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7 filmes extremamente subestimados dos últimos anos que você precisa ver

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Quase todos os dias, algum fórum ou canal de Youtube discute a polarização dos usuários da internet. Os internautas estão sempre se dividindo entre mortadelas e coxinhas, raízes e nutellas, sonystas e caixistas… e muitos outros exemplos. No mundo online sempre existe um abismo que divide dois lados, como se o mundo fosse preto e branco, dicótomo. A rachadura está nos debates políticos, no conflito de gerações, nos gostos pessoais e, acredite, em tudo mais que você consiga imaginar. Inclusive quando o assunto é cinema. Os filmes, para muitas das 54% das famílias brasileiras que usam a internet (dado de 2017, segundo o Comitê Gestor de InternetCGI), se dividem apenas entre excepcional e péssimo. Quem perde é a 7° arte.

Quando se simplifica filmes a ponto de resumi-los entre “obra de arte” e “lixo”, perde-se as nuances da arte cinematográfica. Torna-se natural ignorar os elementos que compõem o longa (mise-en-scéne, roteiro, cenas, ambiente, fotografia, montagem, etc) em prol de hypes, fã-clubes e opiniões infundadas. O resultado final é que nos tornamos menos críticos com aquilo que assistimos, e muitas obras cinematográficas boas se perdem em meio aos “melhores filmes de todos os tempos, da última semana”. Com uma vontade enorme que você assista filmes bons que não chegaram a se tornar destaque por causa dessa dicotomia exagerada, listamos 7 longas que foram extremamente subestimados nos último anos, e se perderam nessa onda, mas que você precisa dar uma chance.

1 – Super (2010)

Precisamos admitir que esse talvez não seja o melhor momento para indicar um filme do James Gunn. Recentemente o diretor foi demitido da Disney e virou pauta mundial devido a tweets antigos. Mas sem entrar na questão do artista, vamos falar de um de seus filmes. Super, de 2010, recebeu uma aceitação de apenas 48% no Rotten Tomaetos e sofre de constantes comparações com Kick-Ass: Quebrando Tudo, lançado no mesmo ano. O longa mescla ação e humor negro muito antes do fenômeno Deadpool. Além disso, pode ser visto como uma sátira interessante, se você não for muito sensível com violência e piadas pesadas.

2 – Green Room (2016)

Green Room, ou Sala Verde em português, é um daqueles filmes que você não consegue entender como naufragou. A trama, basicamente, é sobre um confronto brutal (e fatal) entre uma banda punk e um grupo de skinheads neonazistas. O filme, de 2016, é dirigido por Jeremy Saulnier, que em momento algum nos poupa da tensão e horror que o longa consegue passar. Apesar de ter sido um dos queridinhos da crítica especializada daquele ano e de ter seduzido muitos cinéfilos de plantão, o longa não agradou o público em geral. Com um lucro de apenas US$ 3 milhões de dólares, o filme nem se pagou no fim das contas, pois o orçamento foi de US$ 5 milhões.

3 – Swiss Army Man (2016)

Swiss Army Man é um daqueles longas polêmicos. Assumidamente independente, o longa de Daniel KwanDaniel Scheinert tem uma assinatura autoral muito forte e não se preocupa em agradar gregos e troianos. A base da trama já é suficiente para afastar muita gente. Depois que o personagem de Paul Dano tenta se suicidar, ele se perde em uma ilha deserta e encontra um cadáver interpretado por Daniel Radcliffe, com o qual começa a conviver e criar um laço forte. O filme não tem medo do ridículo e usa do absurdo e da escatologia para discutir temas caros ao ser humano. Solidão, amizade, morte e paixão são abordados a todo momento. Não se deixe enganar, Swiss Army Man é um dos melhores filmes que você não viu e está a um “play” de se apaixonar, e pensar.

4 – Macbeth (2015)

William Shakespeare nunca é demais. Suas peças não encantam só os ingleses, como o mundo todo. A mais recente adaptação do clássico Macbeth para o cinema, pelas mãos do diretor Justin Kurzel, não fez muito barulho e ficou restrita a uma pequena parcela do público. Nem os astros Michael Fassbender e Marion Cotillard ajudaram. As atuações, o estilo visual marcante e a atmosfera dramática do longa já são motivos suficientes para você dar uma chance para esse longa. O filme, com certeza, merecia ser marcado como uma das melhores adaptações de Shakespeare, porém mal é lembrado.

5 – O Hóspede (2015)

Antes de Dan Stevens fazer bonito na série Legion, do FX, e antes dele ficar irreconhecível em A Bela e a Fera, de 2017, ele estrelou um bom filme do Adam Wingard que quase não se fala. O Hóspede, de 2015, conta a história de um homem que vai até a casa de outro alegando ser amigo do filho morto no Afeganistão. É um thriller eletrizante que tem bastante personalidade ao mesmo tempo que lança várias homenagens a clássicos do suspense, da ação e do drama.

6 – Rua Cloverfield 10 (2016)

A franquia Cloverfield é uma das melhores coisas que a Bad Robot e J. J. Abrans já fizeram. Com a proposta de trabalhar com filmes e gêneros diferentes dentro de um mesmo universo, Rua Cloverfield 10 é de uma tensão monstruosa do começo ao fim. O primeiro longa, Cloverfield, de 2008, conseguiu chamar a atenção da imprensa e do público com uma boa jogada de marketing. A sequência também foi beneficiada pela jogada, porém não é tão lembrada quanto o primeiro filme. E é bom dizer que Rua Cloverfield 10 é bastante superior a Cloverfield.

7 – Blue Valentine (2010)

Ryan Gosling e Michelle Williams entregam em Blue Valentine, de 2010, uma das melhores atuações de suas carreiras. Isso porque os dois tinham uma química incrível. A trama desenvolve o início de um relacionamento até o fim do casamento de ambos. Da felicidade do encontro até a dor da separação, podemos admirar as camadas dos personagens e seus desenvolvimentos. O filme não pode ser considerado fácil. Ele é bastante triste, sem filtro. Mas talvez seja uma das melhores crônicas cinematográficas sobre a paixão, do seu início até o seu fim.

E você, já assistiu algum desses filmes? Concorda comigo? Discorda de mim? Pode comentar abertamente sua opinião, ok? Além disso, compartilha essa lista nas suas redes sociais para que mais pessoas possam dar uma chance aos filmes listados. E para você que não deixa um bom filme passar só porque não fez 1 bilhão em bilheteria, aquele abraço.

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