HistóriaTerror e Sobrenatural

Por anos, essa mulher manteve um sombrio segredo em seu porão

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De vez em quando, um estranho caso de homicídio chama a atenção por conta da trama elaborada que mais parece saída de um filme de Hollywood. Podemos dizer que a história de Walbruga “Dolly” Oesterreich se encaixa nesse conceito, mesmo sendo 100% real.

Em abril de 1930, a história da mulher começou a ser publicada pelo Los Angeles Times. O episódio envolve elementos bizarros, como um escravo seuxal, um fantasma no porão e um incomum homicídio.

Walburga “Dolly” Oesterreich era uma pobre imigrante alemã que vivera maior parte da juventude na fazenda, mas tudo mudou depois que ela se casou com o empresário de sucesso Fred Oesterreich, na década de 10. o homem fez a maior parte de sua fortuna com uma fábrica de roupas para mulheres.

Apesar do casal levar uma vida aparentemente normal, na intimidade vivia com muitos problemas. Fred Oesterreich bebia muito, o que provocava muita brigas entre o casal.

Por conta dos problemas, Dolly Oesterreich começou a se revoltar com o marido e acabou buscando um amante para satisfazer suas necessidades físicas e emocionais.

Seu alvo foi um jovem de 17 anos que trabalhava na fábrica de Fred, Otto Sanhuber.

O relacionamento começou quando Dolly Oesterreich ligou para o escritório de seu marido reclamando que estava com um problema em uma de suas máquinas de costura. Quando o funcionário chegou até sua casa para fazer o reparo, foi recebido por uma mulher vestindo uma lingerie sexual.

Desde então, Sanhuber se tornou escravo sexual de Dolly.

Os dois seguiram o relacionamento por muito tempo durante o dia, com encontros em motéis ou mesmo na residência de Dolly Oesterreich. Quando os vizinhos começaram a suspeitar do comportamento da mulher, comentários começaram a chegar nos ouvidos de Fred e o casal precisou buscar uma solução.

Dolly propôs que Sanhuber abandonasse o emprego e passasse a viver no porão de sua casa. Como Fred nunca ia ao cômodo, eles poderiam continuar se encontrando em segredo. Porém, a decisão tinha uma condição: Sanhuber tinha que abandonar todo o contato com outras pessoas na nova vida.

O amante aceitou a condição, mas enquanto o relacionamento avançava, Fred começou a questionar a própria sanidade ao ouvir barulhos inexplicáveis vindo do porão, cigarros sumindo pela casa ou sombras pela casa durante a noite. Ele decidiu mudar para Los Angeles para escapar do fantasma que o incomodava.

Dolly concordou com a proposta, mas teve uma condição para aceitar a mudança: ela mudaria para a nova casa se tivesse um ótimo porão. Apesar da dificuldade de encontrar a residência perfeita, o casal se mudou para Los Angeles.

Enquanto isso, Dolly Oesterreich deu um jeito de Sanhuber entrar na nova casa antes mesmo dela chegar com o marido.

Na nova cidade, o casamento de Dolly e Fred ficou ainda pior quando ele passou a beber ainda mais e se tornar violento. Na noite de 22 de agosto de 1922, uma briga se tornou tão brutal que Sanhuber temeu pela vida da amada e saiu do porão, encontrando uma arma na residência e disparando três tiros na direção de Fred, que morreu na hora.

Dolly e o amante alteraram a cena do crime para que parecesse que a residência tivesse sido invadida. A mulher pediu para que Sanhuber a trancasse no armário e escondesse um relógio, que ela diria que foi roubado. A polícia não teve motivos para duvidar da história e os dois ficaram impunes.

Algum tempo depois, Dolly desenvolveu um novo caso amoroso, agora com seu advogado Herman Shapiro. Durante a relação, ela cometeu erros cruciais que mostraram o seu envolvimento com o crime, como aparecer com o relógio que supostamente fora roubado. Dolly acabou presa.

Presa, ela pediu que Shapiro fosse até o porão para dar comida para o “meio irmão vagbundo”, segundo Dolly. Na ocasião, ele conheceu o escravo sexual, que não tinha visto ninguém além da mulher nos últimos 10 anos. Shapiro expulsou o homem do porão imediatamente e o homem fugiu para o Canadá, assustado.

Dolly acabou sendo absolvida e encontrou um novo amante fora da prisão. O novo relacionamento durou por 30 anos, até que ela morreu como uma mulher livre, em 1961.

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