Inovação

Este inseto pode ter a solução para uma tecnologia dos carros sem motoristas

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Imagine que você está brincando de jogar uma bola para outra pessoa. A pessoa que deseja pegar o objeto precisa calcular em milésimos de segundo a velocidade, a trajetória da bola e onde ela estará no futuro para que possa ser recuperada em pleno ar antes que toque o solo. Os animais também possuem essa habilidade, por exemplo, quando uma libélula precisa perseguir sua presa que está em movimento no ar: ela precisa saber a direção que o inseto tomará antes que ele chegue lá. Só assim a libélula pode capturá-lo no instante exato.

Essa capacidade dos animais, mas principalmente das libélulas, chamou a atenção dos pesquisadores da Universidade de Adelaide, no sul da Austrália, assim como da Universidade de Lund, na Suécia.

Os estudiosos associaram a ideia do inseto que prevê o alvo, com a dificuldade de um carro autônomo que deve prever a direção de obstáculos a sua frente.

Ou seja, entender profundamente a área responsável nesse inseto para detectar o tráfico de presas no ar, desviar das que não interessam, e escolher exatamente a presa que ele deseja, pode ser o caminho para aprimorar a tecnologia dos carros sem motoristas.

Os pesquisadores suecos e australianos resolveram unir as forças intelectuais em apenas um estudo.

No artigo científico publicado pela eLife, eles explicam que esse neurônio responsável por calcular e prever movimentos futuros se chama “Small Target Motion Detectors” (STMD), que em uma tradução literal significa “Detector de Pequenos Alvos em Movimento”.

Nos insetos, esse sistema é responsável por aumentar a resposta de ação fazendo com que ele reduza a área ao redor da presa que está sendo perseguida. Assim, sua caçada tende a ser mais bem sucedida.

Isso porque se o objeto desaparecer ou se a presa passar por exemplo atrás de um arbusto frondoso de uma árvore, esse neurônio é o responsável pela capacidade de prever onde o objeto irá reaparecer.

Carros auto-dirigíveis funcionam como uma espécie de computador móvel.

Eles devem ser capazes de interpretar dados que recebem dos radares e sensores de movimento, a fim de detectar o trânsito, ser capaz de determinar individualmente um trajeto, assim como a velocidade cambiável e outros imprevistos de percurso.

O motorista no caso, seria nada mais que um passageiro que poderia relaxar até que seu carro o deixasse em segurança no local desejado.

A intenção das montadoras e empresas de automóveis é que esse veículo de locomoção seja 100% seguro, reduzindo assim, consideravelmente os acidentes de trânsito.

Acontece que há ainda há falhas nos sistemas que envolvem os carros autônomos. Foi o que aconteceu com o carro sem motorista utilizado pelo Google, que se envolveu em um acidente nos Estados Unidos, acertando a lateral de um ônibus.

A empresa se protegeu dizendo que a culpa foi do motorista distraído, mas o registro do acidente esclarece que a causa real foi a de que o “computador” não conseguiu julgar corretamente o que ônibus faria logo em seguida, ou seja, não conseguiu prever o movimento, segundo relata a matéria publicada pelo G1.

Felizmente nesse caso, ninguém se machucou.

Essa é a importância inovadora que o estudo dos pesquisadores traz para a futura eficiência dos carros autônomos.

Primeiro, os estudiosos estão replicando as propriedades encontradas no neurônio STMD para um robô pequeno. Se o resultado for positivo, e é isso que eles esperam, a tecnologia pode ser desenvolvida para transferir a inteligência para um carro auto-dirigível e até outros robôs que dependem desse nível de sistema visual.

Steven Wiederman, um dos pesquisadores responsáveis pela iniciativa científica esclarece que ainda há muito estudo para ser desenvolvido, mas que este é um começo promissor.

“Uma coisa é o sistema artificial ser capaz de ver alvos em movimento, mas rastrear o movimento para que ele se desloque do caminho das coisas é um aspecto realmente importante para os veículos auto-dirigíveis”, explica Steven para o site da Spring Wise.

Os pesquisadores acreditam que essa é a primeira vez que um modelo de perseguição-de-alvo tenha sido inspirado pelo sistema neurofisiológico de um inseto, ainda mais agora que eles conseguiram testar essa capacidade do animal em um robô sob as condições do mundo real.

E você, o que pensa sobre essa inovação da ciência aliada à tecnologia? Você confiaria plenamente em um veículo autônomo? Como será o futuro dos meios transportes?

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