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Por que israelenses e palestinos vivem em guerra? O que aconteceu realmente naquela região?

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Israel e Palestina travam um complexo conflito desde o fim do século 19, que tem sido frequentemente noticiado pelos jornais. A disputa entre os dois povos já deixou milhares de mortos nas últimas décadas, se não por conta das guerras, motivadas pelas consequências delas. Consequências essas que envolvem qualidade de vida quase que miserável dos refugiados que habitam a faixa de Gaza, por exemplo. E outros fatores como, ataques terroristas e fome.

Embora as notícias sobre conflitos e ataques sejam frequentes, poucos sabem o real motivo que levou esses povos a se odiarem tanto assim. Obviamente, o principal fator que rege os conflitos são a intolerância, de Israel, e (em alguns quesitos) da Palestina, que tem travado uma interminável guerra por conta de território. Território esse que foi tomado de maneira trágica e traumática.

Entenda

Tudo começou no século 3 d.C, quando os judeus foram expulsos da “Terra Santa”, em Jerusalém. Com o tempo, a tensão continuo se condensando. E tudo se agravou ainda mais com o surgimento do sionismo, o movimento pregava que os judeus tinham direito de exercer a prática de sua religião e que apesar de toda perseguição que sofreram não deviam desistir de possuir o que a Bíblia chama de “Terra de Israel”. Ou seja, com um Estado próprio, os judeus ganhariam força e poderiam “revolucionar”. Foi aí que em 1897, foi feito o primeiro encontro sionista que determinava que os judeus marchariam para a região da Palestina em busca de ocupar a “Terra Santa”, em Jerusalém, pois era direito deles.

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Obviamente, os palestinos não gostaram nada, nada na ideia e passaram a resistir a iniciativa. Contudo, com o fim do Império Otomano, a Palestina passou a ser administrada pela Inglaterra, que era a favor da migração dos judeus para Jerusalém, pois considerava o local como o berço do povo judeu e queria criar um “lar amigável” entre os dois povos.

Antissemitismo

A ideologia que já era pregada desde os primórdios da história afirmava que os judeus eram uma “raça inferior” e atingiu muita força durante a Segunda Guerra Mundial, por conta dos ideais nazistas pregados por Hitler.

A questão é muito antiga e enraizada na cultura européia. Na Idade Média, muitos judeus foram mortos, alguns por serem nômades e suspeitos de transmitir doenças, como por exemplo, a peste negra, outros por conta do preconceito que sofriam já naquela época por causa de sua religião.

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Depois da primeira guerra mundial, onde a Alemanha saiu aniquilada, o único povo que continuava exercendo uma forte influência no sistema econômico alemão eram os judeus. O momento era marcado por fome e desemprego. Hitler, então, que já considerava a religião judaica irrelevante, começou a atribuir através do nazismo vários estereótipos negativos aos judeus e ao que definiam como “comportamento judaico”. Tais idéias eram embasadas na crença de uma suposta herança biológicamente predeterminada que havia levado à criação da “raça judaica”. Logo, toda culpa das desgraças do povo alemão foram atribuídas aos judeus, que foram martirizados e perseguidos no que ficou conhecido como Holocausto.

Migração

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Depois de 1933, com a ascensão do nazismo na Alemanha e o aumento das perseguições contra os judeus, a migração de povos judeus para a Palestina em busca de refúgio aumentou veementemente, o que começou a gerar ainda mais conflitos, pois os palestinos não aceitavam a ocupação de sua terra por outro povo.

Contudo, em 1947, um plano da ONU (Organização das Nações Unidas) decidiu ajudar os judeus, que tiveram sua população dizimada em quase 6 milhões de mortos ao fim do Holocausto. O motivo do plano era a injustiça que o povo havia sofrido e que precisava ser criado um estado israelense para a proteção desses povos. Como as migrações para a Jerusalém já estavam acontecendo há muitos anos, decidiram então oficializar a partilha da Palestina entre judeus e árabes. A divisão seguiu da seguinte forma: 57% da terra para os judeus e 43% para os árabes.

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Não é nem preciso dizer que isso causou revolta no povo árabe, que considerou a decisão como uma afronta e a divisão de terras uma tremenda injustiça, com o povo que já habitava ali muito antes de os judeus chegarem. Foi aí que o desentendimento começou. Em 1948, os judeus enfim fundaram o Estado de Israel, no dia 14 de maio. Sem esperar muito tempo, já no dia 15, os árabes declararam guerra aos novos ocupantes da terra. O que resultou na vitória dos judeus e o aumento de seu território para 75%. O restante foi anexado pela Transjordânia (Cisjordânia) e pelo Egito (faixa de Gaza). Povos que vivem em condições de extrema pobreza, liderados por Israelenses.

Com isso, todos os conflitos e guerras que se seguiram entre os povos foram em consequência de disputa de território. Segundo especialistas, o tema só será resolvido entre os dois povos quando for criado um Estado palestino que ocupe, de forma equitativa com Israel, a totalidade do território, tal qual ele se apresentava antes das migração começarem.

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