História

Filmagens secretas de testes nucleares na Guerra Fria finalmente são revelados

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“Operação Bule” era o nome enganosamente inocente para os 14 testes nucleares que os EUA realizaram secretamente em 1955. Assim que a Guerra Fria progrediu, um total de 928 bombas nucleares foram testadas em uma base de Nevada entre 1951 e 1992. O vídeo que você vai ver abaixo mostra quatro explosões inéditas absolutamente aterrorizante que aconteceram nesse período.

O vídeo hospedado pelo canal Atom Central mostra imagens nunca antes vistas, que estão em boa qualidade apesar dos 60 anos de idade. O distância do deserto pode ser enganadora. Esses vídeos foram filmados cerca de 13 km de distância. Ele mostra o deserto estéril se enchendo de luz e energia de repente, em uma exposição que mostra simultaneamente o poder obscuro da descoberta científica mais terrível da humanidade.

De 1986 a 1994, o deserto de Nevada era um local alvo de protesto por ativistas de desarmamento nuclear. Mais de 37.000 pessoas participaram das manifestações e 15.740 foram presos, incluindo o famoso cientista Carl Sagan que escalou uma cerca de arame para protestar durante a Operação Charioteer em 1987. Confira o vídeo dos testes secretos feitos durante a Guerra Fria:

Armas nucleares

A US nuclear test over Bikini Atoll in 1954

As armas nucleares foram usadas duas vezes em guerras: ambas as vezes pelos Estados Unidos contra o Japão perto do fim da II Guerra Mundial. Em 6 de agosto de 1945, a Aeronáutica do Exército dos Estados Unidos detonou uma bomba de urânio sobre a cidade japonesa de Hiroshima e três dias depois, em 9 de agosto, o exército dos Estados Unidos detonou uma bomba de plutônio sobre a cidade japonesa de Nagasaki.

Os atentados resultaram na morte de cerca de 200.000 civis e militares. Após essas ocasiões, as armas nucleares foram detonadas em mais de duas mil ocasiões para fins de teste e demonstração. Somente algumas nações possuem tais armas ou são suspeitas de terem esse tipo de armamento. Os únicos países que se sabe a existência de armas nucleares são: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, República Popular da China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Acredita-se que Israel também tenha esse tipo de arma, apesar de o governo negar.

A Federação de Cientistas Americanos estima que haja mais de 17.000 ogivas nucleares em todo o mundo com cerca de 4.300 delas consideradas “operacionais” (prontas para uso imediato). Devido ao imenso poder militar que esse tipo de arma pode conferir, o controle político das armas nucleares tem sido uma questão chave durante toda a existência dessa tecnologia. Na maioria dos países, o uso da força nuclear só pode ser autorizado pelo chefe de governo ou chefe de Estado.

Política nuclear

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No final de 1940, a falta de confiança mútua estava impedindo os Estados Unidos e a União Soviética de fecharem acordos internacionais de controle de armas. O Manisfesto de Russell-Einstein foi publicado em Londres em 9 de Julho de 1955 por Bertrand Russell, no meio da Guerra Fria. Ele destacou os perigos colocados pelas armas nucleares e pediu aos líderes mundiais para buscar resoluções pacíficas para conflitos internacionais.

Na década de 60, começaram a ser tomadas medidas para limitar a proliferação de armas nucleares para outros países e os efeitos ambientais dos testes nucleares. O Tratado de Proibição de Testes parciais (1963) restringiu todos os testes nucleares para testes nucleares subterrâneos, para evitar a contaminação de radiação nuclear, enquanto que o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (1968) tentou colocar restrições sobre os tipos de atividades relacionadas a armas nucleares.

Em 1957, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi criada sob o mandato das Nações Unidas para incentivar o desenvolvimento de aplicações pacíficas para a tecnologia nuclear, fornecer salvaguardas internacionais contra seu uso indevido, e facilitando a aplicação de medidas de segurança na sua utilização. Em 1996, muitas nações assinaram o Tratado de Proibição Total de Testes, que proíbe todos os testes de armas nucleares. A proibição de testes impõe um obstáculo significativo para o desenvolvimento de armas nucleares por qualquer país.

Tratados e acordos adicionais têm governado os estoques de armas nucleares dos países com os dois maiores arsenais, os Estados Unidos e a Rússia.

Fonte: IFL Science

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