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Um professor ficou desempregado e seu jeito de procurar emprego foi simplesmente genial

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Mas e se você fosse um professor de 61 anos de idade, estivesse desempregado, o que você faria? Com certeza muitos de vocês dirá que iria mandar e-mails, bater na porta das escolas e faculdades ou simplesmente divulgar na internet. Mas esse não foi o caso do professor e analista de sistemas Jair da Silva, que caminha pelos semáforos dos bairros de classe média de São Paulo a procura de um emprego. Com muita experiência na bagagem, Jair ficou incríveis seis meses desempregado.

Paulistano, casado e com um filho, Jair aproveita o abre e fecha dos sinaleiros para se aproximar dos veículos, pedir licença e entregar o seu cartãozinho de visita.  No cartão podemos ver o seu nome, telefone, e-mail e a seguinte frase: “Solicito uma oportunidade profissional.” Já no verso pode-se ver as atividades que ele exerceu na carreira de professor universitário e gerente administrativo de negócios.

A partir do dia 28 de agosto de 2016, Jair saía de casa, andava alguns quarterões, encontrava um bom lugar e entregava cerca de trezentos cartões por dia. “Se o primeiro e o segundo motorista pegam o cartão, o terceiro, o quarto e o quinto também vão pegar. Se os primeiros não pegam, os demais também não”, declara Jair.

Jair pode ser um exemplo de muitos brasileiros, pois, mesmo trabalhando vários anos de sua vida, ele não tinha registro e nunca contribuiu com o INSS. Na época, faltavam apenas dois anos para sua aposentadoria, e os meses de desempregado consumiram economias da família.

Mesmo tendo um currículo bom, com experiência de vinte anos de aula de informática em colégios e faculdades, professor e coordenador de custos, passagem pelo grupo Pão de Açúcar, onde foi encarregado administrativo, deu suporte a departamentos e desenvolveu sistemas, programas e planilhas de custos, entre outras funções, estava impossível encontrar um trabalho.

Depois de enviar 500 currículos online e nada aparecer, Jair deduziu que o problema seja a sua idade, pois, segundo ele, já ouve casos de empresas que disseram o seguinte: “O senhor tem um currículo maravilhoso, mas só estamos contratando até 38 anos.”

Mas como Jair chegou ao ponto de pedir emprego nos semáforos? Um certo dia, ele se deparou com uma proposta de impressões de cartões de visita, e ele mandou confeccionar mil unidades com sua foto e um trevo de cinco folhas, algo raro que tinha nascido no jardim de sua casa.

Felizmente, logo nos primeiros 300 “minicurrículos”, alguns motoristas compartilharam a iniciativa de Jair nas suas redes sociais. Um desses posts foi feito no LinkdIn (rede social voltada para contatos profissionais), o que rendeu centenas de manifestações de apoio ao professor.

A notícia boa que temos para vocês é que todo o esforço de Jair valeu a pena! Depois do seu caso viralizar tanto na internet, ele conseguiu um emprego. Em entrevista a rede social LinkedIn, Jair disse o seguinte: “Recebi 10 propostas de trabalho: professor, representação escolar, clínica em Alphaville, empresa de óculos de segurança, vendedor, proposta de novos negócios e projetos, consultor… Foram centenas de e-mails, mensagens de WhatsApp, ligações no celular, telefone fixo, e milhares de comentários em redes sociais e portais onde a reportagem foi veiculada.”

O diretor da empresa que Jair trabalha hoje disse que viu a reportagem na BBC Brasil e enviou um e-mail para uma entrevista, no dia 29/09/2016, exatamente um mês depois após entregar seu primeiro cartão. Felizmente, tudo deu certo na sua primeira entrevista e Jair foi contratado.

E aí, acreditam que a força de vontade pode fazer toda a diferença? Deixei aqui o seu comentário!

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