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7 fatos que você não sabia sobre o Bandido da Luz Vermelha

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João Acácio invadiu e roubou pelo menos 150 mansões da elite paulistana, entre os anos de 1966 e 1967. Como se não bastasse, estuprou mais de cem mulheres e matou entre 10 e 12 pessoas. Ele conseguiu desmoralizar toda a polícia de São Paulo, inclusive o próprio Secretário de Segurança Pública da época. Sua figura violenta ficou eternizada em O Bandido da Luz Vermelha, filme dirigido por Rogério Sganzerla. O Bandido da Luz Vermelha foi condenado em 88 processos, sendo 77 roubos, quatro homicídios e sete tentativas. Todos esses crimes renderam 351 anos, 9 meses e 3 dias de reclusão em regime fechado. Entretanto, a lei brasileira não permite que um preso permaneça mais que 30 anos na prisão.

É complicado classificar João Acácio dentro das concepções subentendidas quanto aos criminosos de renome. Sua imensa inteligência para se safar da prisão fez com que ele virasse uma figura mitológica da história brasileira. Acompanhe a lista para conhecê-lo em diferentes vertentes.

1- Bandido da Luz Vermelha

João Acácio Pereira da Costa (24 de junho de 1942 – 5 de janeiro de 1998) foi um notório ladrão brasileiro. Mas por que Bandido da Luz Vermelha? A nomenclatura reside na maneira em que João Acácio cometia os crimes. Ele costumava usar uma lanterna com facho de luz vermelho para intimidar suas vítimas. Por isso, fora apelidado dessa maneira.

2- Infância

Em 1967, o Bandido da Luz Vermelha relatou à polícia maus-tratos cometidos pelo tio tutor, José Pereira da Costa. O assassino contou que ele e o irmão, durante à infância, eram submetidos a trabalhos forçados pelo tio para ter o que comer. De acordo com o criminoso, ambos foram torturados física e psicologicamente pelo parente. Todas as acusações foram negadas.

3- Homicídios

Após fugir da casa de seu tio, João Acácio decidiu viver nas ruas de Joinville. Ele começou a praticar pequenos delitos (como roubos de guarda-chuvas e de roupas). Como a polícia da cidade desconfiara do sujeito, ele teve que se mudar para Curitiba.

Entretanto, seguiu rumo à Baixada Santista/São Paulo. A partir daí, O Bandido da Luz Vermelha passou a viajar para a capital com o objetivo de praticar seus primeiros crimes em residências luxuosas. Foram dezenas de assaltos, estupros e homicídios cometidos pelo bandido.

O primeiro homicídio aconteceu em 3 de outubro de 1966. O estudante Walter Bedran, de 19 anos, ao tentar surpreender o bandido, foi alvejado com um tiro na cabeça. Onde? Sumaré. No ano seguinte, o Bandido da Luz Vermelha assassinou o vigia José Fortunato. Tudo isso porque o homem tentara impedir sua entrada na mansão em que fazia guarita, no Ipiranga.

4- Pseudônimo anterior

Antes de se tornar o “Bandido da Luz Vermelha”, João Acácio era chamado de “Homem Macaco”. O motivo também reside nos seus meios de cometer os crimes, mas não como a sua luz vermelha. Ele usara um macaco hidráulico para alargar as grades das casas em que roubava.

Para lucrar ainda mais com os roubos, viu que seria inevitável a opção de acordar os donos da casa. Durante certa época, começou a incendiar pilhas de livros ou o carpete com o objetivo de chamar a atenção. Assim, ganhou o nome de “Bandido Incendiário”.  Além disso, também já foi denominado de “Mascarado”.

5- Condenação

O Bandido da Luz Vermelha foi preso no dia 7 de agosto de 1967, após incessante investigação policial. Fora descoberto que ele vivia sob a identidade falsa de Roberto da Silva. Luz Vermelha foi condenado em 88 processos, sendo 77 roubos, quatro homicídios e sete tentativas de homicídios.

Logo nos primeiros meses de detenção, João Acácio escreveu de dentro da cela uma carta em que denunciou frequentes ameaças de morte. Segundo a Folha de São Paulo, o relato foi publicado na capa do “Notícias Populares” em 6 de outubro de 1967.

6- Bandido da Luz Vermelha é liberado

O Bandido da Luz Vermelha seria solto no dia 23 de agosto de 1997, após 30 anos de prisão. Entretanto, atendendo um pedido do Ministério Público, o magistrado alegou que a sociedade não poderia ficar à mercê de um criminoso como ele. No dia 26 de agosto do mesmo ano, após análises de laudos médicos, Cunha Bueno revogou a liminar. João Acácio estaria de volta às ruas.

7- O fim de sua história em vida

No dia 7 de janeiro de 1998, o Bandido da Luz Vermelha foi assassinado com um tiro na cabeça. O disparo foi feito pelo pescador Nelson Pisingher, de 46 anos. Segundo Pisingher, a atitude foi tomada para salvar a vida de seu irmão, Lírio.

Aparentemente, ele foi ameaçado pelo bandido com uma faca. O conflito começou após desentendimentos por causa de assédios cometidos por João Acácio contra a mãe e esposa do pescador.

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