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Por que Setembro não é o mês sete, Outubro o mês oito, Novembro o mês nove e assim por diante?

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Pelo período de 4 em 4 anos, o calendário que seguimos nossos dias e semanas se altera rapidamente e acabamos tendo 366 dias, ao invés de 365. E o resultado desse novo dia acaba sendo acrescentado no mês de fevereiro, passando de 28 para 29 dias.

O ano famoso ano bissexto é uma confusão para pais e mães, além de maternidades e cartórios. E aqui no site da Fatos Desconhecidos, nós já explicamos para você o que acontece com os 29 dias de Fevereiro e o motivo de isso acontecer. Para saber por que existem os anos bissextos, basta você (Clicar aqui e conferir a matéria).

E além de o ano bissexto ser uma inquietação e mar de dúvida de muita gente, a história dos meses do ano também são é de questionamento. Já parou para pensar por que o mês de Setembro não corresponde ao mês sete e sim ao mês de número nove? Por que isso acontece?

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A resposta para essa indagação vem do antigo calendário romano, nos vocábulos herdeiros dos termos september, october, november e december. O calendário romano, em sua primeira versão, era composto apenas por dez meses.

O ano letivo de trabalho e afazeres da civilização tinha início no mês de março e tinha seu fim em dezembro. Eles não consideravam o período do inverno na contagem.

Mesmo que aprilis (mês de Abril) seja considerado de etimologia controversa e nomeado como uma dedicação a Vênus, os outros nomes dos meses era homenagens aos deuses, isso é estabelecido de martius (Março) a junius (Junho).

Já em Julho, seguia uma lógica numérica em latim: quintilis, sextilis, september etc. E essa sequência era quem estabelecia com que o mês de setembro corresponderia ao mês de número sete, outubro o oitavo, novembro o nono e dezembro o décimo último, obedecendo ao ciclo lunar, no qual cada estação do ano tinha ligação com o sol e caia em épocas diferentes.

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No século VIII a.C., januarius e februarius foram inseridos no calendário,invenção do rei Numa Pompílio, sucessor de Rômulo em 717 a.C, e tudo passou a ficar mais confuso. Havia momentos em que os novos meses apareciam no fim ou no início da série, fechando o ciclo anual. Mas ainda assim os nomes “numéricos” consolidados e popularizados entre as civilizações acabaram sendo mantidos.

Janeiro foi criado em homenagem ao deus representante das entradas e saídas, Jano. Foi chamado de primeiro mês com a crença de que traria bons presságios. De acordo com o arqueólogo da Unicamp, Pedro Paulo Funari, “O uso se manteve pelo costume”.

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Essa lógica certinha e coerente vigorou até o início da reformulação que criou o calendário juliano, que foi criado por Júlio César, em 46 a.C. Nesse novo modelo, quintilis foi renomeado em homenagem ao próprio Júlio César, passando a chamar julius (Julho).

E o período sextilis mudou para augustus (Agosto), em honra a seu herdeiro e sucessor Augusto. O ciclo agora seguia o solar com alinhamento às estações do ano e os 365 dias que usamos nos dias atuais.

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