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7 filmes excelentes que você não quer assistir outra vez

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Diante da vastidão de títulos produzidos pela indústria cinematográfica, não é incomum encontrarmos um filme tão bom, que nos leve a reassisti-lo diversas vezes. Ao mesmo tempo, existem produções tão ruins, que nos fazem acreditar que foi uma perda de tempo assisti-las. Logo, a ideia de revisitá-las é totalmente descartada. Contudo, em meio a esses dois casos, existe uma terceira situação um pouco mais rara. Estamos falando de quando um filme conta com uma história emocionante, atuação fenomenal e técnica impecável e mesmo assim você não o assistiria novamente. Tudo depende da sensação que ele te proporciona. Talvez seja triste, violento ou perturbador demais. Existe uma série de motivos que podem te levar a se sentir assim, a pensar que uma vez já foi suficiente.

Pensando nisso, selecionamos alguns filmes que se encaixam nessa categoria. Existe a probabilidade de você já conhecer alguns e até se interessar em conferir outros. Contudo, em ambos os casos, garantimos que você não irá assisti-los uma segunda vez.

7 – A Estrada (2009)

Conhecido como o mais afetivo dentre todos os filmes pós-apocalípticos, A Estrada é uma adaptação fiel do livro de Cormac McCarthy. Ao passo que somos apresentados a uma versão desolada e destruída da América, também conhecemos dois personagens, um homem sem nome e seu filho. Embora vivam em um mundo enfermo e sem esperança, ambos procuram pelo mar e, quem sabe, um vislumbre de esperança. Ademais, o desempenho de Viggo Mortensen, nesse filme, é considerado um dos melhores de sua carreira.

O design de produção também não fica atrás. Afinal, o longa consegue projetar, de forma impecável, o cenário sombrio em que os personagens vivem. Assim, a paisagem cinzenta se torna sufocante depois de um tempo, o que acaba favorecendo a angústia provocada por algumas cenas. Só para ilustrar, existe um momento em que pai e filho encontram um porão cheio de pessoas, que foram cortadas para serem devoradas, ainda vivas. De acordo com o WhatCulture, esse momento é tão perturbador e tenso, que te deixará com dor no estômago.

6 – Anticristo (2009)

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Se você já assistiu Melancolia, Ninfomaníaca e A Casa que Jack Construiu, sabe que Lars von Trier gosta de fugir do convencional. Embora algumas obras do diretor não sejam levadas a sério, esse não é o caso de Anticristo. Na verdade, seguindo a onda de seus filmes sombrios e preocupantes, esse longa de 2009 chega a ser descrito como o mais horrível de todos. Assim como em A Estrada, os personagens aqui não recebem nome. Além disso, acompanhamos um casal fugindo para sua cabana isolada na floresta, após a morte de seu filho. Contudo, assim que os dois chegam lá, as coisas começam a fugir do controle. O homem passa a ter visões assustadoras e a mulher vai, lentamente, perdendo sua sanidade mental.

Da cena de abertura, onde vemos a morte da criança, até a mudança para a floresta , tudo vai se tornando gradativamente perturbador. Por exemplo, em uma manhã, o homem acorda e vê sua mão coberta de carrapatos e, mais tarde, ele vê sua esposa comendo as próprias tripas enquanto afirma que “o caos reina”. Se você achou isso grotesco, saiba que é só uma pequena amostra do que é apresentado no filme. A brutalidade sexual explícita na produção é uma das coisas mais desconfortáveis já mostradas no cinema.

5 – Túmulo dos Vaga-Lumes (1988)

O Studio Ghibli é, sem dúvidas, uma das maiores empresas de animação do mundo. Ao longo dos anos a companhia foi responsável por conquistar inúmeros corações com suas produções. Sendo assim, não foi surpreendente ver o público ficar animado após a Netflix confirmar que os 21 filmes do estúdio entrariam em seu catálogo. Pois bem, além de longas calorosos como Meu Amigo Totoro, Ponyo e Porco Rosso, a produtora também trabalhou com contos mais sombrios, como A Viagem de Chihiro. Isso ocorre porque Ghibli busca atender tanto o público infantil quanto o adulto. Sendo assim, podemos citar Túmulo dos Vaga-Lumes como o mais maduro de seus cânones. Afinal, essa produção se trata de um filme de guerra fúnebre.

