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8 momentos mais racistas que podemos ver em filmes de sucesso

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O problema da representação de diferentes povos e culturas nos filmes de Hollywood tem sempre chamado a atenção para críticos e público, bem como nos bastidores. Na última edição de premiação do Oscar, por exemplo, dezenas de artistas se recusaram a participar da cerimônia em protesto ao baixo número de indicações para atores negros. O assunto foi extremamente abordado nos discursos do apresentador do evento, Chris Rock.

A questão envolve muito mais que a utilização ou não de atores de diferentes origens no elenco. É importante retratá-los de maneira honesta e livre de preconceitos, o que nem sempre acontece. Mesmo em filmes recentes, a desvalorização de povos ou culturas tem o seu espaço garantido nas telas, gerando controvérsias e críticas pesadas em relação ao racismo das produções que chegam ao cinema.

Atualmente, as lutas de movimentos e a preocupação dos estúdios em representações mais justas tem ajudado a fazer dos filmes menos problemáticos, mas representações racistas e polêmicas fizeram e ainda fazem parte da história do cinema.

1 – Fantasia (1940)

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Fantasia é um clássico da animação moderna que coloca diferentes segmentos de história com trilhas sonoras clássicas. Em um deles, sob a Sinfonia Pastoral de Beethoven, criaturas da mitologia grega, como pégasos, sátiros cupidos e centauros. Num dado momento uma centauro fêmea negra é apresentada polindo os cascos de outras duas centauros brancas, refletindo alguns estereótipos racistas vigentes na época em que o filme foi produzido. Depois de muitas polêmica, uma versão editada de Fantasia foi relançada, em 1969, com as cenas removidas.

2 – O Cantor de Jazz (1927)

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Considerado um dos mais importantes e influentes filmes da história do cinema, O Cantor de Jazz foi a primeira produção e apresentar áudio sincronizado em tela, o que ajudou a colocar fim à era do cinema mudo. Apesar da grande influência, o filme também é destacado por momentos de polêmica. Grande parte do longa é dedicado a um personagem com blackface, prática considerada racista que coloria atores brancos com tinta preta para a interpretação de personagens negros. Ainda assim, historiadores contemporâneos defendem que a utilização do conceito no filme é inocente, já que na época a prática era comum e não vista com desprezo.

3 – Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984)

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O segundo filme da franquia Indiana Jones é duramente criticado pela representação que faz de povos indianos. Durante uma missão realizada no leste da Índia na década de 30, o personagem encontra retratos estereotipados e falsos sobre os povos, cultura e tradições daquela região. Uma famosa cena do filme apresenta uma refeição regada a cérebro de macaco e cobras, que não são pratos típicos do país. Além disso, a representação do hinduísmo no filme pode ser considerada ofensiva. Tanto é, que o governo indiano realmente considerou e se recusou a permitir que a produção de Tempo da Perdição acontecesse na Índia.

4 – Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999)

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Além de todos os problemas discutidos ao longo de anos pelos fãs da franquia, Ameça Fantasma também sofre por apresentar estereótipos raciais, camuflados atrás de personagens gerados por computação gráfica. Jar Jar Binks, por exemplo, é uma problemática caricatura de personagens caribenhos, com estereótipos típicos da cultura Rastafari ou dos intérpretes famosos por blackface. além de Jar Jar, o mercador de velharias Watto é um retrato negativo de estereótipos de judeus. Alguns fãs e analistas comparam o personagem até mesmo a propagandas nazistas feitas pela administração de Hitler durante o Holocausto.

5 – E o Vento Levou (1939)

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Uma história de amor que se passa no sul dos Estados Unidos num tempo em que a segregação racial era comum naturalmente carregaria alguns estereótipos negativos. O filme atraiu protestos por racismo, ao retratar a escravidão como uma instituição normal, feliz e até mesmo apoiada pelos próprio escravos. Apesar disso, o filme foi o primeiro a propiciar a indicação – e vitória – de uma atriz negra no Oscar. Hattie McDaniel, no entanto, sofria tanto com racismo que não pôde nem mesmo comparecer à pré-estreia do filme em razão de leis raciais vigentes em Atlanta, onde o lançamento aconteceu.

6 – Falcão Negro em Perigo (2001)

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Quando Ridley Scott narrou a história de soldados americanos em combate na Somália, não poderia imaginar que teria tantos problemas. Apesar de ganhar duas estatuetas do Oscar pela produção, também ganhou críticas pesadas do povo e governo do país. O filme apresenta personagens sem qualquer ligação com a cultura somali. Os atores não se parecessem com o povo do país e nem mesmo falam a língua oficial da Somália. Todos os soldados somalis são resumidos a personagens sem humanidade, apresentados como africanos genéricos no caminho dos Estados Unidos. O filme foi tão mal recebido pela Somália que um órgão de Justiça do país chegou a emitir uma nota de repúdio à produção.

7 – Avatar (2009)

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Com paisagens incríveis e um visual estonteante, Avatar marcou a história do cinema por meio da inovação tecnológica. O filme, porém, sofre com um comum clichê do herói branco, comumente visto em filmes produzidos no ocidente, como O Último Samurai e Dança com Lobos. Na história contada por James Cameron, o herói Sully se aproxima dos Na’vi e se alia e eles numa batalha contra os humanos. O paralelo com situações de extermínio já registradas na história da humanidade é óbvio e deixa o espectador com um questionamento sobre o papel do homem branco na tribo hostilizada.

8 – Peter Pan (1953)

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Até mesmo uma animação da Disney voltada em mostrar a aventuras de crianças numa terra com piratas, sereias, fadas e outras criaturas fantásticas podem apresentar racismo. Em meio a vários números musicais apresentados ao longo do filme, está um que representa nativos de uma forma controversa. Enquanto a maioria do filme é narrada de forma divertida e inocente, o retrato dos indígenas é feito de forma problemática, os tratando como animais ou pessoas ignorantes.

Nem mesmo produções clássicas ou leves, destinadas a crianças, escapam do racismo. Algumas foram realizadas em períodos em que o comportamento poderia até ser comum, mas vistas atualmente, em outros contextos, é difícil deixar passar alguns conceitos absurdos.

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