Ciência e Tecnologia

NASA anuncia descoberta de novo sistema solar habitável com sete planetas

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Existe um sistema solar com sete planetas do tamanho aproximado da Terra a cerca de 40 anos luz (ou 378 trilhões de quilômetros) daqui. Cientistas descobriram que os planetas orbitam a estrela TRAPPIST-1 e anunciaram a informação na publicação Nature, nesta quarta-feira.

Esta foi a primeira vez em que planetas similares à Terra em tamanho foram encontrados orbitando uma mesma estrela.

“Nós podemos esperar que dentro de alguns anos nós irems saber mais sobre esses planetas”, explicou Amaury Triad, co-autor do estudo. Segundo ele, se existir vida dentro de algum dos planetas descobertos, é possível que ela seja detectada dentro de até dez anos.

Sistema solar especial

Apesar de conter planetas do tamanho da Terra, o sistema tem um comportamento mais próximo de Júpiter e suas luas do que de nosso Sistema Solar. Assim como no caso do planeta gigante, os que orbitam TRAPPIST-1 possuem uma interação conjunta, o que quer dizer que cada uma de suas órbitas é afetada pelas dos outros.

Além disso, foi percebido que os planetas orbitam sua estrela principal a uma distância muito mais próximo do que em nosso sistema. Caso TRAPPIST-1 fosse colocada no lugar do nosso Sol, por exemplo, todos os sete planetas descobertos estariam dentro da órbita de Mercúrio, o primeiro planeta de nosso sistema.

A NASA também explicou que acredita que os planetas possam possuir uma órbita de bloqueio com a estrela principal. Isso quer dizer que todos eles podem girar ao redor TRAPPIST-1 como a nossa Lua faz, sempre com a mesma face virada para o Sol.

Antigos conhecidos

Como o sistema estelar é tão similar à Terra em termos cósmicos, é natural que equipes de cientistas tentem entender mais de cada um dos mundos. Tanto é natural, que a nova descoberta já é resultado dessa tentativa de ir além. O mesmo tipo que fez o anúncio, já havia descoberto três desses planetas ao redor da TRAPPIST-1, conforme anunciado em maio de 2016.

Desde então, pesquisadores fizeram várias novas observações do sistema, tentando definir melhor as características dos planetas. Graças à investigação, foi possível encontrar outros quatro novos planetas orbitando a mesma estrela, com ajuda do telescópio Spitzer, da NASA.

Vida fora da Terra

Conforme dados coletados, todos os planetas estão a uma distância de sua estrela principal que poderia permitir a existência de água na forma líquida, o que está diretamente ligado à possibilidade de vida como conhecemos atualmente. Quatros dos sete planetas podem ser considerados incluídos dentro de “zonas habitáveis” do sistema, o que significa que eles poderiam ser opções para a ciência, caso a humanidade venha a se desenvolver fora do sistema solar.

Apesar disso, nada é realmente certo, por enquanto. Ainda que a ciência consiga determinar zonas habitáveis para algumas estrelas, fazer isso para uma estrela anã, como é o caso de TRAPPIST-1, não é tão simples assim. Como ela é muito menor e menos brilhante do que o nosso Sol, os limites da zona habitável podem não ser tão claros.

Segundo as primeiras observações, ainda não é claro se é possível que a vida exista em algum desses mundos. Dito isso, as estrelas desse tipo vivem por muito tempo, possibilidade que a evolução de vida dentro de um planeta seja possível. Acredita-se que TRAPPIST-1 tenha ao menos 500 milhões de anos.

Será que é dessa vez que a NASA vai achar um novo caminho para a humanidade se instalar fora do Sistema Solar?

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