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7 coisas que você não sabia sobre a história da guilhotina

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A Revolução Francesa é considerada basilar na fundação de democracias e ideologias modernas. No entanto, um de seus símbolos mais emblemáticos é composto pela horrenda guilhotina. Esse instrumento foi utilizado para aplicar a pena de morte por decapitação. O aparelho é constituído de uma grande armação reta (aproximadamente 4 metros de altura) e uma lâmina losangular pesada (de cerca de 40 kg) está suspensa logo acima. Protótipos foram testados em ovelhas e bezerros, enquanto seus primeiros testes humanos foram realizados em cadáveres de um hospital em Bicêtre. Você realmente conhece os detalhes de todo o processo que corresponde à obscura época da pena de morte por esse tipo de instrumento? Confira 7 coisas que você não sabia sobre a história da guilhotina.

A primeira vítima viva a ser executada pela máquina  foi um salteador chamado Nicolas-Jacques Pelletier. Em 25 de abril de 1792, multidões acabaram assistindo à sua execução. No entanto, muitas pessoas não gostaram de como as coisas aconteceram. O processo anticlimático não satisfazia a sede de sangue. Um carrasco habilidoso podia executar duas pessoas por minuto, o que era eficiente e rápido demais para o “entretenimento visual” do público.

1- Execução de Robespierre

Maximilien Robespierre liderou o Departamento de Segurança Pública. Ele deveria se livrar dos inimigos da França, mas se corrompeu com o poder. Robespierre se transformou em um ditador, assim como o rei que ele havia executado. Com o novo governo temendo pelo pior, Robespierre e seus seguidores foram presos e sentenciados à morte .

Robespierre não gostou da ideia de ir para a guilhotina. Por isso, tentou atirar na própria cabeça. Infelizmente, ele errou e só conseguiu esmagar sua mandíbula. Dentro de uma semana, ele foi levado para a guilhotina com uma mandíbula enfaixada.

2- Tumbrel

Não se esperava que as vítimas andassem até a guilhotina. Ser condenado a ter sua cabeça cortada também incluiu transporte gratuito. As vítimas eram levadas em uma pequena carroça conhecida como “tumbrel”. Esta fora inicialmente projetada para transportar esterco.

No entanto, uma vez iniciada a Revolução, essas carroças de madeira começaram a ser usadas ​​para transportar as vítimas até a plataforma da guilhotina. Às vezes, a carroça era pintada de vermelho (como na execução de George Danton). Porém, geralmente esses carros eram deixados sem pintura. Essa é uma das coisas que você não sabia sobre a história da guilhotina.

3- Execução de Maria Antonieta

Em 16 de outubro de 1793, Maria Antonieta foi condenada à morte. Embora a rainha tenha sido muito corajosa no processo, sua jornada para a guilhotina não foi muito agradável. Guardas amarraram as suas mãos, cortaram o cabelo para que não ficasse no caminho da guilhotina e a jogaram em um barril. Quando entrou na plataforma, Antonieta pisou no pé do carrasco e o homem gritou de dor. As famosas últimas palavras da rainha foram: “Perdoe-me, senhor. Eu não quis fazer isso”.

Quando a guilhotina estava sendo preparada para sua morte, o carrasco removeu o boné branco que cobria a cabeça da rainha. Acontece que o corte de cabelo imprudente que os guardas lhe deram a deixou quase careca. Todos começaram a zombar de Antonieta.

4- Execução de Luís XVI

Luís XVI foi executado em 21 de janeiro de 1793. Para uma máquina que deveria fornecer uma morte indolor e rápida, o rei morreu horrivelmente. O problema: seu pescoço era tão gordo que a guilhotina não conseguiu cortar a cabeça pela primeira vez. No entanto, deu certo depois de uma segunda tentativa. Um jovem guarda pegou a cabeça sangrenta do Rei para a multidão ver. Essa é uma das coisas que você não sabia sobre a história da guilhotina.

5- Execuções fora de Paris

Infelizmente, o derramamento de sangue não se limitou à Paris. Lyon foi a segunda maior cidade da França antes da Revolução. Seu sucesso é creditado por conta da indústria da seda. De qualquer maneira, a cidade se viu em crise financeira. Por causa disso, Lyon se levantou contra a Revolução, já que muitas pessoas não queriam apoiar um movimento que destruiu seus negócios.

Qual foi a consequência de tudo isso? A cidade de Lyon acabou sofrendo sessões de guilhotina em massa, já que havia muitas pessoas contra a Revolução. A guilhotina não conseguia fazer o serviço com a rapidez necessária. Por isso, os revolucionários trouxeram pelotões de fuzilamento para ajudar a matar mais pessoas.

6- Origem do nome

Não, Dr. Joseph Ignace Guillotin não criou a guilhotina. Antoine Louis teve a ideia inicial e, por isso, ao longo de certo período, a máquina fora conhecida como “Louisette ” ou “Louison”. Guillotin apresentou a máquina para a França. Ou seja, ele era apenas um lobista. Essa é uma das coisas que você não sabia sobre a história da guilhotina.

O médico, porém, fez um discurso intenso sobre acabar com a tortura pública. Assim, seu nome se tornou sinônimo da máquina. Após a morte de Guillotin em 1814, seus filhos tentaram dissociar o nome da família à alcunha da máquina. Em vez disso, eles foram autorizados a mudar o sobrenome. “Guillotin” ficou preso à máquina como cola.

7- Nem os cadáveres escapavam

Guillotin não queria que os criminosos sofressem, segundo suas palavras. Por isso, ele percebia a máquina como um simples e rápido processo de execução. Ele afirmou que tudo o que os executados sentiam eram cócegas e um leve arrepio na parte de trás do pescoço (como ele sabe disso?).

No entanto, houve uma vítima que não sentiu absolutamente nada. Nomeado Charles Valaze, ele esfaqueou-se até a morte em tribunal no ano de 1793. Por causa da lei que Guillotin ajudou a passar, “toda pessoa condenada à pena de morte deve ter sua cabeça cortada”. Assim, a justiça aparentemente foi feita. O juiz ordenou que o cadáver de Valaze fosse guilhotinado.

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