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7 cenas de filmes que foram tiradas diretamente de pinturas famosas

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A arte é algo tão abstrato, que consegue extrair inspiração até dos lugares mais improváveis. Independentemente do tipo de arte, seja ela escrita, cantada, pintada ou qualquer outra expressão artística, ela busca inspiração em outras obras. E que lugar melhor para se inspirar do que pinturas clássicas? Alguns cineastas usaram a inspiração como forma de homenagear grandes artistas e o resultado pode ser visto na melhor representação da sétima arte.

Assim como grandes cineastas inspiraram pintores na modernidade, os grandes pintores também influenciaram diretores e cineastas ao longo de toda a história do cinema. Algumas referências visuais são bem explícitas e podem ser percebidas até pelos mais desatentos, outras, mais singelas, conseguem passar despercebidas. Mas o fato é que várias pinturas clássicas foram e são recriadas como uma bela homenagem na tela. Confira a seguir 7 cenas de filmes que foram inspiradas em pinturas famosas.

1 – Sonhos, 1990, Akira Kurosawa – Campo de trigo com corvos, 1890, Vincent Van Gogh

O diretor Akira Kurosawa tem grande admiração pela obra de Vincent Van Gogh. Isso fica claro pelo fato de que essa não foi a primeira vez que ele homenageou o pintor em seus filmes. A cena em questão, do filme de 1990, Sonhos, é uma sequência que passa por várias outras pinturas de Van Gogh até voltar ao personagem sonhador no campo de trigo, onde vários corvos voam pelo céu azul, assim como a pintura clássica.

2 – Shirley: Visões da Realidade, 2013, Gustav Deutsch – New York Movie, 1939, Edward Hopper

O filme independente do diretor Gustav Deutsch é uma longa homenagem ao pintor Edward Hopper. Durante todo o filme, treze pinturas de Hopper são retratadas de forma excepcional. Uma das mais marcantes é a cena em que a personagem principal, Shirley, está encostada na parede. Fica claro que ela está imitando a mulher que aparece na pintura de 1939. Nas duas imagens, fica nítida a sensação de desinteresse, muito comum nos trabalhos de Hopper e que foi trazido para as telas com a mesma essência por Deutsch.

3 – Ninfomaníaca, 2013, Lars von Trier – O artista morrendo, 1901, Zygmunt

O filme do diretor Lars von Trier, Ninfomaníaca é focado no desejo hedonista da personagem principal, Joe, pelo prazer físico. Questões como o vazio da não-existência ou da morte são vistos como a única maneira de acabar com o sofrimento experimentado pelo ser. As projeções do diretor sobre a personagem principal se assemelham com as de O artista morrendo, retratadas na pintura por Zygmunt. Um retrato que pode ser interpretado como uma manifestação da morte tocando um violino do lado da cama de um rapaz.

4 – Os Duelistas, 1977, Ridley Scott – Napoleão Bonaparte, 1830, Benjamin Robert Haydon

Na sua estreia no cinema, o diretor Ridley Scott usa o seu drama histórico para captar a atmosfera das pinturas criadas na era romântica. Ele faz referência direta ao quandro de Benjamin Robert Haydon. O diretor usa o seu personagem, Féraud, olhando para um penhasco no horizonte. A mesma posição de Napoleão Bonaparte retratado no quadro de 1830, por Haydon.

5 – Lua Negra, 1975, Louis Malle – Os Dias Dourados, 1946, Balthus

Lua Negra é até hoje uma das obras mais criticadas do diretor Louis Malle, inclusive por ele. Mas o diretor conseguiu criar para o filme um devaneio surreal. Como ele mesclou a fantasia e a realidade, trouxe um tom obscuro para o filme. Na cena em questão, a personagem principal se deita em uma cadeira recriando a pose da jovem na pintura de Balthus. Nas duas imagens, o espectador é desafiado por suas representações abstratas de sexualidade.

6 – O Labirinto do Fauno, 2006, Guillermo del Toro – Saturno Devorando Seu Filho, 1819-1823, Francisco Goya

Francisco Goya foi um artista espanhol que pintou uma série de quadros sombrios e perturbadores. Uma das suas obras mais marcantes é o retrato do deus romano consumindo o seu filho. A influência dessa pintura, em particular, pode ser vista nesta cena do filme de 2006, O Labirinto do Fauno. Na cena, a criatura, chamada de o Homem Pálido, morde as cabeças das fadas que voam pela sala.

7 – Django Livre, 2012, Quentin Tarantino – O Garoto Azul, 1779, Thomas Gainsborough

Foi a figurinista Sharen Davis quem apresentou uma imagem da famosa pintura de Thomas Gainsborough a Quentin Tarantino. A cena em que o protagonista aparece usando um traje todo azul, foi inspirada pela pintura de 1779. Segundo o diretor, o casaco de cetim azul e calções seriam a vestimenta perfeita para expressar a sensibilidade excêntrica do personagem, e assim o diretor o fez.

E você, já assistiu algum desses filmes? Conhecia alguma dessas pinturas? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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