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Medicamento para diabetes tipo 2 pode estar retardando o começo do Parkinson

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Infelizmente, estamos expostos a diversos tipos de doenças no decorrer da vida. O corpo humano é muito frágil diante de vários males que podem agir de dentro para fora ou o contrário. Por conta disso, cientistas do mundo inteiro dedicam suas vidas em busca de soluções.

A doença de Parkinson é um desses males que pode nos atingir. Ela é caracterizada pela lenta deterioração do cérebro devido ao acúmulo de alfa-sinucleína. Essa é uma proteína que danifica os neurônios. Isso leva a movimentos lentos e bastante rígidos que muitas pessoas já associam à doença.

Segundo uma nova pesquisa, uma medicação que é usada no tratamento de diabetes pode diminuir o risco de desenvolver doença de Parkinson. Essa descoberta abre um leque de potenciais opções para o tratamento e gerenciamento do distúrbio cerebral degenerativo.

Parkinson

Os cientistas observaram os registros de 100.288 pacientes como diabetes tipo 2 e descobriram que, por mais que eles tivessem um risco maior do que o normal de desenvolverem o mal de Parkinson os medicamentos comumente prescritos para sua diabetes diminuía esse risco.

Os pacientes que estavam tomando dois medicamentos específicos para diabetes, os agonistas do receptor de GLP-1 e inibidores de DPP4, tinham uma probabilidade menor de serem diagnosticados com Parkinson do que os pacientes que recebiam outros tipos de tratamento.

“Nosso estudo reforçou as evidências de que há uma ligação entre o diabetes tipo 2 e a doença de Parkinson, embora esteja claro que a maioria das pessoas com diabetes não desenvolverá Parkinson”, disse o neurocientista Tom Foltynie, da University College London, no Reino Unido.

Estudo

Essa pesquisa segue um estudo feito em 2018. E o que os cientistas estão interessados em explorar particularmente é o potencial do medicamento exenatida, que é um agonista do receptor do GLP-1. Alguns estudos pequenos sugeriram que ele pode limitar alguns efeitos degenerativos do Parkinson.

E nesse novo estudo, os registros dos pacientes foram coletados durante quase três anos. Tendo  329, dos 100.288 pacientes, desenvolvendo Parkinson nesse período de tempo.

O número não é enorme. Mas é suficiente para mostrar uma fração menor de pessoas que tomaram os inibidores de DPP4 e agonistas do receptor de GLP-1 e desenvolveram a doença do que os que usaram um terceiro medicamento antidiabético ou então os que não usaram nenhum medicamento.

“Pode ser útil para os médicos considerar outros fatores de risco para a doença de Parkinson ao prescrever medicamentos para diabetes tipo 2. Mas mais pesquisas serão necessárias para confirmar as implicações clínicas”, disse o farmacoepidemiologista Li Wei, da University College London.

Os agonistas do receptor de GLP-1 são projetados para se ligar e ativar proteínas receptoras que são encontradas no pâncreas e nas células neuronais que estimulam a secreção de insulina. Isso diminui os níveis de glicose no sangue. E de acordo com estudos feitos em animais, isso pode desencadear alguma foram de proteção dos neurônios contra danos. E a nova pesquisa confirma isso.

Possibilidades

Todas essas descobertas são muito promissoras, mas ainda existe um caminho longo a ser percorrido. E a equipe que está fazendo esse novo estudo está prestes a recrutar voluntários para um ensaio clínico de fase 3. Ele examinará mais de perto os potenciais efeitos que a exenatida tem nos distúrbios cerebrais.

“Acrescentamos evidências de que a exenatida pode ajudar a prevenir ou tratar a doença de Parkinson, esperançosamente por afetar o curso da doença e não apenas reduzir os sintomas, mas precisamos progredir em nosso estudo clínico antes de fazer qualquer recomendação”, disse Foltynie.

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