Por 
Ao longo de quase dez anos de existência, o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) já conta com dezesseis filmes lançados, todos parte de um mesmo cenário. Claro que, depois de tanto tempo e várias obras, um deslize aqui e ali seja algo normal, apesar disso a grande parte deles foi muito bem recebida, tanto pelo público quanto pela crítica especializada. Como os dois primeiros filmes de Thor que, até o momento, se mostraram os mais fracos dentro do universo. Dessa forma, pode até parecer um pouco complicado tentar escolha o melhor filme entre todos já produzidos, no entanto, a vida é feita de desafios mesmo e, sendo assim, decidimos tentar.
Lançado em 2014 e integrante da segunda fase do Universo Cinematográfico Marvel, Capitão América: O Soldado Invernal foi o escolhido. Os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely junto com diretores (e irmãos) Anthony e Joe Russo levaram para MCU uma trama mais refinada com um dos heróis mais clássicos da editora. A seguir, vamos discutir alguns pontos que pesaram na escolha. Lembrando que a este é o melhor filme até o momento, afinal, ele pode ser destronado a qualquer lançamento!
5 – O peso do vilão
Para começar, este é um filme no qual há vários vilões, porém, o melhor é que todos apontam para a mesma direção: Hydra. Ouvir o nome da organização aos sussurros e descobrir todo o trabalho que ela tem desenvolvido desde a Segunda Guerra Mundial é gratificante. Nos quadrinhos, ela é uma das maiores dores de cabeça do Capitão América e não decepcionou no filme. Tendo se infiltrado até mesmo no mais alto nível da SHIELD – inclusive conseguiu remover o poderoso Nick Fury da diretoria. A organização criminosa foi capaz de criar um crise global e conseguiu abalar a confiança de Steve Rogers em todos, inclusive em pessoas que pensava serem aliadas.
4 – Lutas com alto nível de qualidade
Basicamente todas as sequências de ação do filme são dignas de nota, isso graças a direção firme dos irmãos Russo. Desde a cena do resgate no navio no começo do primeiro ato, até o grand finale, as tomadas mostraram as melhores coreografias de luta até então, com movimentos tão bons que nem mesmo Vingadores foi capaz de proporcionar. Capitão América fugindo do prédio da SHIELD na moto, a parte do elevador, as perseguições, a fuga de Nick Fury, podemos continuar, mas seria a mesma coisa de citarmos todas as cenas do filme. Talvez possamos destacar o primeiro confronto direto entre Steve Rogers e o Soldado Invernal, com detalhe para a troca de mãos com a faca, além do show a parte da Viúva Negra.
3 – Personagens secundários
Natasha Romanoff, Sam Wilson, Soldado Invernal, Nick Fury, Maria Hill (participou pouco, mas fez muito), Alexander Pierce e mesmo o falecido Arnim Zola são exemplos de personagens secundários que brilharam nessa continuação. Aliado ou inimigo, os personagens, além de terem um papel fundamental para o desenvolvimento da narrativa, foram importantes para o próprio amadurecimento de Steve Rogers como herói e como pessoa. Isso é o trabalho de um roteiro consistente e objetivo, muito diferente do ocorrido em Homem de Ferro 3, por exemplo.
2 – A essência do herói
Depois de setenta anos ausente da sociedade, o mundo que Steve Rogers conhecia não existe mais. Depois de ajudar a salvar o mundo em Vingadores, ele se une a SHIELD para continuar a proteger as pessoas. Sem nenhuma causa e, teoricamente, ninguém para conviver, Rogers se torna um agente especial da organização até descobrir que seu inimigo do passado está de volta para tentar estabelecer uma nova ordem mundial. Com oportunidade de se juntar a uma causa maior, ele se recusa a se unir a Hydra por acreditar fielmente na democracia. Podemos dizer que este filme estabeleceu Capitão América como um herói incorruptível, um Sentinela da Liberdade. Toda a intriga política colocada na trama foi essencial para desperta o lado mais nobre do herói e a volta de Bucky Barnes foi fundamental para provar que, mesmo sendo um super soldado, Steve Rogers permanece humano.
1 – Sem final feliz
Capitão América: Soldado Invernal é o filme com atmosfera mais séria e real de todo o MCU, mais até que seu antecessor e isso é ótimo! Lógico, existe os alívios cômicos, porém, na hora certa. Os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely e os irmãos Russo mostraram que um filme de super herói pode conter intrigas políticas, espionagem, lutas, explosões e muitos personagens sem parecer um carnaval. A equipe levou estabilidade narrativa e mais realidade para o MCU do que qualquer outro filme. Essa sequência mostra que, não importa o tanto que o herói tente salvar o mundo, às vezes ele simplesmente não consegue vencer. Ao final do filme, vemos que Capitão América e companhia não detiveram a Hydra, apenas impediram parte de seu avanço, com o bônus de descobrir o quão enraizada a organização criminosa está no mundo. A realidade apresentada no filme é nua, crua e louvável.
Bônus – Uniforme e trailers
Vamos combinar: o uniforme de operações especiais da SHIELD que Capitão América usa aqui é o mais lindo de todos! Combinado?! Maravilha. Outro detalhe, trailers não são uma coisa ruim, basta saber fazer e os de Capitão América: Soldado Invernal são os melhores trailers já lançados pela Marvel. O primeiro tem foco em Steve Rogers e no seu papel como herói; por outro lado, o segundo apresenta o Soldado Invernal e consegue ser ainda melhor. A música em contraste com as cenas de ação, a atmosfera de dúvida, a sociedade em colapso, todos esses temas foram organizados de forma coerente e empolgante. Ao rever os trailers, bate aquela vontade de rever o filme!
Concorda que Capitão América: Soldado Invernal – até o momento – é o melhor filme da Marvel? Acredita não? Qual seria sua escolha? Vamos lá, não deixe de compartilha sua opinião com a gente.
Comentários