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O que acontece depois da morte? Esse cara voltou de lá e vai te contar

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Um neurocirurgião de Harvard descreveu o que ele afirma ter sido uma “experiência de quase-morte” (EQM) em seu último livro – e há céticos sobre o que ele relatou. A viagem rápida de Eben Alexander para o além começou com uma dor de cabeça.

Era novembro de 2008 e uma meningite bacteriana rara rapidamente atacou o organismo de Eben. A doença ‘desligou’ o neocórtex do neurocirurgião da Universidade de Virginia – a parte do cérebro que lida com a percepção sensorial e pensamento consciente.

“Durante sete dias, eu estava em um coma profundo”, lembrou. Mas, ao mesmo tempo, Alexander viajou para “outro local, uma dimensão maior no universo, uma dimensão que nunca tinha sonhado que existia.”, afirmou o médico em entrevista ao Discovery News.

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Lá, ele supostamente encontrou “nuvens grandes, inchadas, rosadas e brancas” em um “profundo céu de cor preto-azulado” e “grupos de seres transparentes e brilhantes”. Ele destacou que as coisas que ele viu eram “simplesmente diferentes de qualquer coisa que conheceu neste planeta.”

Acontece que Alexander não estava sozinho.

Seu parceiro de viagem em vida após a morte era uma mulher jovem, com maçãs do rosto salientes, olhos azuis profundos e “tranças de cor dourada” que, em meio a “milhões” de borboletas, falou com ele “sem o uso de palavras.”

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Alexander reconta sua história, e procura explicar tudo em “Uma Prova do Céu: A Jornada De Um Neurocirurgião À Vida Após A Morte”, livro publicado nos Estados Unidos em 23 de outubro de 2012. Inevitavelmente, os céticos se perguntam se Alexander, que leciona na Harvard Medical School, vai conseguir convencer as pessoas do evento paranormal.

“Parece que ele não teve nada mais do que um intenso sonho lúcido”, escreveu um leitor no site da Newsweek. “A anedota pessoal não é evidência ou prova do ocorrido,”, acrescentou outro.

O sarcástico blogueiro de Nova York, Gawker, desafiou os seus leitores a detectar a diferença, se houver, entre o retrato do paraíso de Alexander com relatos de pessoas que tiveram ‘viagens’ com LSD.

Mas, outros permaneceram firmes com a teoria de Alexander, que já havia falado de sua experiência de quase-morte em programas de TV e em uma longa entrevista para um site de ciência e espiritualidade chamado Skeptico.

Experiências de Quase-Morte

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Experiências de quase-morte tem sido objeto de muita atenção ultimamente. O filme de 2014 “O céu é de verdade”, sobre um jovem rapaz que disse a seus pais que ele tinha visitado o céu, enquanto ele estava tendo uma cirurgia de emergência, arrecadou respeitáveis US$ 91 milhões nos Estados Unidos. O filme foi baseado em um livro publicado em 2010 que vendeu cerca de 10 milhões de cópias.

Suas histórias são semelhantes as contada em dezenas, se não, centenas de livros e em milhares de entrevistas nas últimas décadas. Embora os detalhes e descrições variem de cultura para cultura, o teor geral da experiência é notavelmente similar. Experiências de quase morte ocidentais são as mais estudadas.

Muitas dessas histórias se relacionam a sensação de flutuar e ver o que acontece em torno do corpo inconsciente. Também é descrito relatos de viagens a belos reinosde outro mundo; reunião com seres espirituais e uma presença amorosa que alguns chamam de Deus.

Muitas EQMs relatam que sua experiência não foi como um sonho ou uma alucinação, mas era, “mais real do que a vida real.” As pessoas que tem esse tipo de experiência ficam profundamente alteradas depois, e tendem a ter problemas em se encaixar de volta nas suas vidas cotidianas.

Ao longo do tempo, a literatura científica que tenta explicar as EQMs como resultado de alterações físicas no cérebro estressado. As causas postuladas incluem uma escassez de oxigênio, a anestesia mal aplicada e as respostas neuroquímicas do organismo ao trauma. As condições médicas em que as EQMs acontecem são muito variadas para explicar um fenômeno que parece tão generalizada e consistente.

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