A galinha pode até ser um dos animais mais estúpidos que existem, mas não e por isso que ela deixa de ser surpreendente. E não estamos falando de nuggets ou ovo frito, e sim dos olhos delas: as células oculares das aves são “organizadas” de acordo com um estado chamado de “hiperuniformidade desordenada”.
Isso porque os seus 5 tipos de cones – para intensidade de luz e as cores violeta, verde, azul e vermelho – têm tamanhos e formatos diferentes, o que faz com que interajam e se encaixem dentro dos globos oculares de galinhas de forma inesperadamente harmônica.
E isso acontece só com elas! Nos insetos, por exemplo – como você pode ver na foto do olho abaixo – as estruturas são organizadas com hexágonos, um padrão que não pode ser encontrado nas galinhas. No caso das aves, cada formato tem uma superfície que evita que cones semelhantes se encaixem, o que faz com que não haja aglomerações e a visão funcione bem de forma uniforme.
O comportamento desse tipo de material é o mesmo que de cristais, que têm densidades de partículas consistentes, apesar da variação de formatos. Pra completar, esse padrão é visto em outros estados, como o plasma e o hélio líquido, mas nunca havia sido encontrado num ser vivo antes.
Graças à descoberta, cientistas têm tentado imaginar televisores e telas com esse tipo de padrão luminoso, que se enquadra no estado físico do plasma – com a dispersão de partículas semelhante a de gases, porém capazes de conduzir corrente elétrica, ter massa negativa e não sofrer atração da gravidade, por exemplo. O que é bem bizarro para meras galinhas, certo?
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