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Ayahuasca, a bebida que promete te fazer ter uma experiência com Deus

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A Ayahuasca, com esse nomão estranho, de origem inca, é uma bebida considerada sagrada, que é preparada através de duas ervas/plantas encontradas na Amazônia: O cipó de nome Banisteriopsis caapi, popularmente conhecido como mariri ou jagube, e as folhas de um arbusto chamado de Psychotria viridis que na região, é popularmente conhecida como chacrona ou rainha, a segunda, possui o princípio que se chama dimetiltriptamina.

No Brasil e nos outros países da América do Sul, ao qual são comuns os seus usos medicinais e místicos, a bebida também pode ser chamada de:

yagé, caapi, yaiya-suána-kahi-ma, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, bejuco de oro, “vinho da alma”, “professor dos professores”, “pequeno óbito”, “sopro da vida”, e etc, etc, etc (UFA!)

O nome em si que é mais difundido e conhecido,  ‘ayahuasca’, quer dizer “o cipó dos espíritos”.

Ao todo, ela é utilizada por mais de 70 tribos de índios brasileiras, além dos demais países que possuem trechos da Floresta Amazônica, sem contar os centros urbanos que já conhecem suas propriedades místicas.

Mas afinal, do que se trata essa tal de Ayahuasca?

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As tribos indígenas e as ordens místicas e espirituais que usam a Ayahuasca, fazem uso dela para diversos fins. No que se diz respeito ao lado medicinal e fitoterápico, ela é usada para problemas que vão desde a prevenção de eventuais males futuros, até mesmo no combate de uma série de enfermidades.

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Mas falar é fácil, né? Vamos às aplicações com fundo científico! Estudos realizados por alguns pesquisadores norte-americanos, em empreitada na Floresta Amazônica, concluíram que a ayahuasca auxilia no tratamento do de alguns tipos de câncer, também atuando diretamente contra os agentes contrários e efeitos de doenças como o Mal de Chagas, e a malária, que é extremamente preocupante para os povos do norte do país. Além de apontar que o chá tem o poder de auxiliar na reversão de quadros de alcoolismo e comportamentos e tendências suicidas, hiperatividade e ansiedade.

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O chá, está até mesmo, sendo utilizado em algumas penitenciárias brasileiras do norte do país, como uma alternativa de auxilio à manutenção da sanidade mental dos presos. O que segundo os pacientes presidiários, da cidade de Ji-Paraná, em Rondônia, tem sido muito aliviante nas suas rotinas de presos, pois os ajudam a refletir sobre seus crimes cometidos, e sobre os rumos que eles vão tomar na vida, além de ‘aproximá-los de Deus’, segundo os próprios.

No que se diz à espiritualidade…

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A ayahuasca vem sido temática até mesmo para a criação de ordens esotéricas, místicas e espirituais. As mais conhecidas são o Daime, criada por Raimundo Irineu Serra, além da Barquinha e a União do Vegetal, que chamam a bebida de “Santo Daime”, ou “Daime”, “Luz” ou mesmo como “Vegetal”.

Mestre-Irineu

Ao contrário do que as pessoas pensam, a ayahuasca nao é nem uma droga, nem mesmo um ‘chá alucinógeno’. Ela é considerada pelos antropólogos como uma bebida oficialmente “enteógena”, ou seja, uma “experiência de contato pessoal com o divino”, pois mesmo estando com demais pessoas, quem se submete a degustar a bebida, passa a ter uma visão unicamente pessoal e particular sobre Deus e o que ele tem a oferecer, e está intrinsecamente ligada ao contato com o poder do ‘eu-interior’, o autoconhecimento.

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Em praticamente 100% dos casos de consumo da ayahuasca, é descrito algum tipo de experiência com um possível “eu-superior”, ou com as noções e convicções pessoais à respeito do que vem a ser Deus, ou criador. Além de um imenso aprendizado de “conhece-te a ti mesmo”.

Antes de mais nada, para que não vão saindo por ai, tentando caçar cipós e arbustos achando que dá pra fazer a bebida. Saiba que existe uma certa disciplina, regulamentação e rigor para que ocorra a degustação do “líquido sagrado”.  O uso da ayahuasca é sempre acompanhado de supervisão constante, nas respectivas ordens, ou tribos indígenas onde é pertinente o seu consumo.

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E não, nunca houve nenhum caso de dano físico, mental, psicológico em lugares que há o uso regulamentado da bebida, portanto, se você algum dia quiser ter uma experiência do gênero, procure na sua região algum lugar ‘sério’ que possa lhe proporcionar a melhor vivência possível com essa bebida típica dos xamãs e que segundo eles, ajuda a equilibrar a nossa conexão com o divinatório e com o autoconhecimento.

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