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7 coisas que você não sabia sobre os zoológicos humanos

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É triste pensar que, em pleno século 21, ainda exista racismo. Embora ele ainda seja tão cruel, se olharmos para o passado, veremos como ele já foi pior. Ainda tem muito o que melhorar, mas já chegamos em um momento relativamente bom, se comparado ao que já foi o racismo no passado. A era dos direitos civis, os abusos sofridos pelos negros, escravidão e tantas outras humilhações. Outro exemplo disso foi o fenômeno conhecido como “exibição de vilarejos vivos” ou mais grosseiramente conhecido como: “jardins zoológicos humanos”. Há certos períodos da história que muita gente prefere esquecer de tão terríveis que foram. E esses estabelecimentos podem se inserir entre eles.

No começo dos anos de 1900, na Europa e nos Estados Unidos, era muito comum que seres humanos fossem exibidos como animais em zoológicos. Se os animais já sofrem maus-tratos nesses lugares, com os humanos não era muito diferente. Esse tipo de exibição era muito popular na época. Apresentados como forma de entretenimento, essas exposições eram altamente degradantes para vários grupos de pessoas, principalmente os negros. O espetáculo de humilhação humana era projetado para expor a suposta superioridade do homem branco, e assim foi por muito tempo. Confira a seguir, 7 coisas que você provavelmente não sabia sobre os zoológicos humanos.

1 – Os americanos exibiam os filipinos derrotados na guerra

Depois de saírem vitoriosos da guerra contra as Filipinas, os Estados Unidos encontram uma nova forma de humilhar ainda mais os seus inimigos derrotados. Para isso, eles os colocavam em uma exibição pública como “selvagens”. Até hoje, muitos filipinos estão ressentidos com a forma que seu povo foi tratado pelos americanos. Muitos dos filipinos, que foram expostos nesses zoológicos, pertenciam a tribo Igorot.

 2 – Nativos americanos desfilando como animais na Europa

Que muitos nativos americanos foram maltratados pelos europeus no passado não é segredo. Mas o que nem todo mundo sabe é a profundidade e extensão dos maus-tratos sofridos por eles. Cristóvão Colombo parece não ter sido o herói que contaram nas aulas de História. Embora ele nunca tenha realmente pisado no território, onde hoje é os Estados Unidos, ele encontrou várias ilhas, com nativos americanos em suas viagens. Nessas expedições, ele sequestrou centenas de nativos americanos e os levou para serem exibidos como curiosidades vivas, muito antes das versões modernas de jardins zoológicos humanos.

3 – Primeiro zoológico humano

Colombo realmente era culpado por desfilar pessoas como animais em um zoológico. Mas o primeiro zoológico oficial com exposições humanas foi criado pelo imperador asteca, Montezuma. Diferentemente dos europeus e americanos, Montezuma não tinha interesse em expor os seus inimigos derrotados, ele tinha um interesse particular por anomalias genéticas e pessoas com aparência estranha. No seu zoológico humano, o imperador abrigava albinos, corcundas e até anões, que viviam bem ao lado dos animais.

4 – Safari humano

Embora não seja mais comum expor grupos étnicos distintos apenas por diversão, essa ainda é uma prática real em alguns lugares do mundo. Pelo visto, ainda tem muita gente disposta a pagar para participar da exploração de povos nativos. Os Jarawa, por exemplo, são uma tribo que vive nas ilhas Andaman, na Índia. Eles nunca tiveram muito contato como o restante do mundo, e as leis da Índia fornecem proteção a esses povos. Então, é tecnicamente ilegal que as pessoas interajam com eles de qualquer forma. Mas isso não impediu que algumas empresas de safari oferecessem passeios, com rotas ilegais próprias, para colocar os turistas em contato com os Jarawa, como parte de um show.

5 – Zoológicos humanos recentes

Não há muito tempo atrás, em 1994, houve uma grande exposição na França, chamada “vila viva”, com pessoas da Costa do Marfim. Muitos deles estavam ali, fugindo das péssimas condições de seu país. Eles tiveram seus passaportes confiscados, pelo dono do “zoológico”, quando chegaram, o governo da França. Era esperado que eles fizessem várias coisas “étnicas” divertidas, para entreter o público sem nenhum pagamento. Eles foram informados que receberiam uma recompensa pelo seu “trabalho”, o que não aconteceu. Felizmente, esse circo dos horrores chamou a atenção internacional. Posteriormente, ele até foi fechado, pouco tempo depois, que começou a funcionar.

6 – Mulher africana exibida de fora degradante

Voltando de uma viagem à África, o médico britânico, William Dunlop, conseguiu convencer uma mulher africana, chamada Sartje, a viajar com ele. Embora ele possa lhe ter oferecido algo muito bom para convencê-la a ir com ele, o médico tinha um único objetivo. Em suma, consistia em exibi-la por suas características corporais peculiares. A mulher então foi renomeada para Sarah Bartman. Ela passou a ser exibida por toda a Europa, às vezes até por 11 horas seguidas. Sempre exposta para mostrar a sua condição rara, conhecida como esteatopgia. Graças a essa doença, a mulher tinha um grande acúmulo de gordura na área ao redor das nádegas e dos órgãos genitais. Por esse motivo, ela despertava a curiosidade das pessoas que pagavam para ver o quão “estranha” ela era.

7- Um pigmeu exibido ao lado de primatas

Aos 23 anos de idade, um pigmeu, chamado Ota Benga, foi levado para Nova York, por um explorador chamado Samuel Phillips. O jovem foi tirado de sua terra, para ser tratado como um animal em um zoológico do Bronx. Ele foi solto, nos jardins do zoológico. Além disso, foi incentivado a fazer qualquer coisa que o fizesse parecer com um selvagem. Em pouco tempo, o pigmeu estava convivendo, lado a lado, com os primatas. Assim ele estava atraindo multidões para assistir ao “selvagem” e os macacos. Em meio à repercussão nacional do caso de Benga, muitas pessoas chegaram a protestar contra o flagrante de abuso humano. Mas isso não adiantou muito, tendo em vista que, naquela época, os pigmeus eram vistos como uma raça subumana.

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