Mundo Animal

Esse estranho animal de duas cabeças foi encontrado e parece ser o primeiro da espécie

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Parente dos golfinhos, das baleias e dos botos, as toninhas (também chamadas de marsuínos) podem ser encontradas em praticamente todos os oceanos do mundo, distribuídas em seis espécies diferentes. No Brasil, é possível encontrar alguns dos animais nas águas que vão da costa do Espírito Santo até o extremo sul do país.

Agora, no entanto, não iremos falar da espécie comum em nosso literal, mas sim de uma que vive no hemisfério norte e pode ser encontrada nos mares que banham a Europa, mais especificamente a costa da Holanda.

Cientistas conseguiram encontrar o primeiro caso de toninhas siamesas nas águas do Mar do Norte, mar do Oceano Atlântico que fica entre as costas da Grã-Bretanha, da Noruega e da Holanda. A espécie encontrada foi capturada de forma acidental por um pescador da região.

A ocorrência do fenômeno é tão rara, que se trata do primeiro caso de toninhas siamesas descobertas na história das pesquisas de biologia marinha. Além disso, o achado não é raro somente dentro da espécie. Os animais que compartilham o mesmo corpo representam apenas o décimo achado em casos de cetáceos siameses encontrados ao redor de todo o mundo.

Ainda que os especialistas acreditam que mais casos acontecem de forma natural nos ambientes selvagens, encontrá-los é altamente improvável por conta da imensa vastidão dos oceanos em que os animais vivem. Por conta da raridade do fenômeno, os achados são extremamente valiosos para pesquisas. Infelizmente, o pescador que encontrou as toninhas, apenas registrou tudo em fotos antes de devolver os animais ao mar. Ele acreditou que seria ilegal pescar as criaturas e decidiu lançá-las de volta ao oceano.

Apesar disso, os pesquisadores ficaram gratos pelas fotos, que já podem ser suficientes para fornecer algumas informações importantes sobre o evento raro. Por meio das imagens eles conseguiram definir que os animais estavam claramente desenvolvidos, o que significam que eram recém-nascidos, e não fetos.

Outro detalhe percebido é que as cauda e barbatanas estavam frágeis, o que pode sugerir que os animais morreram logo após o nascimento, já que é nesse período que elas se tornam mais rígidas. É também pouco tempo depois do nascimento que os pelos encontrados nos focinhos das toninhas caem do corpo, mas como estavam ainda presentes, os pesquisadores conseguiram apontar a curta vida que os animais tiveram.

“A anatomia dos cetáceos é muito diferente dos mamíferos terrestres, com adaptações para viver no oceano com hábitos de mamíferos. Muito ainda é desconhecido”, explica Erwin Kompanje, um dos co-autores do estudo publicado no Journal Online do Museu de História Natural de Roterdã descrevendo as toninhas siamesas. “Adicionar qualquer novo caso para as nove espécies conhecidas pode acrescentar mais conhecimento sobre esse aspecto.”

Mesmo que o caso de gêmeos siameses seja incrivelmente incomum, até mesmo casos de gêmeos cetáceos normais são considerados raros. Enquanto acredita-se que existam mais de 700 mil toninhas, existe apenas um caso conhecido de gêmeos completamente desenvolvidos na espécie.

Acredita-se que entre todas as baleias e golfinhos, de forma geral, apenas 0,5% dos nascimentos naturais produza gêmeos. Isso pode se dever ao fato de que o útero das fêmeas das espécies simplesmente não é grande o suficiente para conseguir acomodar mais de um filhote e, mesmo que eles consigam se desenvolver, as mães não conseguem produzir leite suficiente para sustentar mais de um deles.

O caso fica marcado na história como apenas o décimo exemplo de cetáceos siameses ao redor do mundo e somente o quarto conhecido de criaturas com duas cabeças dentro do grupo.

Apesar dos animais terem sido devolvidos ao mar, a descoberta já é capaz de oferecer novas informações à ciência e promover avanços na compreensão das criaturas que vivem nesse território ainda tão inexplorado pelo conhecimento humano.

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