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Soluços são um dos maiores mistérios do corpo humano. A ciência sabe explicar como eles acontecem, mas não possuem muitos indícios de porque eles acontecem. Geralmente eles podem acontecer depois de você comer muito, ingerir grandes quantidades de ar ou beber muitos líquidos com gases. Nos desenhos e nos filmes, também é comum ver pessoas soluçando depois de beber muito álcool. Mas por que nós soluçamos?
Apesar do motivo ainda ser um mistério, vamos tentar explicar o que realmente acontece no seu corpo quando você sofre com crises de soluços, resumindo algumas teorias que visam esclarecer esse fenômeno estranho, e aparentemente inútil.
Além de bebidas como cervejas e refrigerantes ou muita comida, existem algumas condições bem sérias que podem provocar soluços, como tuberculose, fraturas no crânio, infarto do miocárdio, epilepsia, meningite, diabetes, obstrução intestinal e colite ulcerosa.
O que acontece?
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Quando você soluça, seu diafragma (o músculo responsável por mover os pulmões para você conseguir inspirar e expirar o ar) e músculos nos arredores são agitados. Isso faz com que você acabe engolindo uma pequena quantidade de ar rapidamente. O processo dura apenas 30 milissegundos e produz um som característica a partir do fechado da glote.
É comum que os soluços aconteçam em pequenas frequências, sem que haja uma grande crise. Se eles param depois que você soluça cerca de sete vezes, você tem sorte, porque não irão voltar. Porém, se duram mais que isso, existe uma grande chance de que você está passando por uma crise duradoura. Em média, uma pessoa soluça cerca de 65 vezes, enquanto o recorde mundial do Guinness Book é de 68 anos de duração.
Por que soluçamos?
A resposta simples é: não existe uma resposta definitiva. Apesar disso, os cientistas possuem uma ideia do que acontece. Diferente de engasgar ou espirrar, por exemplo, soluçar não tem nenhuma função conhecida no corpo humano. Até recentemente a ciência acredita que os soluços eram um vestígio de reflexos primitivos ou algum tipo de comportamento perdido ao longo da evolução. Novas pesquisas, no entanto, sugerem que os soluços podem ser vestígios da respiração de anfíbios em nosso corpo.
Vários anfíbios, como os sapos, engolem ar e água por meio de um reflexo motor bem semelhante aos soluços dos mamíferos. Para sustentar essa teoria, os cientistas observaram que os caminhos motores que permitem o soluço se formam no início do desenvolvimento do feto, antes daqueles que permitem a ventilação normal dos pulmões.
Isso significa que os soluços seriam um precursor evolucionário à nossa respiração. Além disso, poderia explicar porque bebês prematuros passam boa parte do tempo soluçando, já que não estão com a respiração pulmonar em desenvolvimento.
Como curamos soluços?
A maioria das soluções caseiras foca em tentar interromper o ciclo de soluços, impedindo a respiração, respirando num saco de papel, bebendo água ao contrário, puxando a língua, tomando um susto, etc. Apesar de muita gente defender que as estratégias funcionam, nenhuma passa de lenda sem comprovação científica, ainda que acabem funcionado. Beber água, por exemplo, pode ajudar eliminar alguma coisa que estava pressionando um nervo que provoca os soluços.
Existem alguns medicamentos que podem tratar soluços, mas para que eles funcionam é importante saber qual a causa deles, antes de tudo. Para a maioria das pessoas, o tempo acaba sendo a solução para o fim de todos os soluços.
Gostou de nossas explicações? Tá certo que nem mesmo a ciência consegue compreender muito, mas as teorias estão levando a compreensão para um bom caminho. Você sofre muito com soluços? Já teve problemas com essa condição? Conte para a gente!
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