Como todo mundo presenciou nos dias que precederam a última eleição, os debates – especialmente nas redes sociais – foram tão acalorados que renderam brigas e rompimentos entre amigos e familiares. Apesar de ser um exagero, a ciência diz que esse tipo de comportamento não é fruto simplesmente de “caprichos” humanos.
Cientistas de todo mundo, focados nesse campo de estudo, apontam que a opção política e a forma com a qual as pessoas tratam o assunto estão relacionadas ao tamanho de algumas partes específicas do cérebro. Sim, nós sabemos que isso soa engraçado, mas tem gente por aí provando que a explicação para esses fatos seguem por esse caminho mesmo.
Pesquisadores britânicos, por exemplo, mostraram em 2011, que as pessoas mais conservadores costumam ter uma amígdala cerebral maior, parte, aliás, responsável pela identificação do perigo. Por outro lado, quem é mais liberal, ou seja, de esquerda; normalmente apresenta massa cinzenta em maior quantidade no córtex cingulado anterior, que reconhece as situações em que é necessário maior autocontrole.
Estudiosos estão tentando provar também que esse fato desencadeia ainda o conhecido sentido de partidarismo, aquele sentimento que programa as pessoas a pensarem em “nós x eles”, entende? Pois é, conforme o pessoal que está desvendando esse tema, quando essa mentalidade entra em cena, o cérebro passa a filtrar fatos, que nos cegam quanto a humanidade dos outros que tenham visões políticas diferentes, por exemplo.
De acordo com especialistas, embora a formação de grupos com base em pensamentos semelhantes tenha sido importante durante a pré-história, a verdade é que esse sentimento tão “endurecido” representam um perigo hoje em dia. Isso porque, como já vimos ao longo da história, essa mentalidade já resultou em grandes massacres, como o holocausto e o genocídio de Ruanda, momentos trágicos em que a desumanização foi usada como arma letal.
(Clique para ler também: 7 ditadores desumanos que impressionam por sua crueldade).
Comentários