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O caso real da única pessoa a ser atingida por um meteorito na história

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A ciência garante que ser atingido por um meteorito, caído diretamente do céu, é algo praticamente impossível. As chances disso acontecer seriam as mesmas de uma pessoa ser atingida por um tornado, um raio e um furacão ao mesmo tempo. Mas, contrariando todas as expectativas e estatísticas, em 1954, em meio à Guerra Fria, a americana Ann Hodges entrou para a história por ser a única pessoa, de todos os tempos, a ser atingida por um meteorito.

De acordo com os registros do caso, ela estava cochilando em seu sofá,na pequena cidade cidade de Sylacauga, no Alabama; em uma tarde ensolarada, quando acordou com o barulho de alguma coisa destruindo o telhado. Ann ainda conseguiu ver o objeto negro e arredondado, do tamanho de uma bola de baisebol, quicar em um rádio e a acertar em cheio, na região da cintura. Além dos estragos no lugar, a mulher ainda ficou com um hematoma enorme na lateral do corpo, como você vê na foto.

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Na época, muita coisa se especulou sobre o incidente e houve até quem achasse que se tratava de um ataque aéreo, devido ao período de tensões políticas entre os Estados Unidos e a União Soviética. Para acalmar a situação, no entanto, o xerife recolheu a rocha misteriosa e a enviou à Força Aérea, para análises. Mais tarde, como algumas pessoas já especulavam, ficou comprovado que toda a bagunça havia sido causada por um meteorito.

Ann e Eugene Hodges, seu marido, ficaram então famosos e ganharam os noticiários por um bom tempo. Afinal, a mulher era (e ainda é) a única pessoa em toda a história do mundo que se tem registro de ser golpeada por uma pedra cadente do espaço. Aliás, esse fato e todos os holofotes sobre a americana, fizeram com que Ann quisesse guardar a rocha consigo, já que sentia como se o meteorito fosse seu.

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A vontade de Ann, então foi respeitada e, por dois anos ela ficou com o meteorito em casa. A americana achava que poderia fazer algum dinheiro com a rocha e chegou até a pagar 500 dólares (valor alto para a época) à proprietária da casa onde morava, já que a mulher se achou no direito de reivindicar a pedra na justiça, uma vez que ela havia caído em sua propriedade. No entanto, o casal Hodge parece ter se cansado do meteorito e assim depois de dois anos acabaram doando o material para o Museu de História Natural do Alabama.

Mas, depois de toda a história e da relevância que Ann vivenciou durante alguns meses, as coisas mudaram para ela. Isso porque a senhora Hodges passou a sofrer colapsos nervosos e chegou a se separar do marido, em 1964, 10 anos depois do meteorito a ter atingido. Ninguém sabe se a rocha teve alguma coisa a ver com esses acontecimentos, mas Ann desenvolveu falência renal e morreu, em 1972, com apenas 52 anos.

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