Diário de um Hacker: Conheça a vida de um ex-hacker proibido de acessar a internet

Higinio O. Ochoa III mora em Austin com sua esposa, Kylie, e seu filho, Brody. Ele acorda todas as manhãs por volta das seis horas, e entra em seu escritório bagunçado com computadores, um servidor e máquinas virtuais. Há apenas uma coisa que o faz diferente de todo programador: ele não usa a internet.

Às vezes, como parte dos termos de liberdade condicional, as pessoas que são condenadas por crimes relacionados a computadores estão autorizados a voltar para a Internet com um software de monitoramento oficial da polícia instalado em seus computadores. Outras vezes, eles estão simplesmente proibidos de usar o computador por completo. Muitas vezes isso é um castigo aplicado a criminosos sexuais – as pessoas pegas em posse de pornografia infantil, predadores sexuais, etc; mas também é aplicado a hackers.

Higinio O. Ochoa III foi acusado de ser um hacker e de infringir pelo menos quatro leis norte-americanas relacionadas a direitos autorais e invasão de privacidade, proezas das quais ele supostamente se gabava em sites de redes sociais.

A imagem dos seios da namorada de Higinio Ochoa com mensagens ofensivas contra autoridades policiais norte-americanas fizeram com que ele fosse descoberto como o principal hacker que liberou informações pessoais de dezenas de policiais em todo os Estados Unidos. Na época ele foi preso pelo FBI.

O FBI disse que confirmou a identidade de Ochoa que na internet atendia pelo codinome de ‘w0rmer’. Ele era um membro do ‘CabinCr3w’, um grupo de hackers ligados ao grupo Anonymous. As autoridades chegaram a Ochoa graças as fotos de sua namorada tiradas por um iPhone que registrou no arquivo o local onde o registro fotográfico foi feito.

Em um post supostamente escrito por Ochoa no site Pastebin, ele disse “cerca de 8 agentes do FBI invadiram meu apartamento”. Ele foi levado a um escritório do FBI em Houston, onde ele pagou uma fiança de US$ 50.000. Após os incidentes Higinio foi levado à juri e recebeu uma condenação diferente: ele nunca mais poderia usar a internet.

Ironicamente, Ochoa trabalha atualmente como programador e para não infringir sua pena, faz todos os códigos à mão.