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7 coisas que o cinema americano fez para passar na China

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A sétima arte sempre foi um jeito que as pessoas acharam de escapar de suas realidades e entrarem em outro mundo. Quem nunca foi ao cinema e esqueceu dos problemas, que estavam do lado de fora daquelas paredes? Os filmes servem para que possamos ver outras realidades, além da nossa, e nos transmitem emoções. Seja alegria, tristeza, medo ou qualquer outra.

E o público chinês é um alvo que toda indústria do entretenimento quer alcançar. Já que são potenciais 1,4 bilhão de espectadores. Mas para isso, é preciso conhecer as sensibilidades culturais desse público. A censura comunista da China é conhecida por ter gostos e desgostos bem particulares. Cenas de grandes filmes como “Missão Impossível III” foram cortadas para ter o filme exibido no país. Mostramos aqui mais alguns desses ajustes nos filmes.

1 – Sem ursinhos

Os filmes da Disney, geralmente, não tem nenhum problema de distribuição na China. Isso porque são filmes voltados para as famílias. Mas para tudo, existe uma exceção e o filme “Christopher Robin” foi ela. O filme mostra Christopher já adulto, tentando ajudar o Ursinho Pooh a encontrar o Tigrão, Bisonho, Coruja, Leitão e Coelho.

O longa não parece ter nada de mais. Mas acontece que o ursinho é visto como um personagem subversivo na China. Porque em 2013, uma foto do líder chinês Xi Jinping com Obama foi comparada a uma foto de Pooh com seu amigo Tigrão. Depois disso, vários outros memes surgiram, e desde então, o ursinho se tornou um símbolo de discórdia.

2 – Mudar nacionalidade

Um fator, que é levado muito à serio pela censura chinesa, é qualquer menção ao Tibet. Não se pode ver, falar, ou se ouvir do Tibet em nenhuma produção que for para China. Um tanto quanto ruim para o longa “Sete anos no Tibet”. E por causa desse filme, o diretor Jean-Jacques Annaud e os atores Brad Pitt e David Thewlis foram proibidos de entrar na China.

Por isso, às vezes, uma troca de nacionalidade é precisa. Como foi o caso do filme “Doutor Estranho”. Nele, o Ancient One é um místico tibetano da região fictícia do Kamar-Taj, no Himalaia. Mas na versão chinesa ele é um celta.

3 – Fazer do chinês o herói

Bajular alguém, às vezes, é o caminho para te levar mais longe. E quando o assunto é o público chinês isso com certeza é uma verdade. Quando o chinês é colocado como herói é muito mais provável que o filme tenha distribuição livre no país.

No filme “Perdido em Marte” por exemplo, a NASA recebe ajuda de uma agência espacial chinesa, para resgatar o astronauta. Isso mostra que os chineses são superiores a conhecida agência americana.

4 – Colocar produtos nos filmes

Os longa-metragens sempre colocam produtos nos filmes para ajudar nos custos de produção. E em um mercado tão grande quanto o da China, colocar algum produto em um filme é um sonho de qualquer um.

No filme “Homem de Ferro 3” começa com um pergunta na tela: “com que o Homem de Ferro conta para revitalizar sua energia?” Depois de uma tela preta de três segundos, vem a respostas “obviamente, Gu Li Duo”.

Você pode estar se perguntando o porquê você não viu essa propaganda desse leite. E a resposta é porque ela só aconteceu na China. Além disso, cenas extras foram adicionadas ao filme, contabilizando mais uns quatro minutos ao longa. Isso para ter uma maior presença de atores chineses e jeitos de colocarem o produto para os expectadores verem.

5 – Culpe os russos

As histórias em quadrinhos, geralmente, não são tão comercialmente direcionadas quanto os filmes. Por isso, eles podem fazer com que os vilões sejam chineses. Mas quando um longa vai ser basear em algum desses HQ’s algumas mudanças são necessárias.

Por exemplo, quando a Paramount Pictures foi filmar “Guerra Mundial Z” eles mudaram a origem do vírus que transformava as pessoas em zumbis da China para a Rússia. Isso porque o mercado russo é bem menor que o chinês.

6 – Produza em Hong Kong

Uma das maneiras de garantir a distribuição na China é trabalhar em parceria com a indústria cinematográfica chinesa ou até mesmo gravar o filme lá. A franquia “Transformers” foi bastante popular na China. E quando eles foram gravar “Transformers: Age of Extinction” os produtores decidiram gravar com empresas de produção chinesas.

O filme foi financiado em parceria com a China e filmado parcialmente em Hong Kong. E também teve inúmeras colocações de produtos. A maior parte da bilheteria desse filme veio da China.

7 – Mude todo filme

Às vezes, algumas mudanças no filme não fazem muita diferença. Como por exemplo cortar uma cena rápida ou não mostrar a marca de um refrigerante que o protagonista bebe. Mas em outros casos as mudanças são tantas que o filme fica irreconhecível.

Como é o caso de “Karatê Kid”, de 2010, estrelado por Jaden Smith. Na versão original do filme, Macchio se muda para Los Angeles e tem uma briga com o valentão que luta caratê e que namora a menina que ele gosta. Então, o mestre vai preparar Macchio para a luta.

No filme de 2010, Jaden se muda para Pequim. E, teoricamente, cumpre todos os requisitos para ser transmitido na China. Ele foi filmado em Hong Kong, tinha vários atores chineses, vários posicionamentos de produtos. Mas a censura chinesa não gostou porque no filme o valentão chinês vai bater em um menino magrelo americano. O filme então não passou pela censura. Ele sofreu vários cortes e teve sua história completamente modificado para ser passada na China. E ainda mudou o nome para “Kung Fu Dream”.

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