Mundo Animal

Essa tartaruga perdeu o casco em um incêndio, mas a tecnologia salvou sua vida

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Desde que o seres humanos assumiram o poder de suas condições intelectuais e desenvolveram a própria racionalidade, a natureza passou a ser uma fonte “inesgotável” de bens e recursos para o aprimoramento de nossa sociedade. O homem utiliza do meio ambiente para o seu sustento, esgota-a para o seu luxo, e claro, a destrói em busca do lucro. Não somente a flora, como também a fauna, sentem na pele (literalmente) a devastação desenfreada que atinge a natureza.

Os seres humanos que entendem a importância vital do meio ambiente, não apenas para a nossa sobrevivência, mas também pela biodiversidade e riqueza em si própria, tentam reverter esses danos com a sustentabilidade e proteção da estrutura natural do nosso planeta.

O que o ‘homem’ destrói, ele também pode salvar.

Essa é a história da tartaruga chamada “Freddy”. Sua vida foi valorizada por um grupo de voluntários que deram uma segunda chance para a tartaruga que foi encontrada em meio à um incêndio florestal, aqui no Brasil.

Os ferimentos causados pelo fogo foram tão severos que a sua casca tinha sido completamente destruída pelo incêndio.

A carapaça desses animais é de extrema importância não apenas porque ela envolve e protege o corpo do animal – revestindo seus ossos – mas também como uma espécie de casa, onde as tartarugas podem abrigar-se para fugir de possíveis predadores.

As chances de Freddy sobreviver eram baixas. Ela tinha sido muito machucada pela ação das chamas, foi encontrada sem a carapaça e o ambiente ao seu redor completamente destruído, seria mais um empecilho nocivo para a sua sobrevivência e recuperação.

É nesse cenário caótico e lamentável que apareceu em cena um grupo de voluntários paulistas bastante inusitado.

Formado por quatro veterinários, um designer e um cirurgião dentista, eles formam um grupo denominado de “The Animal Avengers“, que em português significa “Os vingadores dos animais”.

Depois de salvarem a tartaruga e de lhe darem um nome, o grupo idealizou o projeto para salvá-la. O designer Cícero Moraes foi o responsável pela idealização do desenho da carapaça.

Ele projetou no computador a concha de Freddy, de acordo com suas medidas, e a ideia era imprimir o objeto em uma impressora 3D.

O próximo passo foi enviar o projeto para o Dr. Paulo Mamoto, um cirurgião que tornou o sonho em realidade graças à impressora 3D que construiu o casco como um quebra-cabeça.

Quatro partes que unidas se encaixariam perfeitamente em Freddy.

Freddy é o primeiro animal do mundo a ser salvo por meio dessa nova tecnologia da impressão 3D.

A tartaruga agora pode se recuperar mais tranquila com sua nova prótese artificial imprimida especialmente para ela.

“Primeiro nos tornamos amigos por causa do nosso amor em comum pela ciência e pelos animais,” explica um dos veterinários, Dr. Roberto Fecchio, em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail.

“Mas logo percebemos que poderíamos fazer trabalhos extraordinários utilizando tecnologia de ponta, a fim de ultrapassar os limites dos cuidados vitais para os animais mutilados, utilizando próteses customizadas”, ele esclarece sobre a ideia do projeto.

Freddy, não apenas ganhou uma nova “casa”, como ela foi pintada à mão para ficar semelhante à sua antiga carapaça.

Além de Freddy, o grupo também já ajudou um tucano, uma gansa e um papagaio com a construção de próteses artificiais. Para conferir e ajudar o grupo desses verdadeiros heróis da natureza é possível conhecer mais sobre o trabalho deles na página oficial do The Animals Avengers.

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Esses brasileiros incríveis já ganharam destaque mundo afora, mas ainda precisam ser reconhecidos por seus trabalhos inspiradores em sua própria terra natal.

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