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7 escândalos que a Disney quer que você esqueça

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Com quase um século de existência, o que não falta para a Walt Disney são histórias. A companhia foi criada em 1923 com o intuito de manter as crianças entretidas e as famílias felizes. Objetivo mais nobre não há! Depois de tanto tempo, chega a ser difícil acreditar que a empresa leva o nome de uma pessoa real. Começando o estúdio de animações, o próprio Walt Disney participava de todo o processo de criação. Foi ele quem criou Mickey Mouse, o personagem que viria a se tornar o símbolo de seu mundo encantado – ou deveria dizer império?

Em 1938, o estúdio lançou seu primeiro longa animado, A Branca de Neve e os Sete Anões. A partir de então, foi um degrau depois do outro. A Disney pegava as histórias clássicas dos Irmãos Grimm e de Charles Perrault e as adaptava para animações cheias de cores. Deu muito certo! Aos poucos, o estúdio se tornou referência no meio e passou a ditar o padrão de qualidade das animações. Para além das telas, Walt Disney se tornou um império da comunicação. A empresa hoje é dona, provavelmente, de metade dos estúdios de Hollywood e canais de televisão. Além de ter vários parques temáticos, rede de hotéis e de ganhar bilhões de merchandising.

Mesmo assim, com tanto tempo de vida, nem mesmo o Mickey consegue escapar de alguns escândalos aqui e ali. A seguir, separamos alguns deles.

1 – As diversas alegações de plágio

O problema de alegar plágio contra um império é que, por ter pouca notoriedade, ninguém tende a acreditar. Além disso, ninguém realmente se importa. Aos olhos do público geral as produções da Disney são sagradas e quaisquer acusações não passarão de pessoas com inveja da Casa do Mickey. As animações Zootopia, Frozen e Detona Ralph são os exemplos mais recentes de plágio envolvendo enredo. As acusações existem em outras áreas também, como nas músicas – a exemplo disso temos o clássico Mary Poppins. Para completar, ainda há o famoso caso de O Rei Leão, denunciado por ser uma cópia de Kimba, o Leão Branco, animação japonesa de 1965.

2 – Apropriação de cultura

Conservadora como a nobreza inglesa, em 2016 a Disney mostrou que estava disposta a seguir as mudanças sociais do tempo. Assim, ela lançou Moana, sua primeira animação com foco na cultura polinésia e com uma protagonista feminina. O estúdio foi muito elogiado pela atitude e o filme aclamado pela crítica e público. O problema veio depois, no Halloween. A Disney colocou à venda fantasias baseadas no personagem Maui, com tecido marrom que estampavam suas tatuagens regionais. A roupa causou polêmica e a empresa foi acusada de apropriação cultural.

3 – A transformação sexualizada de Merida

Merida é uma das poucas princesas da Disney com estilo próprio que não quer e nem precisa de um príncipe para resgatá-la. Até porque, ela ainda é uma criança. Da imagem ao comportamento, a personagem foi um suspiro de alívio para muitos fãs do estúdio, pois a Disney/Pixar parecia querer mudar sua ideia de como as mulheres realmente poderiam ser. O problema, contudo, veio após o lançamento do filme, com o marketing nos produtos licenciados. Merida passou por uma reformulação que a deixou com mais padrões de beleza convencionais. Ela ficou mais magra, com sobrancelhas elevadas, cabelos mais comportados, além de perder parte do tecido que cobria seus ombros. Claro, a mudança deu o que falar.

4 – Abuso de animais nos parques

Quando há dinheiro envolvido em qualquer lugar, nenhuma vida vale o lucro. A Walt Disney tem dezenas de parques espalhados pelos Estados Unidos, cada um com uma polêmica diferente, inclusive envolvendo sonegação de impostos. Em 1998, a empresa inaugurou o Animal Kingdom. O parque tinha a proposta de mostrar para as pessoas os animais em seus “ambientes naturais”. Em outras partes do mundo esses lugares são chamados de zoológico. Houve bastante controvérsia na época e mesmo relatos de mortes de alguns animais. No dia da inauguração houve um grande protesto na porta do parque e 150 policiais presentes. Porém, estamos falando da Disney, e isso significa que o parque funciona até hoje.

5 – Controvérsia na canção de Aladdin

A Disney entrou em confusão com o povo árabe ao lançar Aladdin nos cinemas. Na música Arabian Nights, há uma parte que eles não gostaram. Ela diz: “Onde eles cortam sua orelha se não gostarem do seu rosto. É bárbaro, mas hey, é o lar!”. Os árabes consideraram a letra ofensiva e reclamaram. A Disney ainda defendeu o uso da frase, mas no fim ela foi substituída na versão home video.

6 – O assédio de John Lesseter

John Lesseter foi a pessoa por trás do sucesso da Pixar por anos. Ele levou diversas mudanças para dentro do estúdio e trabalhou com centenas de pessoas. Era um nome importante e de respeito dentro da indústria, pelo menos até esse ano. Com a repercussão do caso de assédio sexual envolvendo o predador e produtor Harvey Weinstein, várias pessoas se sentiram encorajadas a denunciar seus assediadores. Lesseter foi um dos nomes na lista negra, com diversas acusações de membros da sua equipe. Dada a proporção do escândalo, ele foi afastado da presidência da Pixar permanentemente.

7 – A demissão de James Gunn

Este é o escândalo mais recente da lista. Até porque nem foi completamente resolvido. Para o público, a Disney prega sempre os bons costumes. Por isso, quando twittes antigos de James Gunn, nos quais ela fazia piadas com estupro e pedofilia, começaram a circular pela internet, o estúdio tratou de dispensar o cara. Todo mundo foi pego de surpresa pois Gunn é o homem responsável por dar vida à franquia Guardiões da Galáxia. O sucesso, digamos, foi ele quem fez. Ele dirigiu e roteirizou os dois primeiros filmes e já estava com a produção do terceiro marcada. Porém, foi demitido! Os twittes são de 2008 a 2011 e ele alega ser uma pessoa mudada desde então. No entanto, sua demissão permaneceu mesmo depois da reunião com os acionistas. Ele se tornou mais um escândalo que ninguém se lembrará daqui uns anos.

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