O nosso planeta é um imenso aglomerado de terra e água, além das demais coisas naturais. Isso ninguém pode negar. Para se ter uma noção dessa imensidão, até hoje, não foi possível explorar todas as áreas da Terra. Por esse motivo, a nossa fauna e flora é extremamente rica, sendo que apenas uma pequena quantidade de seres vivos já foram descobertos e registrados.
Estima-se que existam aproximadamente 7,77 milhões de espécies de animais no mundo. Entretanto, apenas 953.434 foram descritas e catalogadas. Pra termos uma ideia, somente de besouros existem 350 mil exemplares distintos. Muitas destas espécies possuem outras subespécies, que vão formando uma verdadeira árvore evolutiva.
Anualmente, os cientistas e estudiosos se empenham para descobrirem essas novas espécies de plantas e animais. Quanto mais o tempo passa, mais surgem novos seres que podem ser estudados. E, alguns deles, até revelam coisas novas sobre o nosso passado.
Para um entomologista experiente, que tem anos de trabalho de campo acumulado, a descoberta de dezenas de novas espécies em uma única expedição já seria considerado um feito notável.
A descoberta feita por Racehl Smith foi bastante surpreendente. Ela é estudante de ecologia e biologia evolutiva e recentemente descobriu 18 novas espécies de besouros aquáticos, que até então eram desconhecidas pela ciência.
Espécies
A pesquisa que Rachel estava fazendo envolvia viagens ao Suriname e outros países da América do Sul. E foi nessas viagens que aconteceram as descobertas das novas espécies de besouros aquáticos do gênero Chasmogenus.
“O tamanho médio desses besouros é do tamanho de um ‘O’ maiúsculo em uma fonte 12”, explicou. Esses animais passam a maior parte da sua vida em riachos e piscinas da floresta. Eles são ótimos nadadores e ainda conseguem voar.
Para fazer sua pesquisa, além dos trabalhos de campo, a estudante teve que passar várias vezes horas no laboratório de Andrew Short. Que é professor e curador associado do Instituto de Biodiversidade da Universidade do Kansas e co-autor do artigo.
Segundo explicou Rachel, várias espécies de besouros aquáticos são praticamente indistinguíveis apenas com observações, mesmo sendo em um microscópio. Então para fazer a identificação dessas novas espécies ela comparou a evidência de DNA dos insetos com algumas diferenças morfológicas externas que davam para ser avaliadas.
Mesmo assim, isso não foi o suficiente. Grande parte do trabalho feito por Rachel se baseou em dissecar os besouros coletados para conseguir identificar diferenças importantes na sua anatomia interna.
A estudante disse que depois que ela se formar ela pretende seguir sua carreira em trabalho de campo e pesquisa. Isso para descobrir a biodiversidade oculta. E também fortalecer os esforços de conservação de áreas que são ameaçadas.
“Eu sempre tive uma visão maior e a conservação é realmente o meu objetivo final”, concluiu.
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