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7 filantropos respeitados que na verdade fizeram coisas horríveis

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Nada como uma boa filantropia para tirar o famigerado peso na consciência, não é mesmo? Alguns acham que realizar boas ações é sinal de que você é uma ótima pessoa. Não me entenda mal: de acordo com o The Guardian, a Fundação Bill e Melinda Gates é creditada por salvar 122 milhões de vidas em todo o mundo e isso é louvável. No entanto, as coisas não são tão simples como aparentam. A ação por si só pode ser maravilhosa, mas ela não exclui os antecedentes intrínsecos à pessoa que executa as benfeitorias. Pensando nas contradições humanas, preparamos uma lista com 7 filantropos respeitados que na verdade fizeram coisas horríveis. É cada podre que não acaba mais.

Mesmo com todos os nossos defeitos, somos seres capazes de semear generosidade por meio de ações empáticas. Essas qualidades nos engrandecem enquanto pessoas e, ao mesmo tempo, fornecem subsídios para que o mundo seja um lugar mais justo. Disso nós não temos dúvidas. Mas e quando nem a filantropia é suficiente para afugentar os “defeitos” das pessoas?

1- John D. Rockefeller

John D. Rockefeller é lembrado principalmente por duas coisas hoje: a sua fortuna infindável e a sua propensão à caridade. Só que se esquecem de sua inegável paixão pela eugenia. Segundo o The Guardian, durante a década de 1930, a Fundação Rockefeller fomentou institutos de raça e eugenia na Alemanha nazista, incluindo o financiamento de médicos nazistas de alto escalão.

2- John Paul Getty

Décadas passadas, a resposta para a pergunta “quem é o homem mais rico do mundo?” definitivamente seria John Paul Getty. O magnata do petróleo ganhava o suficiente para comprar e vender a maioria das outras pessoas ricas. Além disso, ele doou milhões à Grã-Bretanha na National Gallery, se tornando um grande filantropo em vida.

Contudo, existia um grupo de pessoas a quem Getty se recusava a dar nenhum centavo: sua própria família. O ápice da avareza aconteceu quando seu neto, John Paul Getty III, foi sequestrado por gangsteres italianos. Getty se recusou a pagar pelo resgate de US$ 17 milhões. Em vez disso, pechinchou até chegar aos US$ 2,2 milhões. Por que um valor tão específico? Porque essa é a quantia que ele poderia anular como uma dedução fiscal.

3- Andrew Carnegie, mais conhecido como o “pai da filantropia”

Mesmo se Andrew Carnegie vivesse hoje, sua riqueza seria entorpecente. O seu patrimônio líquido em dólares seria proporcionalmente avaliado em US$ 310 bilhões nos dias de hoje. Isso é mais ou menos o dobro do que Jeff Bezos possui, embora Bezos esteja vivendo em tempos muito diferentes.

Apesar de toda a frieza do controle de Bezos, até mesmo o pior depósito da Amazon não pode ser comparado às siderúrgicas vitorianas de Andrew Carnegie.

De acordo com o The Economist, os acidentes de trabalho nas fábricas da Carnegie já foram responsáveis ​​por 20% de todas as mortes de adultos do sexo masculino em Pittsburgh.

E a consciência? Será que morreu tranquila?

4- George Soros

Durante a década de 1990, Soros fez muito dinheiro apostando contra moedas em todo o mundo. Embora seus métodos fossem legais, eles ainda desencadearam crises monetárias em vários países, acabando com as economias e, em geral, atrapalhando qualquer pessoa com menos dinheiro do que ele (ou seja, todos).

Tudo começou em 1992, quando Soros apostou pesado contra a libra britânica, levando a algo chamado Black Wednesday, quando o valor de 3,3 bilhões de libras foi retirado do Banco da Inglaterra, de acordo com o Times de Londres. Mas este foi apenas o começo.

Em 1997, Soros transformou essas mesmas táticas em uma série de moedas asiáticas, resultando em uma grande crise financeira que consumiu a região. E a filantropia? Muito bem feita, diga-se de passagem. É isso o que importa, não é?

5- Henry Ford: o filantropo nazista

Henry Ford era tanto um doador generoso quanto profundamente generoso. Os locais de filantropia estimam que ele doou 33% de sua renda, distribuindo-a presencialmente para as pessoas. Por outro lado, ele desprezava a caridade organizada e pensava que dar aos pobres os tornariam preguiçosos.

Ford admirava homens que saíam e faziam o que queriam, usando cada grama de força para abrir caminho até o topo. Isso pode, de algum modo, explicar porque ele tanto admirava um homem em particular. Durante a década de 1930, Henry Ford era amigo de Adolf Hitler.

Hitler elogiou Ford em Mein Kampf e manteve uma grande imagem do americano em seu escritório. Parece que Ford ficou feliz em retribuir o favor. Ainda em julho de 1938, ele viajava para a Alemanha para receber um prêmio nazista. Esse é um dos filantropos respeitados que, na verdade, fez coisas horríveis.

6- Thomas Holloway

O filantropo vitoriano Thomas Holloway é tão bem visto na Inglaterra a ponto de seu nome ainda estar ligado às instituições famosas de Londres, como o Royal Holloway College. Ao longo de sua vida, Holloway acumulou uma fortuna vendendo remédios antes de dar seu dinheiro de volta às pessoas que ele já havia ajudado muito. Medicina e doação para caridade? Uau.

Havia apenas um problema com o remédio vendido de Holloway para as massas. Ele não era médico ou farmacêutico licenciado. Na verdade, ele não tinha licença alguma. As pílulas com as quais Holloway fez sua fortuna não tinham propriedades medicinais.

Segundo a BBC, cientistas testaram uma série de produtos Holloway depois que o filantropo morreu. Eles relataram que “poucos de seus produtos continham ingredientes considerados de valor medicinal significativo”.

7- Mark Zuckerberg

Entre 2010 e 2015, Zuckerberg defendeu algo no Facebook chamado Open Graph. Isso deu aos anunciantes acesso quase ilimitado aos dados mais privados, mesmo que ninguém não tenha dado consentimento. O Open Graph foi tão invasivo que a Wired já o chamou de “a arma fumegante” dentro do escandaloso contexto da rede social.

No entanto, olha só: em 2015, Mark Zuckerberg e sua esposa, Priscilla Chan, anunciaram que doariam 99% de sua fortuna para caridade. Isso já compensa muitos de seus pecados, não é?

Ou não? Bom, o juízo de valor fica por sua parte.

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