História

10 maiores protestos contra a violência policial nos EUA

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Recentemente, a morte de George Floyd reacendeu o debate sobre a brutalidade da polícia contra as minorias raciais nos EUA. Sendo um homem negro, George morreu desarmado, depois de ser imobilizado no chão, com um policial ajoelhado em seu pescoço. Contudo, o caso de George faz com que voltemos o olhar para as estatísticas sobre assassinatos cometidos por policiais nos Estados Unidos. Por isso, separamos os 10 maiores protestos contra a violência policial nos EUA, em ordem cronológica.

Segundo um levantamento feito pelo jornal Washington Post, apenas em 2019, 1014 pessoas mortas a tiros por policias no país. Assim, por meio de alguns estudos, podemos perceber que as principais vítimas dessas mortes foram pessoas negras. Em um outro estudo, feito pela ‘ONG Mapping Police Violence’, nos EUA, pessoas negras têm quase três vezes mais chances de serem mortos pela polícia do que em comparação a pessoas brancas.

1 – Trayvon Martin (26 de fevereiro de 2012)

Enquanto visitava alguns parentes em um condomínio fechado Sanford, na Flórida, Trayvon Martin, de apenas 17 anos, foi morto a tiros por George Zimmerman, um vigia voluntário. Em 2013, o júri considerou Zimmerman inocente. Isso porque, a lei permitiu que o caso fosse considerado legítima defesa.

Depois disso, o assassinato se tornou determinante para desencadear o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).

2 – Eric Garner (17 de julho de 2014)

Em Nova York, Eric Garner, de 27 anos, foi abordado após supostamente vender ilegalmente cigarros soltos. No entanto, imagens mostram Garner gritando repetidamente “não consigo respirar”, enquanto um policial branco, Daniel Pantaleo, é visto o estrangulando com um mata-leão. Mesmo com as imagens fortes, um júri de Estado se recusou a apresentar queixa criminal contra Pantaleo.

Depois disso, uma série de protestos aconteceram em várias cidades americanas. Após cinco anos do ocorrido, Pantaleo foi demitido do Departamento de Polícia de Nova York.

3 – Michael Brown (9 de agosto de 2014)

Em 2o14, o movimento ‘Black Lives Matter’ ganhou mais visibilidade internacional após a morte de Michael Brown, de apenas 18 anos. Na época, Michael foi morto após uma discussão com Darren Wilson, um policial branco.

Depois disso, o assassinato, que aconteceu em Ferguson, em Missouri, provocou uma série de protestos. Contudo, Wilson não foi indiciado pelo crime e se demitiu da polícia.

4 – Walter Scott (4 de abril de 2015)

Por conta um farol quebrado em seu carro, Walter Scott, de 50 anos, foi baleado três vezes pelo policial Michael Slagger. Na época, Scott era sujeito a um mandado de prisão por atraso no pagamento de pensão alimentícia. Assim, ao tentar escapar da abordagem, Scott, que estava desarmado, foi morto pelas costas.

Em 2017, Slagger foi condenado a 20 anos de prisão. Além disso, sua família conseguiu receber uma indenização de US$ 6,5 milhões das autoridades de North Charleston, na Carolina do Sul.

5 – Freddie Gray (12 de abril de 2015)

Aos 25 anos, Freddie Gray foi preso por porte de arma após policiais terem encontram uma faca em seu bolso em Baltimore, Maryland. Em um vídeo, é possível ver Freddie gritando enquanto é levado pela polícia. Depois de algumas horas, ele foi internado em um hospital por conta de uma lesão medular grave causada pela violência dos policiais.

Em uma semana, o jovem morreu no hospital e uma série de protestos foram feitos. No entanto, três policiais envolvidos em sua prisão foram considerados inocentes e outros três nunca foram julgados.

6 – Sandra Bland (13 de julho de 2015)

Sandra Bland, de 28 anos, foi detida por Brian Encinia, um policial do Texas. Ao ser abordada pelo policial, ela acendeu um cigarro e se recusou a apagá-lo, o que não é um crime. No entanto, Bland foi presa e acusada de agredir o policial. Depois disso, ela foi presa e se matou três dias após o ocorrido. Dessa forma, embora ela não tenha sido diretamente morta pela ação policial, sua morte foi motivo de grande indignação no país.

Como uma forma de protesto, foi criada a hashtag #SayHerName (Diga o nome dela, em tradução livre). Assim, o movimento social buscava conscientizar mulheres negras vítimas de brutalidade policial.

7 – Philando Castile (6 de julho de 2016)

Após passar em uma blitz de trânsito em Falcon Heights, Minnesota, Philando Castile foi baleado pelo policial Jeronimo Yanez. Tudo foi filmado por sua namorada, que estava no carro de trás, no momento do assassinato.

Entretanto, mesmo com o policial sendo acusado de homicídio em segundo grau e com duas acusações de disparo de arma de fogo, ele foi absolvido pelo júri em menos de um ano.

8 – Botham Jean (6 de setembro de 2018)

Aos 26 anos, o contador Botham Jean foi morto em seu próprio apartamento pela policial Amber Guyger, que estava de folga no dia. Segundo Amber, ela havia entrado por engando no apartamento do contador.

Assim, a policial pensou que estava em seu apartamento e ao ver Jean, acreditando que ele fosse um ladrão, atirou contra o jovem. No entanto, Jean estava desarmado e um ano depois, a policial foi condenada a 10 anos de prisão.

9 – Atatiana Jefferson (13 de outubro de 2019)

Em 13 de outubro de 2019, o policial Aaron Dean foi enviado ao endereço de Atatiana Jefferson, estudante de medicina de 28 anos. De acordo com o policial, ele havia recebido um alerta de um vizinho da jovem, afirmando que a porta de Atatiana estava aberta. Entretanto, ao entrar na casa, o policial atirou nela pela janela do quarto. Atualmente, Aaron Dean responde por assassinato, mas ainda não foi julgado.

10 – Breonna Taylor (13 de março de 2020)

Aos 26 anos, Breonna Taylor foi baleada oito vezes depois de policiais entrarem em seu apartamento em Louisville, Kentucky. Antes disso, Breonna trabalhava como médica de emergência médica.

Segundo os policiais, eles estavam executando um mandado de busca como parte de uma investigação sobre drogas. Entretanto, nenhuma droga foi encontrada na propriedade.

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