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Esse é o lugar onde, e porquê, o tempo passa mais rápido

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O alongamento do tempo previsto pela teoria da relatividade de Einstein é conhecido por acontecer em escalas cósmicas, como perto de um buraco negro ou o aceleramento de uma galáxia. Mas, agora, os pesquisadores têm medido os efeitos da relatividade em menor escala. Os físicos usaram relógios atômicos, extremamente precisos, para calcular como o tempo flui de maneira mais lenta quanto mais próximo uma pessoa está da Terra. Os pesquisadores descobriram que mesmo uma diferença de altura de aproximadamente 30 centímetros pode causar uma diferença mensurável na passagem do tempo.

Por exemplo, se um gêmeo passar 79 anos vivendo em uma altitude de 30 centímetros acima de seu irmão, o primeiro gêmeo seria 90 bilionésimos de segundo mais velho. Para essa pesquisa, os cientistas mediram o tempo com relógios super-sensíveis, cada um feito de único átomo de alumínio carregado, que vibra entre dois níveis de energia mais de um milhão de bilhões de vezes por segundo. Colocaram um relógio em uma elevação mais alta no laboratório do que o outro e, assim como Einstein predisse, concluíram que o pulso de disparo mais alto funcionou, ligeiramente, mais rápido do que o pulso de disparos mais baixo.

Para o líder do estudo, James Chin-Wen Chou, do National Institute of Standards and Technology, você precisa ter uma precisão muito alta para poder dizer a diferença que uma pequena mudança de altura vai fazer na taxa de seus relógios. Então, eu diria que, embora nossos relógios possam vê-lo claramente, as pessoas não vão sentir qualquer diferença.

Esse efeito, chamado dilatação do tempo, é uma consequência da teoria da relatividade geral de Einstein, que postula que a gravidade de um corpo maciço, como a Terra, deforma no espaço-tempo em torno dele, causando o aceleramento ou diminuição do fluxo de tempo, dependendo de sua distância da massa. (O tempo é teorizado para diminuir quanto mais perto chegar ao corpo maciço.)

Outra descoberta de Einstein –  a chamada relatividade especial – revelou que o tempo também parece fluir mais lentamente para uma pessoa que está parada na perspectiva de quem está se movendo. Os pesquisadores foram capazes de verificar isso, também, usando dois relógio atômicos idênticos, um em movimentos oscilatórios para frente e para trás no laboratório a uma taxa de vários metros por segundo. Esse relógio marcou um ritmo um pouco mais lento do que o segundo relógio, como previsto pela relatividade. Chou ressalta que temos que descartar o conceito de tempo absoluto.

Embora os cientistas não tenham muita dúvida de que as teorias iriam se sustentar nessas escalas, é importante mostrar que os relógios podem detectar pequenos efeitos relativistas. No final do século 19, as pessoas diziam que a física era bastante completa, até que as medições de precisão entraram em jogo e mostraram que algumas teorias estão fazendo previsões que não concordam com as medições e, então, percebemos que não entendemos a natureza – disse Chou à LiveScience.

Resumindo, quanto mais alto o lugar mais rápido o tempo passa. Em compensação, se um relógio estiver em movimento o tempo irá passar mais devagar do que o tempo de um relógio que está parado. Com isso, podemos concluir que o lugar onde o tempo passa mais rápido, na Terra, seria o pico do Monte Everest, considerado o lugar mais alto do mundo. Apesar de que há quem diga que não.

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