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Quem era o menino que se afogou com a família na Turquia?

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Ontem uma imagem chocante, divulgada por vários veículos de comunicação, comoveu o mundo. A foto mostra um menino afogado em uma praia na Turquia.

A criança, que tinha apenas 3 anos de idade, era um refugiado sírio e morreu enquanto tentava chegar à Europa com a sua família, fugindo do Estado Islâmico.

Além do menino, outras onze pessoas morreram na mesma ocasião, depois que o bote em que estavam afundou no mar, em uma região próxima a península de Bodrum. Eles tentavam chegar à ilha grega de Kos.

De acordo com o governo grego, outras cinco crianças também morreram na tentativa de travessia. Milhares de refugiados tentam chegar à Europa através da ilha.

Depois que a foto ficou conhecida, causando uma grande comoção e também revolta, um pergunta surgiu: quem era aquele garotinho?

Fugindo da guerra

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O garoto da foto se chamava Aylan e era um menino curdo de Kobanî, uma cidade que se localiza ao norte da Síria. Esse ano a localidade enfrentou fortes conflitos estre o grupo Estado Islâmico e combatentes curdos.

Ele tinha um irmão chamado Galip, de 5 anos, que também morreu no acidente, assim como a sua mãe Rehan. Apenas o pai dos garotos, Abdullah, sobreviveu ao afundamento do bote.

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“Os meus filhos eram os meninos mais maravilhosos do mundo. Há alguém que não considere os seus filhos a coisa mais valiosa? Meus filhos eram incríveis, me acordavam toda manhã para brincar”, disse o pai a BBC.

De acordo com uma tia dos meninos, que falou com Abdullah após a tragédia, o pai tentou salvar os seus filhos. O homem teria encontrado um deles e como parecia que estava bem, buscou o outro, o encontrando afogado. Quando voltou ao primeiro, ele havia se afogado também.

Solicitação negada

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Essa não foi a primeira tentativa da família em fugir do conflito, eles pretenderam ir para o Canadá, onde uma tia dos meninos, Teema Kurdi, vive há mais de vinte anos. No entanto, autoridades teriam negado a autorização de entrada para a família.

De acordo com Kurdi, que é cabeleireira em Vancouver, para que a família fosse para a cidade, ela conseguiu ajuda dos vizinhos e amigos, que declararam oferecer apoio financeiro e afetivo para a família enquanto estivesse no país, mesmo assim a ida deles foi negada.

De acordo com dados da Organização Mundial de Migração, desde janeiro de 2015, 350 mil emigrantes tentaram a travessia até a ilha Kos, dentre eles cerca de 2600 morreram afogados.

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