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Uma lâmpada que está acesa desde 1901 e nunca apagou, será que é possível mesmo?

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E se a gente contasse para vocês que existe uma lâmpada no planeta Terra que por incrível que pareça está acesa desde 1901, vocês acreditariam? Pois bem, caros leitores da Fatos Desconhecidos, existem uma lâmpada em uma central de bombeiros na Califórnia que está acesa a 116 anos, e ninguém sabe ao certo como ela não parou de funcionar até hoje.

Segundo contam, a famosa lâmpada tem até um comitê que foi formado no seu aniversário de 100 anos, tendo como presidente o chefe de divisão dos bombeiros, Lynn Owens. Segundo ele, “Ninguém sabe como é possível uma lâmpada funcionar por tanto tempo.” Já leu a nossa matéria que mostra se será possível que um dia possamos viajar no tempo?

Para Owens, a corrente baixa que alimenta a lâmpada de 60 watts pode ter prolongado a sua vida, mas ninguém conseguiu descobrir porque ela continua acesa. Vários cientistas dos EUA já foram ver a famosa lâmpada que entrou para o livro dos recordes e é atração turística de Livemore.

Mas qual a origem dessa lâmpada? Owens conta que “a lâmpada foi criada por um inventor chamado Adolphe Chaillet, que foi convidado pelo governo do Estado de Ohio para fundar uma fábrica de lâmpadas no século dezenove. Ele aceitou o convite e criou uma lâmpada especial”. A lâmpada foi dada de presente para os bombeiros, segundo um participante do comitê chamado Steve Bunn.

Mas como é possível uma lâmpada estar ligada esse tempo todo?

Bom, caros amigos, existem três hipóteses para essa lâmpada estar funcionando até hoje. A primeira é a teoria de Matt, um bombeiro, que diz que a lâmpada foi desligada e ligada com tanta frequência que o filamento queimou a uma taxa constante sem ter que esfriar e aquecer novamente, resultando em uma espécie de “impulso térmico”. Porém, poucas pessoas acreditam nessa teoria maluca.

Outra hipótese é que a lâmpada é um acidente perfeito. A lâmpada é completamente perfeita, seu filamento, tamanho, acabamento e vários fatores que fazem ela ser perfeita e nunca apagar. Pode até ser, mas quem irá retirar a lâmpada de lá para estudá-la? Provavelmente ninguém ousaria fazer uma coisa dessas.

Já a terceira hipótese é que algo muito bem planejado. Na época, a criação levava o nome do inventor Adolphe A. Chaillet e era fabricada pela Shelby Electric Company. A propaganda na época se baseava sobretudo na durabilidade do bulbo. De fato, isso fez com que o Corpo de Bombeiros recomendasse a compra da lâmpada para diversas filiais do país. A invenção de Chaillet acrescentava diversas melhorias ao projeto original de Thomas Edison.

No dia 23 de dezembro de 1924, executivos das principais fabricantes mundias de lâmpadas se reuniram e Genebra para criar um plano. GE, Philips, Tokyo Electric, os alemães Osram, a francesa Compagnie des Lampes e outras marcas se reuniram para formar algo que é conhecido como o Carbo Phoebus. O cartel dividiu o mundo em zonas de mercado que controlariam e instituíam quotas de vendas para manter cada empresa igualmente dominante. Eles também decidiram limitar a vida útil de suas lâmpadas para 1.000 horas, cerca de metade do número de horas que as lâmpadas das outras marcas eram capazes de suportar.

O curioso é que as lâmpadas Shelby desapareceram das prateleiras pouco tempo depois do seu lançamento, e pessoas diziam que os bulbos possuíam limitações de luminosidades e potência, mas isso foi desmentido diante do fato de que havia, na época, lâmpadas Shelby de até 60 Watts, incluindo variações de tom que iam do amarelo ao mais brilhante. Outros afirmam que as questões de “obsolescência programada” que estavam em vigor na indústria não podiam admitir uma lâmpada com tamanha durabilidade.

O caso dessa lâmpada centenária é um bom argumento para as pessoas que acreditam que as empresas ainda conspiram para reduzir a vida dos produtos com fins lucrativos. Mas e você, qual a sua opinião sobre o assunto? Não esqueça de deixar os eu comentário!

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