Curiosidades

Dois dilemas que podem definir uma personalidade psicopática

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O grande número de pesquisas no campo neurológico e obras de ficção em torno do campo da psicopatia tem gerado cada vez mais atenção sobre o tema. Por conta disso, é comum até mesmo que você já possa ter imaginado em algum momento de sua vida se é ou não um psicopata. Devido até mesmo à falta de um consenso sobre os diagnósticos, existem muitas teorias de definição para o problema, passando por diagnóstico e tratamentos.

Ao longo dos séculos, a definição da chamada personalidade psicopática passou por diferentes conceitos biológicos e psicológicos. É importante esclarecer, antes de discutir qualquer dilema que possa dar indícios de psicopatia que vários autores classificam de formas diferentes a personalidade psicopática com a personalidade antissocial.

A segunda, quando tratada como distinta da psicopatia, envolve casos mais claros de problemas de relacionamento, sem envolver o aspecto teatral percebido nos psicopatas. Segundo os autores que fazem a distinção, os antissociais têm uma tendência a contestar com mais honestidade as normas sociais e criam mais problemas do que os outros.

Colocados esses pontos, podemos falar sobre dois dilemas propostos para determinar o potencial de psicopatia de algumas pessoas.

Dilemas

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Um famoso dilema envolvendo um vagão de trem fez parte de um experimento psicológico desenvolvido por Phillippa Foot em 1967. O problema envolve uma ferrovia com um vagão prestes a atropelar cinco pessoas sem a possibilidade de fuga. Elas irão morrer a menos que você, alvo do experimento, decida mudar o trajeto do trem. No outro caminho, entretanto, existe uma outra pessoa que também não poderá e escapar e morrerá. Qual a sua escolha?

Nessa situação, a maioria das pessoas não terá muitos problemas e decidir pela mudança de caminho, já que acabará matando apenas uma pessoa ao invés de cinco. A partir do problema proposto, então, a filósofa Judith Jarvis Thomson desenvolveu um novo dilema, ao revisitar a teoria em 1976.

A variação da filósofa propõe que você está numa ponte acima dos trilhos, com um homem desconhecido muito grande e largo à sua frente. A única maneira de salvar as cinco pessoas presas é empurrar o rapaz nos trilhos. Com a queda ele irá morrer e, com seu tamanho robusto, irá bloquear o vagão, salvando as cinco vidas. Nessa caso, o que você faria?

A questão foi replicada pelo Dr. Kevin Dutton, psicólogo da universidade de Cambridge. O profissional analisou o comportamento de psicopatas em diversos aspectos, incluindo na reação ao dilema proposto e percebeu como eles possuem uma tendência e divertir das pessoas comuns frente ao teste.

Significado

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De acordo com Dutton – que baseia grande parte de sua pesquisa no trabalho do psicólogo Josua Greene, que também trabalhou com o dilema em psicopatas –, a variação do dilema do vagão de treme envolve um fator pessoal que afeta uma região do cérebro ligada às emoções: as amígdalas cerebelosas. A maioria das pessoas, cerca de 90%, fica agitada e cautelosa perante a questão e se recusa a empurrar o estranho, mas o mesmo não acontece com psicopatas.

No caso das pessoas com o transtorno, a decisão de empurrar o homem para o trilho do trem é tomada sem pestanejar. Em outras palavras, para pessoas consideradas normais dentro desse espectro, as amígdalas do cérebro estariam ativadas perante o dilema. Por outro lado, quando o mesmo teste foi realizado em psicopatas a área não apresentou nenhuma reação.

As respostas no dilema não necessariamente diagnosticam a psicopatia, mas podem apresentar indícios desse ou outro transtorno psicológico. E você, o que faria frente a essas situações?

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