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7 fatos intrigantes sobre as relíquias católicas

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Uma das tradições mais frequentes, mais fascinantes e talvez mais questionáveis da Igreja Católica seja a veneração das relíquias. Relíquias são objetos físicos que estão associados diretamente com santos ou com o próprio Deus. Ela significa um fragmento ou resíduo de coisas que foram, mas que agora não são mais.

Existem três tipos de relíquias. As chamadas de primeira classe são o corpo ou fragmento do corpo de um santo. Como por exemplo a carne ou um osso. As relíquias de segunda classe são algo que pertenceu ao santo, como uma camisa ou um livro, ou fragmentos desses objetos. E as de terceira classe são objetos que o santo tocou ou que foram tocados por uma relíquia de primeira, segunda ou outra de terceira classe.

Qualquer parte do corpo do santo é sagrada e pode ser colocada em um relicário. Ossos, carne, cabelo e sangue também são considerados relíquias. Mas as relíquias não são mágicas. Não contêm um poder próprio, um poder separado de Deus. As relíquias podem ser armazenadas de várias formas, mas a maior honra que a Igreja pode conceder a uma relíquia é colocá-la dentro de um altar onde possam celebrar a missa. Nessa lista separamos algumas relíquias e fatos sobre elas.

1 – Santo Sudário

Sudário de Turim ou Santo Sudário é uma peça de linho que mostra a imagem de um homem que, aparentemente, sofreu traumatismos físicos de maneira parecida aos da crucificação. O saudário está guardado na catedral de Turim, na Itália, desde o século XIV. Essa peça é raramente mostrada ao público, sua última exposição foi no ano de 2010 e atraiu 50 mil fiéis.

Ele é uma das relíquias não feita pelas mãos e vários cristãos acreditam que seja o tecido que cobriu o corpo de Jesus após sua morte. A imagem no manto é mais nítida no negativo fotográfico, ou seja, na imagem em preto e branco, ainda mais do que em sua coloração natural. A origem da peça conhecida como Santo Sudário tem sido objeto de grande polêmica. O ensaio de carbono-14, para definir a época do objeto, mostrou que a peça datava entre 1260 e 1390, ou seja, durante a Idade Média aproximadamente treze séculos depois à vida de Jesus. Alegações de incertezas e erros nos exames surgiram imediatamente após a publicação dos resultados. De lados opostos estão os crentes que explicam o tecido como a mortalha de Jesus e os céticos que o consideram uma falsificação do século XIV. Ambos os lados utilizaram diversos tipos de argumentação científica para provar as suas teorias.

2 – Arca da Aliança

Esse objeto é descrito na Bíblia como o lugar onde as tábuas dos dez mandamentos e outros objetos sagrados teriam sido guardados. Era também o veículo de comunicação entre Deus e seu povo escolhido. Ela foi utilizada pelos hebreus até seu desaparecimento, que segundo especulações, ocorreu na conquista de Jerusalém por Nabucodonosor.

Segundo o livro do Êxodo, a montagem da Arca da Aliança foi orientada por Moisés que, por instruções divinas, indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tábuas da lei, a vara de Aarão e um vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança de Deus com o povo de Israel. Ela era uma caixa de madeira de acácia com um metro e dez centímetros de comprimento e setenta centímetros de largura. Ela foi coberta de ouro por dentro e por fora e tinha uma bordadura de ouro ao redor. A Arca permaneceu como um dos elementos centrais do culto a Deus praticado pelos israelitas durante todo o período monárquico.

Não existem certezas se ela realmente existiu ou se foi destruída. O fato é que antes de atear fogo ao Templo, os soldados de Nabucodonosor levaram para a Babilônia todos os objetos e utensílios sagrados que os judeus usavam nos rituais em seu santuário como trunfo de sua vitória. Porém, na terceira invasão no ano 586 a.C a Arca da Aliança foi escondida em uma caverna próxima à Jerusalém e desde aquele dia a arca nunca mais foi vista.

3 – Língua de Santo Antônio

Essa relíquia de primeira classe pertenceu à Santo Antônio. O santo, apesar de ser natural de Lisboa, é referido pela cidade em que morreu, Pádua. Em vida ele realizou vários milagres e seu processo de canonização não durou um ano. No ano de 1232 os confrades do santo e os moradores de Pádua começaram a construir uma basílica para ele.

Na transferência do corpo de Santo Antônio para a igreja, eles viram que sua língua estava em perfeito estado. O membro que fez vários milagres é mantido hoje em um relicário de ouro na basílica do santo.

4 – Mão de Santo Estevão

Outra relíquia de primeira classe é essa mão real. O rei santo nasceu no que é hoje a Hungria. Herdeiro do trono, o príncipe assumiu a coroa quando seu pai morreu, e desde então queria fazer com que seu povo se evangelizasse.

Ele construiu várias igrejas e mosteiros. Depois da sua morte, também durante a exumação do corpo para a beatificação, perceberam que sua mão estava em perfeito estado. A mão do santo foi retirada para se tornar a relíquia mais importante da Basílica de Santo Estevão em Budapeste.

5 – Túnica da Virgem

Assim como o Santo Saudário, essa túnica é uma relíquia de segunda classe. A túnica abençoada dizem ser a veste usada pela virgem Maria quando deu a luz à Jesus. Ela está hoje na Catedral de Chartress, na França.

A história diz que a túnica foi dada à igreja em 876 e foi destruída por um incêndio em 1194, mas assim como Jesus, três dias depois a veste foi encontrada na tesouraria da igreja.

6 – Barba de Maomé

Como diz o ditado: se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até Maomé. E é exatamente isso que você pode fazer. Essa relíquia de primeira classe, segundo a história conta, foi conseguida pelo barbeiro preferido do profeta.

Existem apenas três para serem vistos, um no palácio de Topkapi em Istanbul, outro na mesquita de Harzatbal que fica em Indian Srinagar e o terceiro, no museu de valores regionais que pertence ao Conselho Municipal de Tyumen.

7 – Sangue de San Gennaro

O santo protetor de Nápoles, na Itália, tem mantido a promessa de proteger a cidade. Pelo menos é isso que os fiéis acreditam. Uma relíquia de primeira classe do santo é mantida para os fiéis apreciarem.

O cálice que tem o sangue seco do santo exatamente na data de sua morte, se liquefaz. Vários fiéis vão todos os anos à igreja de Nápoles ver o milagre do sangue.

Cobrir o vaso com papel higiênico aparentemente não funciona, muito pelo contrário

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