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Por que alguns personagens bíblicos viveram mais de 100 anos?

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Nos dias de hoje, avanços na ciência, nos tratamentos de saúde e em outros campos têm ajudado as pessoas a viver mais. Mesmo assim, poucas pessoas chegam aos cem anos de idade – os que conseguem viver muito, até viram notícia, como foi o caso de Jeanne Calment. A senhorinha francesa morreu em 1997 aos 122 anos de idade. Já pensou? Imagine chegar aos 60 e ainda não estar na metade da vida. É uma realidade que pode estar cada vez mais próxima. Só uma questão de tempo.

Matusalem

Mas e quanto a Bíblia? Ela relata que nos tempos antigos as pessoas viviam muito mais – alguns quase chegaram aos mil anos. Será que é possível? As pessoas nos tempos bíblicos viviam tanto tempo assim? Por que foram relatados desta maneira?

Bom, o livro bíblico do Gênesis fala de sete homens que superaram os 900 anos. Todos eles nasceram antes do Dilúvio, nos dias de Noé. Eles foram: Adão, Sete, Enos, Quenã, Jarede, Metusalém e Noé (Gênesis 5:5-27, 9:29). São nomes pouco conhecidos, mas, de acordo com a Bíblia, eles estavam presentes entre as primeiras dez gerações da história da humanidade. Dentre eles, Metusalém é o recordista: 969 anos! A Bíblia ainda cita pelo menos outras 25 pessoas que viveram mais que o comum. A maioria passou de 100; outros viveram 300, 400 e até 700.

O tempo era contado de forma diferente?

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É bastante comum ouvir por aí que a razão pela qual os homens que nasceram antes do dilúvio ter vivido antes é o fato de que, naquele tempo, o tempo era contado de forma diferente. Alguns defendem que o que eles chamavam de “ano” na verdade era apenas um mês. Esta ideia, no entanto, é refutada pelo próprio livro do Gênesis.

O relato do Dilúvio diz que as chuvas começaram quando Noé tinha 600 anos de idade, “no segundo mês, no dia dezessete”. Em seguida é dito que as águas cobriram a Terra por 150 dias e que “no sétimo mês, no dia dezessete do mês, a arca veio a pousar nos montes de Ararate” (Gênesis 7:11, 24, 8:4). Concluí-se que o relato mostra um período de cinco meses – do décimo sétimo dia do segundo mês até o décimo sétimo do sétimo mês (150 dias). Neste caso, fica claro que a afirmação de que um ano representaria, na verdade, um mês não tem muito sentido. A contradição seria absurda neste caso.

Então qual é o motivo?

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Não, não eram as condições climáticas e a alimentação muito mais saudável de um mundo que ainda não conhecia a poluição. Na verdade, as explicações são variadas, mas a mais aceitável é a de que, claro, ninguém viveu mais de 100 anos – pelo contrário. Na época da bíblia era mais comum as pessoas morrerem por volta dos 50 anos.

Trata-se, na verdade, de um elemento simbólico. A Bíblia sublinha que a longevidade é um dom de Deus, que ele dá a quem vive de acordo com a sua vontade (Jó 36,11; Provérbios 3,2; 16,1). A vida longa está, portanto, ligada com a obediência dos mandamentos. E é por isso que quem obedece a Deus, de acordo com o texto sagrado, conserva suas energias físicas (Deuteronômio 34,7; Josué 14,10; Salmos 92,15). Quem desobedece, por outro lado, é punido antes que se alcance a velhice.

Desta forma, a narração bíblica tem simplesmente como objetivo mostrar que, quando mais próximas as pessoas estão de Deus, mais (e melhor) elas viverão. E é por isto que eles foram relatados como seres quase imortais.

Fonte: aBíblia

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