente não gostaram de ser associados ao tráfego e à poluição. É claro que a invenção não “pegou”.

5. Com o tempo, Black Friday passou a significar ‘voltar ao azul’

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Os lojistas conseguiram, no entanto, dar uma interpretação positiva ao termo ao dizer que ele se referia ao momento em que os estabelecimentos retornavam ao azul, ou seja, voltavam a ter lucro. No entanto, não há provas de que isso teria realmente acontecido. É verdade, por outro lado, que o período de festas corresponde à maior parte dos gastos de consumo do ano.

No ano passado, estima-se que os consumidores tenham gastado mais de US$ 59 bilhões na Black Friday, segundo a federação nacional do varejo dos EUA (National Retail Federation, ou NRF). Mas quanto dessas receitas realmente se torna lucro não está claro, dado que os lojistas costumam trabalham com margens mais apertadas, oferecendo grandes descontos.

6. Black Friday não se tornou referência nos EUA até a década de 90

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O termo Black Friday permaneceu restrito à Filadélfia por um tempo surpreendentemente longo. “Você podia vê-lo sendo usado de maneira moderada em Trenton, Nova Jersey, mas não ultrapassou as fronteiras da Filadélfia até os anos 80”, disse Zimmer. “O termo só se espalhou a partir de meados dos anos 90”.

7. Black Friday se tornou o maior dia de compras do ano em 2001

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Embora a Black Friday seja considerada o maior dia de compras do ano, a data não ganhou essa designação consistentemente até os anos 2000. Isso porque, por muitos anos, a regra era que os americanos adoravam procrastinar. Ou seja, até tal ponto, era no sábado e não na sexta-feira que as carteiras ficavam mais vazias.

8. Black Friday ganhou o mundo

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Por muito tempo, os lojistas canadenses morriam de inveja de seus colegas americanos, especialmente quando seus clientes fiéis colocavam o pé na estrada rumo ao sul em busca de boas compras. Mas agora eles passaram a oferecer as suas próprias liquidações apesar de o Dia de Ação de Graças no Canadá acontecer um mês antes.

No México, a Black Friday ganhou novo nome ‘El Buen Fin’, ou “Bom fim de semana”. A comemoração é associada ao aniversário da revolução de 1910 no México, que às vezes cai na mesma data que o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Como o próprio nome sugere, o evento dura o fim de semana inteiro. No Brasil, onde o feriado de Ação de Graças não existe, a data passou a ser incluída no calendário comercial do país quando lojistas perceberam o potencial de vendas do dia.
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