História

7 fatos pouco conhecidos sobre a escravidão ao redor do mundo

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É natural que sempre que abordemos a escravidão, venha em nossa mente as atrocidades que ocorreram em nosso país. De índios a escravos traficados da África… Tivemos uma das piores e mais cruéis colônias em todo o mundo. Mas não devemos nos esquecer que outras partes pelo globo também enfrentaram as mesmas situações. Em todo caso, a escravidão é uma vergonha mundial.

Um dos agravantes do caso é que na maior parte das vezes em que as nações declararam abolição da prática, não foi levado a sério. Infelizmente, os traficantes de escravos movimentavam boa porcentagem da economia das nações. Era um negócio rentável e quando chegou ao fim, esses proprietários tiveram grandes perdas. De forma contrária ao nosso bom senso, muitas nações resolveram recompensar esses traficantes, ao invés de proporcionar nova vida aos escravos libertos.

De fato, foram anos de muito sofrimento e sangue derramado. E embora já não seja algo comum para nós, ainda é possível encontrar pessoas sendo escravizadas. Dessa forma, nós aqui da Fatos Desconhecidos separamos abaixo 7 fatos pouco conhecidos sobre a escravidão ao redor do mundo. Confere aí!

1 – A maior parte do orçamento da Grã-Bretanha foi destinado ao pagamento de escravos

A maior preocupação do Império Britânico ao abolirem a escravidão, em 1833, era com os donos de escravos, uma vez que nenhum deles reagiu bem. Apenas para que você tenha ideia, estima-se que o governo tenha gastado mais de 20 milhões de libras para reembolsar os traficantes de escravos que haviam perdido sua fonte de renda, isso significa que gastaram mais de 40% da renda do Tesouro que o país tinha.

Até o ano de 2015 ainda não tinham terminado de pagar essa dívida. Isso indica que os impostos britânicos foram destinados para pagar impostos a proprietários de escravos por 182 anos. Enquanto isso, os escravos não viram nenhum centavo desse dinheiro, nem receberam assistência de nenhuma natureza. Absurdo!

2 – Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão

O tráfico de escravos para o Brasil foi maior do que em qualquer outro lugar da América do Norte ou do Sul. Estima-se que 32% dos africanos retirados do continente tenham sido encaminhados ao nosso país. Como se não bastasse, a escravidão ainda durou muito mais tempo por aqui do que em qualquer outro lugar das Américas. Muitos proprietários de escravos dos EUA, por exemplo, acabaram se mudando para cá após não aceitarem a abolição em seu país.

3 – Revolta de escravos garantiu liberdade no Haiti

Os escravos haitianos tomaram conhecimento da Revolução Francesa e, a partir do ponto de vista deles, parecia que os escravos brancos haviam se revoltado contra seus senhores da França. Dessa forma, armaram uma revolta para se livrarem de seus proprietários. Alguns começaram a usar faixas em branco, vermelho e azul, como forma de apoio à Revolução Francesa, indicando também que as coisas estavam prestes a mudar.

Foi em outubro de 1790 que deram início a uma revolta, que inicialmente contava com apenas 350 escravos, mas que acabou ganhando força com o passar do tempo. Foram 14 anos até que conseguissem conquistar sua liberdade. Tiveram que enfrentar o exército francês, que foi chamado para apartar o conflito, mas acabaram vencendo.

4 – Primeiro Presidente Negro do México aboliu a escravidão

Depois do primeiro presidente negro chegar ao poder no México, já era de se esperar que a escravidão no país não durasse por muito mais tempo. Vicente Ramon Guerrero Saldana, mais conhecido como Vicente Guerrero, era descendente de afro-mestiços. Tomou posse no dia 1 de abril de 1829 e ainda no mesmo ano, conseguiu abolir a escravidão, especificamente, em 16 de setembro.

Pode ter significado uma grande vitória para os escravos, mas em contrapartida, isso levou à fúria os proprietários. Muitos moravam no Texas, o que acabou fazendo com que o estado declarasse independência. Além disso, ainda foram os responsáveis pela execução do presidente, por um pelotão de fuzilamento do local. Apesar da tragédia, a lei permaneceu em vigor.

5 – Grã-Bretanha forçou Zanzibar a abolir a escravidão em menos de uma hora

Ao fim do século 19, Zanzibar ainda abrigava um forte comércio de escravos, representando o maior de todo o mundo naquele período. No entanto, os britânicos pretendiam acabar com essa situação. Tentaram resolver tudo de forma pacífica, apenas aplicando algumas sanções econômicas. Mas a principal fonte de renda de Zanzibar vinha, de fato, do comércio de escravos e dessa forma, os britânicos não conseguiriam nada.

A partir daí, resolveram agir agressivamente. Em 1896, uma frota britânica foi instalada no palácio do sultão e começaram a bombardear tudo ali, sem sentido algum. Tudo não durou mais de uma hora, até que o sultão se manifestasse alegando que se rendia. Mais de 500 pessoas morreram durante o ato, e esta foi considerada como a guerra mais curta de toda a história.

6 – Comerciantes australianos afogaram seus escravos ao invés de conceder liberdade

A Austrália foi, sem dúvida, uma das nações mais cruéis com os escravos. Claro, não devemos desconsiderar tudo que aconteceu pelo mundo, mas neste caso em específico, as coisas eram horríveis em intensidade ainda maior. Um dos oficiais britânicos que foi para o país chegou a afirmar que “o tráfico de escravos é misericordioso comparado com o que tenho visto“.

Inicialmente a Austrália contava com escravos brancos, mas que logo foram substituídos pelos aborígenes para trabalharem nas plantações de açúcar. No entanto, a libertação deveria ter ocorrido em 1833, assim que o Império Britânico anunciou a abolição da escravidão, mas os australianos simplesmente ignoraram.

Passaram a chamar seus escravos de “servos contratados”, continuando a usá-los da mesma forma durante a maior parte do século. Foi apenas 61 anos depois que os australianos foram realmente obrigados a libertarem seus escravos. No entanto, alguns dos traficantes da região ainda se negaram a fazer isso, soltando seus escravos ao mar para que morressem afogados.

7 –  Mauritânia ainda possui escravos

Mauritânia é um país africano e, por mais absurdo que seja, ainda mantem a escravidão. Estima-se que 1% de sua população ainda tenha que enfrentar tal situação, com crianças já nascidas para este destino. Aqueles que possuem a pele mais clara são os proprietários… Enquanto os de pele mais escura permanecem como escravos, chamados de “mouros negros” no local. Apenas para que você tenha ideia, uma das tradições de casamentos na região, é dar um escravo de presente aos recém-casados.

No papel, a escravidão no país foi abolida no ano de 1981. Entretanto, ela ainda corre solta pelas ruas e sem precisar ser escondida. Por outro lado, a partir de 2012 o governo começou a punir fortemente aqueles que eram proprietários de escravos. Isso porque as Nações Unidas tornaram público este caso, fazendo com que o primeiro traficante do segmento fosse preso.

E então pessoal, o que acharam? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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