Eike Fuhrken Batista da Silva é um empresário brasileiro que fez e perdeu uma grande fortuna na exploração de minerais, petróleo, gás, logística, energia, indústria naval e carvão mineral. Eike é filho de uma alemã e um brasileiro, e ele já foi considerado o homem mais rico do país, estando presente na lista da Forbes dos homens mais ricos do mundo, mas entre os anos de 2012 e 2013 ele perdeu grande parte do seu dinheiro. Já conferiu nossa lista dos homens mais ricos do mundo de 2016 segundo a Forbes?
Em 2012, sua fortuna foi avaliada em nada mais nada menos que US$ 34,5 bilhões, e depois da crise de da “quebradeira”, sua fortuna atualmente foi reduzia a US$ 2,9 bilhões, perdendo US$ 31,6 bilhões, segundo o rank de bilionários da Bloomberg. Leia também a nossa matéria com os 10 personagens mais ricos da ficção.
Quais as riquezas de Eike Batista hoje? Bom, as empresas que fazem parte do grupo do empresário são a OGX de óleo e gás, MPX de energia, LLX de logística, OSX da indústria naval offshore e CCX de carvão mineral. O grupo recebeu o nome de EBX, representando as iniciais do nome usado pelo empresário, já aquele X é usado simplesmente para representar o potencial de gerar e multiplicar as riquezas.
Eike permanece como acionista nas 6 empresas, em alguns casos ainda como controlador. Mas como as empresas estão em processo de renegociação de dívidas com credores ou em reestruturação, sua fatia nas companhias deverá ser reduzida a uma participação mínima. Dos outros negócios criados por Eike, vários foram desfeitos totalmente para pagar dívidas do grupo e outros simplesmente deixaram de existir.
De acordo com dados de 2015 do G1, a situação de cada uma das empresas que formavam o império X e a fatia que Eike ainda detém é a seguinte:
Ogpar (ex-OGX), óleo e gás
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 14%
Dívida estimada: R$ 11,2 bilhões
Situação: operante, mas foi obrigada a devolver 8 blocos exploratórios à União
OSX, indústria naval
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 66,02%
Dívida estimada: R$ 5 bilhões
Situação: Navios-plataforma foram apreendidos para pagamento de credores
Eneva (ex-MPX), energia
Pediu recuperação judicial em dezembro de 2014
Participação de Eike: 20%
Dívida estimada: R$ 2,33 bilhões
Situação: Controle foi vendido ao grupo alemão E.ON)
MMX, mineração – 57,42%
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 57,42%
Dívida estimada: mais de R$ 400 milhões
Situação: 65% do Porto Sudeste (principal ativo da empresa) foi vendido para as companhias Impala e Mubadala
Prumo (ex-LLX), logística portuária – 10,44%
Participação de Eike: 10,44%
Dívida estimada: R$ 2,52 bilhões
Situação: Responsável pela construção do Porto do Açu (RJ). Controle da empresa foi adquirido pelo grupo norte-americano EIG
CCX – mineração de carvão na Colômbia
Empresa em fase pré-operacional, sem receitas
Participação de Eike: 61,66%
Situação: Eike fechou acordo de venda dos principais ativos à turca Yildirim por US$ 125 milhões, mas operação ainda não foi concluída
Rex, imóveis
Participação de Eike: não informada
Situação: Hotel Glória foi vendido ao grupo suíço Acron por cerca de R$ 260 milhões, mas Eike fechou um outro acordo para participar do desenvolvimento do empreendimento.
Mr Lam, restaurante
Parceria de Eike com Mr.Lam
Continua em funcionamento
IMX, entretenimento
Participação de Eike: 0%
Fatia de Eike na empresa foi adquirida pelo fundo Mubadala, de Abu Dhabi
Aux, ouro
Participação de Eike: 0%
Mineradora foi vendida ao fundo Mubadala, de Abu Dhabi, por cerca de US$ 400 milhões
SIX, tecnologia
Participação de Eike: 0%
Eike vendeu a fatia de 33% que tinha na fábrica de chips ao grupo argentino Corporación América por valor não informado
Marina da Glória
Participação de Eike: 0%
Concessão do porto privado foi vendida à BR Marinas
RJX, esporte
Participação de Eike: 0%
Contrato de patrocínio de time de voleibol masculino foi rompido. Com a saída do grupo de Eike, equipe campeã da Superliga passou a chamar apenas RJ.
Pink Fleet – fora de operação
Iate teria sido desmanchado e vendido como sucata
Eike já afirmou em várias entrevistas que ele cria as riquezas do zero e que isso seria, de fato, uma forma de empreender. No ano de 2014, as coisas realmente ficaram feias pro lado do empresário, ele teve seu patrimônio reduzido a incríveis 1 bilhão de dólares negativo, e em fevereiro de 2015 ele teve os bens bloqueados, assim como os bens dos seus familiares e da sua ex-mulher.
É amigos, Eike é uma prova viva de que nem toda riqueza dura para sempre, e que se não tomarmos cuidado, uma hora tudo pode acontecer. E aí, acham que o Eike ainda tem chances de se recuperar na vida financeira? Deixe seu comentário.
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