Ao passo que vemos Seita e sua irmã mais nova, Setsuko, sendo forçados a fugirem de seu lar durante a Segunda Guerra Mundial, também nos surpreendemos ao descobrir o cadáver de Seita. Em suma, essa animação foge totalmente do padrão estabelecido pela Disney. Aqui, vemos situações extremamente perturbadoras e delicadas. Como resultado disso, esse filme apresenta uma das narrativas mais severas já contadas. Assim, embora Túmulo dos Vaga-Lumes seja um longa bonito e cativante, não é um daqueles filmes que você pode reassistir a qualquer hora. Exige um preparo emocional.

4 – Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011)

Embora conte com uma temática frequentemente utilizada pelo cinema estadunidense, Precisamos Falar Sobre o Kevin destoa dos outros títulos do grupo. Basicamente, essa produção narra a história do inteligente, manipulador e desequilibrado Kevin Khatchadourian. Após estabelecer o caos em seu núcleo familiar, voltados seus pais um contra o outro, Kevin comete uma grande atrocidade em sua escola. No entanto, o maior diferencial do filme está em mostrar o desenvolvimento de um psicopata de uma forma verdadeiramente assustadora. Além da incrível performance de Ezra Miller, como o protagonista, Tilda Swinton também entrega um de seus trabalhos mais brilhantes. Ao passo que o maior medo de um pai é ver o filho se tornando uma pessoa ruim, vemos esse temor ganhar forma nessa história tensa e horripilante. Aliás, embora o ato mais violento seja guardado para o final, o filme é cheio de momentos perturbadores.

3 – Irreversível (2002)

Ao contrário dos outros integrantes dessa lista, Irreversível não é apenas difícil de assistir pelo seu conteúdo, mas pela maneira como foi feito. Aliás, o intuito desse longa é provocar o desconforto máximo no espectador. Sendo assim, em meio à luzes piscantes, movimentos selvagens de câmera e uma trilha sonora incômoda, é possível que você, literalmente, sinta náuseas. Como se isso não fosse suficiente, o conteúdo do filme inclui uma cena de estupro horrivelmente realista que dura nove minutos e uma das cenas de morte mais sombrias da história do cinema. Contudo, Irreversível não deixa de ser um longa inteligente e fora do convencional, o que caracteriza sua excelência. Porém, não é o tipo de produção que agrada a todos e muito menos um filme que você assiste duas vezes.

2 – Vá e Veja (1985)

Assim como o caso de Túmulo dos Vaga-Lumes, muitos filmes angustiantes abordaram a Segunda Guerra Mundial. No entanto, nenhum deles se compara ao obscuro filme russo intitulado Vá e Veja. Assim que começamos a acompanhar a história de Flyora, que se une às forças soviéticas para combater o exército alemão invasor, vemos sua passagem por eventos traumatizantes. Como resultado de um amadurecimento compulsório, que deixa marcas físicas e emocionais, no fim o protagonista parece mais um idoso do que um garoto. Além disso, a crueldade ocasionada pela guerra ganha um retrato terrivelmente realista nesse longa.

1 – Threads (1984)

Produzido pela BBC, em meio à tensão da Guerra Fria, Threads leva o título de filme mais perturbador já feito. Assim acompanhamos a história de suas famílias que veem suas vidas e o mundo serem destrupidos por uma guerra nuclear entre Rússia e Estados Unidos. Embora esse seja um tem frequentemente abordado, ninguém o fez como Threads. Só para ilustrar, existem diversas cenas gravadas para não saírem da sua cabeça. Dentre elas podemos citar um gato se contorcendo por causa da radiação térmica; um homem batendo furiosamente em sua esposa em chamas e os resquícios cruéis do pós-guerra. Considerando que uma guerra nuclear se mantém entre as possibilidades mais assustadoras da atualidade, esse filme dá arrepios.

E se as personagens femininas de Gotham fossem personagens de RPG?

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