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Essa é a estranha pergunta que todo mundo responde igual

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O planeta Terra é composto por uma imensidão de lugares que abrigam pessoas dos mais diferentes costumes. São tantos idiomas que é até difícil colocar tudo no papel, embora existam as línguas mais faladas do mundo, a diversidade ainda é gigante. Sem falar nas culturas… Aí é que são diferentes mesmo.

Mas a verdade é que mesmo morando no Brasil, você apresenta muitas coisas em comum com um morador do Japão, por exemplo. Duvida? Observe a imagem abaixo e responda: para você, qual figura é maluma e qual é takete?

Se você respondeu, provavelmente está se perguntando agora: “o que é esse negócio de takete e maluma?”, bom, se trata de um experimento realizado pela primeira vez no ano de 1929, pelo psicólogo alemão Wolfgang Kohler, que consistia em mostrar para diversas pessoas o desenho acima, um pontiagudo e o outro arredondado. São figuras desenhadas de forma aleatória, portanto, não possuem um nome específico. Para isso, o psicólogo criou dois nomes e pediu para que as pessoas nomeassem cada figura com o nome que julgavam ser correspondente.

O experimento mostrou que a maioria das pessoas respondiam da mesma forma: takete era a forma pontiaguda e maluma, a curvada. Seu estudo foi publicado no mesmo ano, mas não foi bem aceito pela comunidade de cientistas na época.

Os experimentos foram refeitos no ano de 2001 por Vilayanur S. Ramachandran e Edward Hubbard, da Universidade da Califórnia. Desta vez, mudaram os nomes: takete passou a ser kiki, e maluma passou a ser bouba. O incrível aconteceu: os resultados foram os mesmos da pesquisa anterior. Publicaram os resultados do estudo alegando que isso se devia a um fator de sinestesia, onde as pessoas misturam experiências sensoriais.

As conclusões do estudo mostram que independente do idioma ou da cultura, a maior parte das pessoas consegue fazer associações de forma igual, e isso só é possível graças aos sentidos humanos. Para nomear a figura, precisamos utilizar a visão e a audição, já que você escuta a palavra e a associa à imagem, por exemplo.

A experiência vem se tornando eficaz no estudo da origem das línguas, mas também vem ajudando em processos muito mais simples e que manipulam nossa percepção multissensorial. Por exemplo, se você come uma sobremesa e quer sentir o máximo do sabor doce, coma em um prato bouba, ou seja, arredondado. E se quiser comer algo mais ácido ou apimentado, coma em um prato kiki, ou seja, quadrado.

Não se sabe ao certo como podemos associar sons e imagens da mesma forma, mesmo possuindo idiomas diferentes, mas com certeza os sentidos, estes que são iguais para todos, tem boa parcela de culpa nisso.

E então pessoal, o que acharam? Já conheciam esse experimento? Conta pra gente!

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