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7 cultos religiosos que mudaram o curso da História

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Cultos religiosos sempre foram motivo de discussões e embates históricos. Basta uma breve lida sobre qualquer que seja, para ter uma noção do quanto cada um já teve seu papel relevante em momentos históricos da humanidade. Capazes de alterar ou mesmo mudar completamente condutas, ideologias e vidas de pessoas. As crenças religiosas são partes essenciais da existência de pessoas no mundo inteiro. Desde a defesa de ideias absurdamente curiosas à outras consideradas plausíveis. Sociedades inteiras já se moveram – algumas ainda o fazem com veemência – em função de ritos de fé.

E muitas vezes, esses ritos foram capazes de mudar o curso da história humana. Confira 7 desses cultos religiosos e tenha uma breve ideia de seus efeitos e consequências.

1 – Homens da quinta monarquia

Como um desses grupos religiosos que acreditam no “fim dos tempos”, os Homens da Quinta Monarquia interpretaram livros da bíblia de uma forma que sugeria haver cinco impérios da história. Esses impérios seriam o babilônico, o persa, o grego e o romano. Sendo eles, o quinto defendia que Jesus voltaria à Terra para governar por mil anos de paz.

O movimento espalhou-se por Londres em 1651, e por todo o sul da Inglaterra e País de Gales, atraindo artesãos, comerciantes e oficiais militares descontentes. Todos eles viram Oliver Cromwell como segundo Moisés, que dissolveu o Parlamento em 1651. Quando a guerra anglo-holandesa teve início, esses homens ficaram felizes e com esperança de que ela se espalhasse por toda Europa. Eles queriam que o papa fosse derrubado, pois o consideravam anticristo e ainda, representante do Império Romano.

No entanto, as guerras cessaram e a monarquia britânica foi restaurada. E os Homens da Quinta Monarquia continuaram lutando em embates, até desaparecerem completamente na década de 1680.

2 – Donghak

Em 1860, um intelectual chamado Choe Je-u teve uma visão em que o “Governador do Universo” lhe indicou o elixir da imortalidade e um mantra a ser recitado para salvar o mundo. Foi então que o intelectual a Donghak ou “aprendizagem do oriente”, ensinando que a humanidade estaria unida aos céus e que todas as pessoas eram iguais, independente de diferenças, gênero, riquezas e posição social. Donghak, ou Aprendizagem do Oriente, que ensinou que a humanidade estaria unida ao Céu e a todas as pessoas iguais, independentemente de igualdade, independentemente de gênero, riqueza ou status social.

Poucos anos depois, Choe Je-u acabou sendo morto por autoridades sob o argumento de conspiração contra o governante. Porém, em 1894, um seguidor de Donghak chamado Jeon Bong-jun liderou uma revolta local no distrito de Gobu. Essa revolta ganhou força e proporção, alcançando outros distritos protestando contra a corrupção e altos impostos. Logo a situação havia saído do controle. Assim o governo acabou pedindo reforço militar para China e Japão.

Enquanto a rebelião foi reprimida de forma violenta, as tropas chinesas e japonesas entraram em atrito e desencadearam uma série de eventos.  Tudo isso confluiu para a Primeira Guerra Sino-Japonesa que durou de 1894 à 1910.

3 – Turbantes Amarelos

Em meados da dinastia Han, surgiu uma seita chamada Caminho da Grande Paz. Sob orientação do “general celestial” Zhang Jue, promoviam a longevidade através de versões extremas de rituais taoístas. Com características como jejum, práticas sexuais específicas e grandes reuniões públicas em que pessoas confessavam seus pecados, oravam juntas e se envolviam em rituais de cura pela fé.

Em contrapartida, governantes da então dinastia Han que lutava para se manter, começaram a se organizar para reprimir a seita. E os seguidores da seita reagiram em rebelião e vestindo turbantes amarelos como forma de identificação. O embate durou duas décadas e acabou exterminando a seita. No entanto, os anos de confronto resultaram em destruição de terras e infraestrutura da dinastia.

4 – Ikko-ikki

Ikko-ikki, ou “ligas unidirecionais”, foi uma seita fragmentada do budismo da Terra Pura que causou caos no Japão do século 15. A seita acreditava que a salvação poderia ser alcançada única e exclusivamente através do cumprimento das orientações de Amida, um buda japonês que prometeu também o paraíso da Terra Pura. Acreditavam fielmente em ideias como a morte em batalha por conquista de espaço e mais seguidores, traria recompensas celestes instantâneas. Logo, não era difícil encontrá-los travando batalhas gigantescas em nome de seus ideais religiosos.

Porém, um samurai, chamado Oda Nobunaga, se incomodou com a movimentação causada pelos Ikko-ikki. E como bom estrategista que era, cercou os seguidores da seita com grandes muros. Em seguida, ateou fogo por toda a área e ordenou que matassem a todos os seguidores da seita que tentassem escapar. O resultado disso foi 20 mil mortos em um dia.

5 – Os cátaros

Seita de origem misteriosa, os Cátaros surgiram no sul da França entre os séculos 18 e 19. E apesar de se considerarem cristãos, a Igreja Católica os acusava de hereges. Mesmo que ambos acreditassem no mesmo tipo de existência divina, muitos conceitos relacionados a essa divindade, e as condutas humanas em relação à ela, divergiam em vários pontos. Até que, por volta do ano de 1208, o Papa Inocêncio III lançou a Cruzada Albigense com o intuito de combater os cátaros.

Ao mesmo passo em que a Europa Medieval também se voltou contra os mesmos. Segue a partir daí, uma guerra que ultrapassou gerações e que, através dos exércitos santos e europeus, exterminou os povos cátaros.

6 – Wovoka e sua intuição divina e mortal

No início do ano de 1889, um homem chamado Wovoka teve alucinações durante uma crise de febre forte. Segundo ele, havia entrado em contato com Deus e espíritos felizes. E nesse encontro divino, lhe foi orientado que sua tribo deveria abandonar a guerra e tudo que a envolvia, além de trabalhar pacificamente com os colonos brancos.

O problema é que os colonos viam os povos nativos como perigosos e violentos. Ainda assim, Wovoka afirmava a mensagem e conduta de pacificidade enviada por Deus e acabou atraindo muitos seguidores entre os povos nativos. Tempos depois, houve o massacre de Wounded. Ocorrido em que militares dizimaram Wovoka e seus seguidores.

7 – Mahdiyya

Durante o século 19, o Sudão era governado por turcos-egípcios que comandavam o tráfico de escravos. A Grã-Bretanha, por sua vez, tentava acabar com esse tipo de prática à época. E no meio disso tudo, os sudaneses tornaram-se marionetes das grandes potências. Até que, em 1881, um clérigo chamado Muhammad Ahmad alegou ser Mahdi, um tipo de figura messiânica do Islã. Ele pregava igualdade universal e distribuição comum dos bens e através de denúncias, acusava turcos otomanos de indignos.

Mahdi e seus seguidores promoveram uma guerra santa, viajando por todo o país em busca de massacrar Gordon e seus homens. Estabeleceu-se então um governo baseado em sua autoridade absoluta política e espiritual.

Com o tempo, o Estado foi tomado por burocratas. Porém, Mahdi é considerado o pai do nacionalismo sudanês até hoje.

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