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5 curiosidades sobre os animais de Chernobyl

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Em 1986, o mundo vivenciou a tragédia de Chernobyl, uma explosão no reator 4 da usina nuclear que desencadeou uma das maiores crises da história da humanidade, e também afetou os animais de Chernobyl.

Com uma liberação de radiação que superou em mais de 100 vezes a quantidade liberada no bombardeio de Hiroshima, o local se transformou rapidamente de uma cidade modelo em um local abandonado, dando origem à conhecida Zona de Exclusão.

Enquanto as pessoas conseguiram ajuda e evacuaram, a vida selvagem continuou a seguir seu próprio curso.

Agora, quase quatro décadas após a explosão, a vegetação retomou o controle da região e os animais que conseguiram suportar os altos níveis de radiação parecem estar em melhor forma do que nunca.

Confira 5 curiosidades sobre os animais de Chernobyl

1. O cavalo selvagem

Via Megacurioso

Em 1994, o cavalo-de-przewalski estava extinto na natureza. O avistamento mais recente deles na vida selvagem remontava à década de 1960, indicando que estavam vivendo em grupos muito pequenos e em áreas remotas.

No início do século XX, esses animais ficavam em torno da Mongólia e até chegavam ao Leste Europeu.

Entretanto, na década de 1990, Mike Wood e Nick Beresford, dois ecologistas britânicos especializados em estudar os efeitos da radiação na vida selvagem de Chernobyl, notaram que a população do cavalo-de-przewalski estava se recuperando na Zona de Exclusão.

Desde então, esses animais têm sido monitorados e seu grupo parece estar crescendo de maneira consistente.

2. A radiação pode ter impactado os insetos de Chernobyl

Há uma crença popular de que as baratas seriam os únicos animais a sobreviver a um desastre nuclear. No entanto, Chernobyl tem mostrado que a realidade pode ser diferente.

Embora a maioria dos vertebrados tenha conseguido resistir à radiação, os insetos e as aranhas sofreram uma grande diminuição em suas populações.

Um estudo realizado em 2009 indicou que quanto maior a quantidade de radiação em certos locais ao redor da área do desastre de Chernobyl, menor a população de invertebrados. Esse padrão também foi observado após o acidente nuclear de 2011 na usina de Fukushima.

3. As mudanças genéticas nos animais de Chernobyl

De acordo com um estudo realizado em 2011, os animais de Chernobyl apresentaram um aumento de 20 vezes nas mutações genéticas em comparação com populações de outras áreas.

Embora ainda estejam longe de se tornarem criaturas monstruosas com múltiplos olhos, já é possível observar algumas alterações. A radiação afeta o DNA, resultando no surgimento ocasional de pequenas características.

Enquanto os animais próximos à usina nos primeiros dias provavelmente morreram devido à alta quantidade de material radioativo, aqueles que sobreviveram provavelmente tiveram seu material genético modificado em diferentes graus.

Um exemplo dessas mutações em animais é observado nas andorinhas. Biólogos já relataram que o número de aves com albinismo é maior na Zona de Exclusão do que fora dela.

Áreas com níveis mais elevados de radiação também parecem ter dado origem a populações de pássaros com cérebros menores, esperma menos viável e uma diminuição na diversidade e abundância de espécies.

Via Megacurioso

4. O acúmulo de radiação em ratos

O césio-137 consegue sobreviver mais de 30 anos em um sistema. Em certos organismos, a radiação pode se acumular ao longo de várias gerações, como é o caso de alguns fungos.

Dado que esses fungos são uma fonte de alimento para pequenos roedores, algumas espécies apresentam concentrações particularmente altas de radiação.

Até o momento, as principais consequências incluem uma menor fertilidade dos animais em áreas com maiores concentrações de radiação, com uma correspondente redução nas populações em geral.

Além disso, esses animais de Chernobyl demonstraram ter taxas mais elevadas de catarata em comparação com os animais fora da Zona de Exclusão.

5. Adoção de cães de Chernobyl

Após o acidente nuclear, muitos animais de estimação ficaram em Chernobyl. Como esses animais não se deslocam por grandes distâncias, a maioria deles sobreviveu.

Atualmente, uma organização chamada Clean Future Fund está conduzindo uma campanha para fornecer cuidados médicos, vacinas e até comida para os filhotes de cães e gatos de Chernobyl.

Desde 2018, cães que passaram no teste de níveis seguros de radiação passaram pela adoção.

 

Fonte: Megacurioso

Imagens: Megacurioso, Megacurioso

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